Quem chegar na Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte vai se deparar com alunos trajando fardamentos diferentes, isto porque a Escola Estadual Rocha Cavalcanti está funcionando no mesmo prédio. Preocupados com as péssimas instalações do prédio, que ameaçava a segurança de alunos e profissionais da educação, os diretores do Rocha Cavalcanti tomaram a decisão de abandonar o prédio da escola, quase centenário. Ou tomava essa decisão, ou os alunos perdiam o ano letivo.
"Abrigados" há dois meses no Monsenhor Clóvis, alunos e professores de séries diferentes têm que enfrentar situações difíceis todos os dias. Como dividir a mesma sala de aula, separados apenas por estantes e lonas plásticas. Nessa "sala de aula" a comunicação é a pior possível já que as vozes se misturam. Em muitos casos professores esperam por seus colegas terminarem de explicar determinado assunto, para começar o seu.
A estudante Julye Delmiro resume bem o que estão enfrentando, "está difícil. saímos do nosso lugar, estamos em outro colégio e temos que transformar uma sala em duas". Outros alunos, quando perguntados sobre a situação, praticamente repetem as palavras de Julye.

Prédio da Escola Rocha Cavalcanti tem mais de 80 anos.
A professora Edvanice Correia de Souza, coordenadora da escola e com de 25 anos de profissão, diz que nunca se sentiu "tão humilhada com a atual situação dos funcionários da escola Rocha Cavalcanti". Edvanice agradece o acolhimento que tiveram no Monsenhor.
A Escola Monsenhor Clóvis também teve que se adaptar com a chegada da nova instituição. As salas que antes eram utilizadas para reunião de professores, grêmio estudantil, laboratório de informática e auditório, hoje são o colégio Rocha Cavalcanti.
Professores, profissionais e alunos esperam por uma solução rápida para esse problema, visto que se aproxima o dia do professor e eles querem confrartenizar com dignidade.