O homem que popularizou o “forró malícia” e cantou as mais divertidas letras de duplo sentido da música popular brasileira nos anos 80, não perdeu o senso de humor. Mesmo fora dos holofotes da grande mídia, Emanuel Trindade, ou melhor, Sandro Becker, continua cantando e, de quebra, servindo boas refeições. O músico vive há quatro anos em Natal e desde o ano passado emplacou o restaurante Casa do Matuto, na praia dos Artistas.
“Vim a Natal a convite, para comandar um programa de forró numa TV local. Mas eu me apresentava em tantas casas de shows e restaurantes, com ótima recepção, que resolvi criar meu próprio espaço para me apresentar”, conta. A Casa do Matuto é um restaurante temático, com decoração rústica em madeira, palha e chita, e um cardápio repleto de iguarias regionais. O tempero a mais é o proprietário, músico com 32 anos de carreira, vasta bagagem no showbizz nacional, e alguns clássicos musicais no currículo.
Nas noites de quinta, sexta e sábado, Sandro Becker sai do cantinho da administração, e ganha seu lugar habitual, o palco. Ele comanda as noites forrozeiras da casa, sempre recebendo convidados para tocar um forrobodó autêntico. Mesmo em formação básica de trio de sanfoneiros, Becker não deixa de tocar algumas das canções que fizeram sua fama, como “Tico-Tico”(aquela do gato que mia em todo lugar), “Julieta” (as rimas mais tensas da MPB), “A véia debaixo da cama”, “A rolinha”, “Gatinho Angorá” (dueto histórico com Clemilda), “Forró na bica”, “Briga no casamento” (onde se pede para não furar o Quinho), entre outras. Vale salientar que Sandro também é autor de “Xote dos milagres”, música que estourou com a banda Falamansa. O homem também tem malícia pra ser romântico.
“Eu, Clemilda e Genival Lacerda urbanizamos o forró de duplo sentido, mas sempre foi tradição no nordeste”, conta ele, que nasceu em União dos Palmares, interior de Alagoas. De 1979 a 1998 Sandro lançou 32 discos, entre vinis e CDs. Está programando para dezembro a gravação de um DVD/CD, chamado “Sandro Becker – 100 Anos de Gonzagão”, dedicado ao mestre do forró, com quem Sandro conviveu bastante, dividindo com ele vários shows pelo Nordeste. “Luiz Gonzaga era um gênio, mas nem se dava conta disso. O artista mais alegre e humilde que eu já conheci”, afirma.
Sandro Becker herdou seu humor dos tempos em que trabalhava no rádio, em 1972. Em 1975, participou de um concurso de calouros no programa do Chacrinha, de onde saiu vencedor. Após um insuspeito começo roqueiro, meio Raul Seixas, Sandro investiu no forró com seu senso de humor peculiar, e então emplacou. Ele afirma que não gosta de boa parte do forró atual, por ter perdido aquilo que ele exaltava: a malícia. “Hoje, é um som explícito, avacalhado e grosseiro. Qual é a graça?”, diz.
O Casa do Matuto se garante na trilha sonora, e também no cardápio. Sandro conta que, por ter nascido em família muito grande, aprendeu desde cedo a se virar na cozinha. Quando decidiu montar um restaurante, não lhe pareceu coisa de outro mundo. “Claro, estive em outras cozinhas, fiz uns estágios, e pesquisei muito, inclusive, o Câmara Cascudo”, conta. Ele afirma ter procurado algumas coisas mais diferenciadas, como o tucunaré com baião de dois, ao estilo cearense.
Entre as especialidades da casa estão a buchada de carneiro, a rabada de boi (com agrião cozido), carneiro guisado ou torrado, galinha à cabidela na panela de barro, carne de sol de carneiro em cubos, baião de dois com carne de sol e com tucunaré. No mais tem carne de sol na nata, peixe frito inteiro, moqueca de peixe ou camarão, camarão na manteiga do sertão, diversos caldos, e a “mariscada” dos artistas, um misto concentrado de peixe, camarão, siri, sururu, ostra, lula, polvo e lagosta cozidos no leite de coco e dendê. Há até pizzas para quem quiser um gosto diferente – incluindo uma com carne de sol desfiada. Há pratos para uma até quatro pessoas. O restaurante é espaçoso, comporta até 600 pessoas. E em dia de forrozão, o povo janta e depois cai na pista.
