E mais um dia nasce… Bem vou contar agora a história de uma cidade
pacata, festiva e de um povo bastante simpático e acolhedor, bem, você
já deve ter adivinhado o nome dela! Na bruma de 2012 todos os seus
cidadãos movimentaram-se com bastante empolgação como em um carnaval.
É até ai tudo bem, mas é daí higor? O que ocorreu? O que eu tenho com
isto? Deixa eu continuar, um certo grupo movimentou-se sob a cor
encarnada e um som ecoava nas ruas daquela cidade: “Ele é ruim, ele é
mal, é mentiroso e enrolão!” Bora fulano, bota essa bandeira na tua
porta, toma vinte, compra TNT bora enfeitar a rua!
Passo em uma rua e escuto uma senhorinha falar: – “Eita o fulano
encarnado tá vindo ali, vou ver se ele me ajuda, estou tão precisado o
dinheirinho que eu recebo da Dilma (Bolsa Família) não tá dando nem para
a papa dos meninos… ” Oxe passe para cá! Meu voto é seu!
Dias depois retorno à mesma residência e percebi uma grande
movimentação: – “Eita lá vem meu amarelinho, meu prefeito vem cá! chegue
para cá! E ai no que senhor pode me ajudar? (…) Eita esse é meu
prefeito! Meu voto é seu traga sua bandeira para eu colocar aqui na
minha porta”.
Se você não entendeu os dois parágrafos acima, calma, não pense que
você está ruin de dissertação ou que o escritor não sabe escrever, o
fato é realmente difícil de entender e de explicar, no país da
hipocrisia e no estado da miséria qualquer palavra dita com clareza você
pode ir para a forca.
Voltaremos a História, dentro de todo este carnaval, está aquele
cidadão, dito pelas massas e denominado como “o certinho”, no Brasil
apelidado como otário, na bíblia chamado de justo, na sua consciência é
chamado de paz, ele pagador de seus impostos como é de lei, vem para o
meio dos carnavalescos e critica: “Para quê tanto vexame? Não seria mais
fácil se todos tirassem estas fantasias e cobrassem o que e certo para
nós, veja a rua de fulana, está sem saneamento básico, veja a escola que
o filhe de Maria estuda, está sem professor, gente vamos cobrar e votar
certo!”, E logo este é chamado por seu apelido favorito, e vê-se a
multidão esbravejar: “Sai daí otarião! tu sempre vai viver lascado seu
leso, é nessa época que agente tem que encher os bolsos kakakakaka!”.
Vixi, ai você deve estar se perguntando, e isto é alguma novidade?
Plin! Se você está lendo e entendendo estas situações dissimulativas que
estou escrevendo aqui e já formando a sua consciência crítica com algo,
isto já é um bom começo para você que já deve ter se encaixado em uma
das três situações que coloquei.
Bora lá, “Atenção atenção, chegou o dia, chegou à hora, o carnaval
está em seu momento decisivo e a escola de samba… Opss, desculpe, e o
partido vencedor é…. Amarelinho! ÉÉÉÉÉ pei pei (fogos) (gritaria)
(risos) (euforia) (sarcasmos) (mangações)…” É digno de uma comemoração,
mas depois da embriaguez vem a ressaca da quarta-feira de cinzas nela já
se vem o pensamento: É agora? Como será daqui para frente, será que
aquele calçamento vai sair? Aquela Escola, ai mau posso esperar para
começar a ver os trabalhos”.
Meses depois o povo daquela pacata cidade debruça-se sobre a
realidade, a oposição, com a venda nos olhos, digno de quem já teve a
oportunidade de fazer e não fez, e quando fez, fez errado agora aos
olhos de quem estaria insatisfeito com a ressaca da festa vê se o
encarnado como um remédio para curar a dor de cabeça de ter suas ilusões
perdidas.
Os dignos, ontem maus, os anjos, ontem demônios, agora querem espaço e
fazem de tudo para aparecer, para isto escarnecem! E os que sobraram e
tiraram proveito da ressaca como estão? Óbvio que estão se aproveitando e
enchendo à cara dos perdedores do concurso de escolas de samba, Oops,
quero dizer, da política(gem).
E como tudo na vida é um sobe e desce, como uma roda gigante eterna, o
mesmo ocorre na política(gem) daqui, o povo cai em um carnaval, e
depois quando acorda para a ressaca se vê em um canavial, deserto, sem
água, sem remédio querem que chegue novamente a festa de momo para poder
brincar novamente, ” E aquela escola dona maria?”
Em Quanto os eleitores forem hipócritas e pensarem apenas em se dar
bem, nossa cidade ficará assim. O Problema daqui é: “Eita meu prefeito
ganhou! Ele não faz nada de errado! E os derrotados o que dizem? “Eita
esse prefeito fi da peste tá acabando com a cidade! E uma paixão tacanha
que me dá até desgosto!”.
E povo pobre? É amigo só com ajuda divina.
Este foi mais um texto de Hígor Silva para o 40graus.al, forte abraço e até o próximo!
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