"Um prêmio, um nome, uma guerreira!"
Maria Mariá, da terra de Jorge de Lima, nasceu com o gosto pela leitura, pela escrita e pela história popular de seu povo e de sua cidade. Solitária depois da morte da mãe, isolou-se em uma casa de dois andares, numa das principais ruas de União dos Palmares, para cultivar um passatempo que virou um acervo do patrimônio cultural do município.
Do quarto de cima, enquanto escrevia, lia e catalogava objetos, Mariá deliciava-se com a vista para a Serra da Barriga. Nos fins de tarde, costuma jogar gamão, cartas e dominós com alguém não menos controvertido. O próprio "diabo".
Do quarto de cima, enquanto escrevia, lia e catalogava objetos, Mariá deliciava-se com a vista para a Serra da Barriga. Nos fins de tarde, costuma jogar gamão, cartas e dominós com alguém não menos controvertido. O próprio "diabo".
É o sobrinho Sílvio quem conta. "Achamos, entre seus pertences, os papéis onde mostravam os jogos, com o nome dela e o de alguém que ela identificava como diabo", lembra. "Minha tia era diferente, honesta, inteligente e extremamente sozinha na sua busca pelo aperfeiçoamento cultural", acrescenta.
Apesar de extravassar seu repúdio às convenções sociais, Mariá decidiu, até por insistência dos políticos locais na época, entrar na política em 72. Candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores e foi derrotada.
Mas no palanque eleitoral, pôde exercitar seu direito de cidadã política e regozijou-se com o fato de uma mulher palmarina estar defendendo publicamente projetos políticos partidários. Com a desaprovação nas urnas, afastou-se definitivamente da disputa eleitoral e entregou-se de novo à cultura.
Apesar de extravassar seu repúdio às convenções sociais, Mariá decidiu, até por insistência dos políticos locais na época, entrar na política em 72. Candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores e foi derrotada.
Mas no palanque eleitoral, pôde exercitar seu direito de cidadã política e regozijou-se com o fato de uma mulher palmarina estar defendendo publicamente projetos políticos partidários. Com a desaprovação nas urnas, afastou-se definitivamente da disputa eleitoral e entregou-se de novo à cultura.
E assim, viveu Mariá. Uma Mariá que em 1952, ao lado do irmão Paulo, vestiu-se de Maria Bonita e ele de Lampião, para viverem o carnaval da época. Uma Mariá que adorava viajar de trem, conhecer gente nova, lugares novos, que soube ser leitora e escritora, atriz, museóloga, historiadora, além de ser jornalista, professora e revolucionária.
Há quem aposte que ela militou no Partido Comunista, mas nas suas referências Mariá não cita isso. Deixa, tão-somente, o que acumulou culturalmente para União dos Palmares e a história do povo alagoano da Zona da Mata. E assim, foi Mariá.
Há quem aposte que ela militou no Partido Comunista, mas nas suas referências Mariá não cita isso. Deixa, tão-somente, o que acumulou culturalmente para União dos Palmares e a história do povo alagoano da Zona da Mata. E assim, foi Mariá.
Natural da terra de Zumbi e Jorge de Lima, a educadora, folclorista, historiadora, jornalista, colecionadora e ativista cultural Maria Mariá de Castro Sarmento nasceu em União dos Palmares, num povoado onde se localiza a Usina Laginha, no dia 16 de junho de 1917. Faleceu no dia 28 de fevereiro de 1993, vítima de um infarto agudo do miocárdio, aos 76 anos de idade.
Fontes de Pesquisa:
Professora Salomé Duarte de França
Fotos: Arquivos fotográficos pertencente aos acervos da Escola Estadual Dr. Carlos Gomes de Barros e Maria Mariá de Castro Sarmento.
Folheto encontrado entre vários outros no arquivo da Biblioteca Municipal Dr. Jorge de Lima.
Por dentro da sua casa:
Saiba mais: Casa Maria Mariá Começa Receber Visitantes
Meu amigo... Nessa você DETONOU!
ResponderExcluirParabéns!.
Fico muito feliz em saber que tem pessoas como você em União dos Palmares. Mais que isso FICO ORGULHOSO.
Grande abraço!
Emanuel,você sempre muito gentil comigo/blog, fico sem palavras.
ResponderExcluirAbraços!
Ela é minha tia bisavó!!!! Meu nome é Pedro Sérgio de Castro Sarmento e eu nasci em maceió! Ela é vó do meu pai que nasceu em união! Nossa tão bom conhecer a história da minha tia bisavó!
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