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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Blogueiro de Murici entrevista a artesã Irinéia Nunes

Note que a entrevista do blog com os artesãos é extremamente reveladora... Revela técnicas de trabalho, dificuldades que Irinéia passou, seus problemas familiares e todas as barreiras enfrentadas pra chegar até aqui. Mesmo sendo um recorte histórico da vida da artista que não abrange a maioria de suas experiências, não deixa de ser um trabalho que levanta um perfil de Irinéia, sendo uma contribuição para conhecermos um pouco dela como ser humano, em suas falhas, acertos e anseios, e não apenas como patrimônio imaterial. Mas, chega de papo... Vamos lá!

     Dona Irinéia, atualmente a senhora está trabalhando em quais peças?

Dona Irinéia – Eu to fazendo uns barros pra decoração, mas de vez ou outra eu levanto umas estátuas também, pra não esquecer... Vou fazendo umas coisas diferentes pras pessoas que chegarem se agradar, né?!

     Eu soube de um Zumbi gigante que vocês fizeram, não é?! Ele até se dividia em duas partes.

Dona Irinéia – Faz tempo. Faz tempo esse. Fizemos e ele subiu pra Serra da Barriga, tá com quase 3 anos. 

*Nesse inicio de entrevista, dona Irinéia ensina técnicas para deixar o barro mais resistente, seja queimando-o ou aplicando uma goma na peça, técnica que ela mesma desenvolveu. Ela diz que é preciso tomar cuidado, pois a peça crua não aguenta água e se desmancha, por isso o barro deve ser queimado para ter segurança, consistência, no sol ou na chuva. O segredo de dona Irinéia é criar experiências, suas próprias fórmulas e testa-las, na expectativa que funcionem ou que cheguem perto do ideal. 

     Quanto tempo a senhora trabalha nesse ofício?

Dona Irinéia – Tá com uns 34 pra 35 anos. Do tempo que eu vivo com ele (senhor Antônio) foi o tempo que eu descobri a arte e continuei trabalhando. 

E a senhora perdeu na enchente, de peças que a senhora faz, alguma coisa?

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Wanderson Gomes idealizador do Blog Cultura Ao Lado

Um comentário:

  1. Obrigado Willian, abraços a todos de Murici, tenho um carinho especial pela cidade já que passei anos vendendo tecidos na feira livre da cidade.

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