Nascido no Recife, foi na época
em que vivia em União dos Palmares, em Alagoas, aos 13 anos de idade,
que o músico João Paulo Albertim ganhou de presente dos pais o seu
primeiro cavaquinho. Desde então o instrumento não saiu da vida do hoje
cavaquinista, bandolista (tocador de bandola, espécie de bandolim alto),
compositor e arranjador. Elogiado pela atuação em vários projetos
musicais, incluindo participações em discos de Inaldo Moreira, Beto do
Bandolim, Antonio Carlos Nóbrega, Grupo Arabiando, entre outros, ele
lançou o seu primeiro CD solo: João Paulo Albertim –
Toca Pernambuco.
“A
música instrumental brasileira, em especial a pernambucana, mais uma
vez ressurge com um talentoso músico de excelente virtuosismo e bom
gosto. João Paulo, cavaquinho de cinco cordas com formação
“academicista” concebida no Conservatório Pernambucano de Música e
herdada dos seus ídolos maiores (Waldir Azevedo, Jacaré do Cavaco,
Luciana Rabello e Henrique Cazes) veio para ficar no cenário musical
brasileiro como referência de boa música, não só como cavaquinista, mas
também como exímio bandolista, arranjador e compositor”, diz o professor
do Conservatório Pernambucano de Música Marco César de Oliveira Brito.
O
CD Toca Pernambuco reúne músicas de autoria do próprio João Paulo,
grandes compositores e também contemporâneos, como André e Adelmo
Arcoverde, Marco César, Ewerton Brandão (Bozó), Cláudio Souza e Rodrigo
Samico.
A concepção
deste projeto com a direção musical do maestro Marco César foi
demonstrar as possibilidades de combinações timbrísticas e estimular a
inserção e a fusão de gêneros e ritmos musicais não muito conhecidos do
grande público admirador da literatura do cavaquinho. O xote nordestino,
o forró, o frevo de rua, a toada e o caboclinho (perré bumba) são
exemplos disso. A presença marcante de grupos e artistas virtuosos deu
um brilho especial ao trabalho final. Dignos de destaque são o “Quinteto
da Paraíba” (cordas friccionadas), em Grandes Lições; José Gomes (piano), em Caminhando nas Nuvens; Spok (arranjo e saxofones), na música A Banda no Frevo; Adelmo Arcoverde (compositor e viola de 10 cordas), em Toca Pernambuco e Agoniada; Guilherme Calzavara (violão erudito), em O Baú do Albertim; Harvey Wainapel (USA) (sax soprano), em Seu Emiliano; e Ewerton Sarmento (Bozó) (compositor e violão de 7 cordas), em Sivucando.
Da nova geração, destacam-se os grupos “Arabiando”, “Galho Seco” e
“Quinteto de Bandolins do Recife”, assim como a firmeza rítmica do
eclético percussionista Lucas dos Prazeres, os dedilhados dos
violonistas Pepê e Alexandro Sobreira, os contracantos improvisados de
Júlio Cezar no acordeão, as doces frases de Roberta Belo (oboé) assim
como a execução e o arranjo de Paulo Arruda.
Por Assessoria de Imprensa.
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