Novembro chegou: é um mês de comemorações para o povo negro e de
reflexão também. É o mês de a gente reverenciar e saudar o nosso herói
Zumbi e todos os quilombolas que se aventuraram no sonho de querer uma
sociedade melhor, mais igualitária e mais justa.
Podemos dizer que tivemos muitos ganhos, ao longo dos séculos que se
sucederam à epopeia de Zumbi, mas ainda é preciso muitas lutas para que a
gente acabe com o preconceito velado que ainda existe na sociedade
brasileira.
Infelizmente ainda é possível no Brasil e no Estado se julgar as pessoas
pela cor da pele, como se isso fosse o passaporte para se medir o
caráter das pessoas. Sempre lutei contra o preconceito racial e por uma
sociedade mais justa, mas não sou melhor do que ninguém.
Acompanho o movimento desde a década de 1980 e sempre fui apaixonada
pela história de Zumbi, mesmo que as lendas que meu avô me contasse
fossem preconceituosas, porque seu Manoel Correia Paes era um
descendente de português racista, mas se rendia às minhas falas e
brincadeiras.
Eu sempre acreditei, desde a mais tenra idade, que não só a comunidade
negra, mas todos nós merecemos um mundo melhor e mais justo, sem
discriminações pela cor da pele, religião ou opção de vida.
O povo negro sofreu a opressão da escravidão e não se aquietou diante da
opressão. A maioria da população já conhece a história de Zumbi dos
Palmares, que teve início em 1655 com seu nascimento em Alagoas, em um
dos mocambos do Quilombo dos Palmares.
Segundo as pesquisas dos historiadores, com apenas sete anos Zumbi é
capturado por soldados e entregue ao padre António Melo, que o
alfabetizou e foi responsável por sua formação. Batizado na igreja
Católica como Francisco, Zumbi ajudava nas missas além de estudar
Português e Latim.
Segundo historiadores, aos quinze anos ele foge para o Quilombo dos
Palmares onde obtém reconhecimento pelas suas habilidades marciais e com
apenas vinte anos já é um respeitável estrategista militar e guerreiro,
atuando na luta contra os soldados do sargento-mor Manuel Lopes.
A história do nosso herói faz a gente refletir sobre o que queremos para
a nossa juventude de hoje e o que pretendemos para a sociedade e para
as nossas vidas. A história de tantos guerreiros serve para que pensemos
na nossa própria história de vida. Salve o 20 de novembro, salve o povo
negro. Zumbi vive!
Fonte: Blog - Jornalista Olívia Cerqueira/Tribuna Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar!
Continue nos visitando!