No
último dia 22 bati um papo com o poeta Emanuel Lopes Ferreira Galvão, na sede
da Fundação Cultural Palmares, aqui em União. Na ocasião acontecia o sarau do
projeto "Fundação de Portas Abertas". Ficamos encantados com as histórias e a leitura dos poemas do seu livro "Flor
Atrevida".
Exímio
contador de "causos", Emanuel Galvão provocava gargalhadas no público
presente. Numa dessas histórias ele se dirigia à casa de uma paquera pra entregar um jambo. A moça não aceitou, pois não gostava de jambo.
Fora
de União dos Palmares há 18 anos, o artista visual migrou
para Maceió para estudar e trabalhar. Aos 46 anos é formado em Educação Artística com pós-graduação em Artes Visuais.
Embora
morando fora, o palmarino percebe as mudanças na cidade. Para ele,
a violência causada pelas drogas não deixa que os jovens fiquem até tarde da noite
recitando poemas e batendo papo com os amigos. Por outro lado, "os jovens têm uma consciência política melhor do que no tempo que vivi
aqui", afirma.
Emanuel
Galvão acompanha as notícias da cidade através dos sites e blogs. Para Emanuel, "devemos ter mais carinho
e cuidado com a cultura negra, já que a cidade é conhecida como Berço da
Liberdade". Quando o assunto é a literatura palmarina ele ainda se surpreende por muitos não conhecerem Jorge de Lima, um dos poucos poetas brasileiros a concorrer ao Prêmio
Nobel de Literatura. "Pior ainda, muitos não sabem quem foi Gonzaga
Leão, que é um excelente poeta daqui de União dos Palmares", completou. Mesmo morando
fora há anos ele diz que se sente muito palmarino, e reclama da falta de oportunidade na cidade para os artistas locais.
Tímido, ele diz que "o poeta nasceu em terras palmarinas com palavras
escritas erradas", e continua "o que me apaixona mesmo é a ideia de
brincar com a língua portuguesa". Professor da rede municipal e estadual,
trabalha também Secretaria Municipal de Educação em Maceió no departamento de
Arte e Cultura.
Ele afirma que vive um momento importante de sua vida ao fazer parte da
Academia Maceioense de Letras, e divide isso com os outros membros. A Academia tem 58 anos de existência. O atual presidente, e um dos
seus fundadores, é o poeta Jucá Santos. Depois do livro Flor Atrevida
o poeta já está em negociação com sua editora para lançar seu segundo
livro.
E
enquanto o segundo livro não chega, ele publica novos poemas no seu blog Poesia Galvaneana e Outras Palavras. Ele ainda publica poesias de autores conhecidos e de outros que ele vem conhecendo nos encontros
que participa.
Casado
com Adriana Moraes, ele diz que a esposa "escreve super bem, mas a grande arte dela é a
culinária. Temos a empresa Bolo das Fadas (click AQUI), e ela cozinha maravilhosamente bem. Além disso, é
minha assessora de comunicação, pois é formada em jornalismo". Pai de dois filhos, José Ítalo com 15 anos
"Poeta do Rap" e Pedro Vinícius, que completará 4 anos.
O
encontro no sarau da "Fundação de Portas Abertas" serviu também para “matar”
saudades dos familiares e amigos. O poeta ficou surpreso com os poemas de
autores jovens da cidade. Segundo ele, "hoje me surpreendi com poemas
lindos, feitos por jovens de muito talento que estavam com seus materiais
guardados". Emanuel também fez elogios aos organizadores do Coletivo a
Fábrica, onde enumerou que esses movimentos são importantes para uma conscientização melhor do papel da cultura de
uma cidade e de um país melhor.
Entre em contato com o poeta através do celular 9307-6726.
Emanuel Galvao. maninho como o chamo e e sempre sera meu poeta preferido.E uma amizade de muitos anos e muitas gargalhadas juntos.
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