Serviço:
Casa do Matuto. Av. Presidente Café Filho, 700, Praia dos Artistas. Aberto para almoço e jantar. Tel.: 3202-4107.
Site Tribuna do Norte
“Vim a Natal a convite, para comandar um programa de forró numa TV local. Mas eu me apresentava em tantas casas de shows e restaurantes, com ótima recepção, que resolvi criar meu próprio espaço para me apresentar”, conta. A Casa do Matuto é um restaurante temático, com decoração rústica em madeira, palha e chita, e um cardápio repleto de iguarias regionais. O tempero a mais é o proprietário, músico com 32 anos de carreira, vasta bagagem no showbizz nacional, e alguns clássicos musicais no currículo.
Nas noites de quinta, sexta e sábado, Sandro Becker sai do cantinho da administração, e ganha seu lugar habitual, o palco. Ele comanda as noites forrozeiras da casa, sempre recebendo convidados para tocar um forrobodó autêntico. Mesmo em formação básica de trio de sanfoneiros, Becker não deixa de tocar algumas das canções que fizeram sua fama, como “Tico-Tico”(aquela do gato que mia em todo lugar), “Julieta” (as rimas mais tensas da MPB), “A véia debaixo da cama”, “A rolinha”, “Gatinho Angorá” (dueto histórico com Clemilda), “Forró na bica”, “Briga no casamento” (onde se pede para não furar o Quinho), entre outras. Vale salientar que Sandro também é autor de “Xote dos milagres”, música que estourou com a banda Falamansa. O homem também tem malícia pra ser romântico.
“Eu, Clemilda e Genival Lacerda urbanizamos o forró de duplo sentido, mas sempre foi tradição no nordeste”, conta ele, que nasceu em União dos Palmares, interior de Alagoas. De 1979 a 1998 Sandro lançou 32 discos, entre vinis e CDs. Está programando para dezembro a gravação de um DVD/CD, chamado “Sandro Becker – 100 Anos de Gonzagão”, dedicado ao mestre do forró, com quem Sandro conviveu bastante, dividindo com ele vários shows pelo Nordeste. “Luiz Gonzaga era um gênio, mas nem se dava conta disso. O artista mais alegre e humilde que eu já conheci”, afirma.
Sandro Becker herdou seu humor dos tempos em que trabalhava no rádio, em 1972. Em 1975, participou de um concurso de calouros no programa do Chacrinha, de onde saiu vencedor. Após um insuspeito começo roqueiro, meio Raul Seixas, Sandro investiu no forró com seu senso de humor peculiar, e então emplacou. Ele afirma que não gosta de boa parte do forró atual, por ter perdido aquilo que ele exaltava: a malícia. “Hoje, é um som explícito, avacalhado e grosseiro. Qual é a graça?”, diz.
O Casa do Matuto se garante na trilha sonora, e também no cardápio. Sandro conta que, por ter nascido em família muito grande, aprendeu desde cedo a se virar na cozinha. Quando decidiu montar um restaurante, não lhe pareceu coisa de outro mundo. “Claro, estive em outras cozinhas, fiz uns estágios, e pesquisei muito, inclusive, o Câmara Cascudo”, conta. Ele afirma ter procurado algumas coisas mais diferenciadas, como o tucunaré com baião de dois, ao estilo cearense.
Entre as especialidades da casa estão a buchada de carneiro, a rabada de boi (com agrião cozido), carneiro guisado ou torrado, galinha à cabidela na panela de barro, carne de sol de carneiro em cubos, baião de dois com carne de sol e com tucunaré. No mais tem carne de sol na nata, peixe frito inteiro, moqueca de peixe ou camarão, camarão na manteiga do sertão, diversos caldos, e a “mariscada” dos artistas, um misto concentrado de peixe, camarão, siri, sururu, ostra, lula, polvo e lagosta cozidos no leite de coco e dendê. Há até pizzas para quem quiser um gosto diferente – incluindo uma com carne de sol desfiada. Há pratos para uma até quatro pessoas. O restaurante é espaçoso, comporta até 600 pessoas. E em dia de forrozão, o povo janta e depois cai na pista.
Serviço:
Casa do Matuto. Av. Presidente Café Filho, 700, Praia dos Artistas. Aberto para almoço e jantar. Tel.: 3202-4107.
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