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sábado, 30 de novembro de 2013

Eu quero que a cidade se f***! O Importante é eu me dar bem…

E mais um dia nasce… Bem vou contar agora a história de uma cidade pacata, festiva e de um povo bastante simpático e acolhedor, bem, você já deve ter adivinhado o nome dela! Na bruma de 2012 todos os seus cidadãos movimentaram-se com bastante empolgação como em um carnaval.
 
É até ai tudo bem, mas é daí higor? O que ocorreu? O que eu tenho com isto? Deixa eu continuar, um certo grupo movimentou-se sob a cor encarnada e um som ecoava nas ruas daquela cidade: “Ele é ruim, ele é mal, é mentiroso e enrolão!” Bora fulano, bota essa bandeira na tua porta, toma vinte, compra TNT bora enfeitar a rua!

Passo em uma rua e escuto uma senhorinha falar: – “Eita o fulano encarnado tá vindo ali, vou ver se ele me ajuda, estou tão precisado o dinheirinho que eu recebo da Dilma (Bolsa Família) não tá dando nem para a papa dos meninos… ” :( Oxe passe para cá! Meu voto é seu!

Dias depois retorno à mesma residência e percebi uma grande movimentação: – “Eita lá vem meu amarelinho, meu prefeito vem cá! chegue para cá! E ai no que senhor pode me ajudar? (…) Eita esse é meu prefeito! Meu voto é seu traga sua bandeira para eu colocar aqui na minha porta”.

Se você não entendeu os dois parágrafos acima, calma, não pense que você está ruin de dissertação ou que o escritor não sabe escrever, o fato é realmente difícil de entender e de explicar, no país da hipocrisia e no estado da miséria qualquer palavra dita com clareza você pode ir para a forca.

Voltaremos a História, dentro de todo este carnaval, está aquele cidadão, dito pelas massas e denominado como “o certinho”, no Brasil apelidado como otário, na bíblia chamado de justo, na sua consciência é chamado de paz, ele pagador de seus impostos como é de lei, vem para o meio dos carnavalescos e critica: “Para quê tanto vexame? Não seria mais fácil se todos tirassem estas fantasias e cobrassem o que e certo para nós, veja a rua de fulana, está sem saneamento básico, veja a escola que o filhe de Maria estuda, está sem professor, gente vamos cobrar e votar certo!”, E logo este é chamado por seu apelido favorito, e vê-se a multidão esbravejar: “Sai daí otarião! tu sempre vai viver lascado seu leso, é nessa época que agente tem que encher os bolsos kakakakaka!”.

Vixi, ai você deve estar se perguntando, e isto é alguma novidade? Plin! Se você está lendo e entendendo estas situações dissimulativas que estou escrevendo aqui e já formando a sua consciência crítica com algo, isto já é um bom começo para você que já deve ter se encaixado em uma das três situações que coloquei.

Bora lá, “Atenção atenção, chegou o dia, chegou à hora, o carnaval está em seu momento decisivo e a escola de samba… Opss, desculpe, e o partido vencedor é…. Amarelinho!  ÉÉÉÉÉ pei pei (fogos) (gritaria) (risos) (euforia) (sarcasmos) (mangações)…” É digno de uma comemoração, mas depois da embriaguez vem a ressaca da quarta-feira de cinzas nela já se vem o pensamento: É agora? Como será daqui para frente, será que aquele calçamento vai sair? Aquela Escola, ai mau posso esperar para começar a ver os trabalhos”.

Meses depois o povo daquela pacata cidade debruça-se sobre a realidade, a oposição, com a venda nos olhos, digno de quem já teve a oportunidade de fazer e não fez, e quando fez, fez errado agora aos olhos de quem estaria insatisfeito com a ressaca da festa vê se o encarnado como um remédio para curar a dor de cabeça de ter suas ilusões perdidas.

Os dignos, ontem maus, os anjos, ontem demônios, agora querem espaço e fazem de tudo para aparecer, para isto escarnecem! E os que sobraram e tiraram proveito da ressaca como estão? Óbvio que estão se aproveitando e enchendo à cara dos perdedores do concurso de escolas de samba, Oops, quero dizer, da política(gem).

E como tudo na vida é um sobe e desce, como uma roda gigante eterna, o mesmo ocorre na política(gem) daqui, o povo cai em um carnaval, e depois quando acorda para a ressaca se vê em um canavial, deserto, sem água, sem remédio querem que chegue novamente a festa de momo para poder brincar novamente, ” E aquela escola dona maria?”

Em Quanto os eleitores forem hipócritas e pensarem apenas em se dar bem, nossa cidade ficará assim. O Problema daqui é: “Eita meu prefeito ganhou! Ele não faz nada de errado! E os derrotados o que dizem? “Eita esse prefeito fi da peste tá acabando com a cidade! E uma paixão tacanha que me dá até desgosto!”.
E povo pobre? É amigo só com ajuda divina.
Este foi mais um texto de Hígor Silva para o 40graus.al, forte abraço e até o próximo!

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