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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Parque Memorial Quilombo dos Palmares – um monumento para Zumbi

Conheça a réplica do Quilombo dos Palmares, reconstituída na Serra da Barriga em Alagoas, no mesmo local em que os escravos se refugiavam da escravidão. O Memorial foi erguido para promover a cultura afro-brasileira no mesmo lugar onde Zumbi foi capturado e morto em 1965.

O Quilombo dos Palmares é o mais importante símbolo de resistência à escravidão de homens e mulheres negros, no período do Brasil Colonial.

Em 2007, no mesmo local do cenário da luta, na Serra da Barriga (município de União de Palmares, estado de Alagoas) foi implantado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares – uma maquete viva em tamanho natural - em que foram reconstituídas algumas das mais significativas edificações do Quilombo dos Palmares com o objetivo de preservar e promover a cultura afro-brasileira.

Segundo o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Alexandre Reis, o parque é um espaço de preservação da memória, da luta e resistência negra e indígena contra o regime escravocrata. Ele nos conta que em 1986, a parte mais acantilada da Serra da Barriga foi tombada pelo instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, em 21 de março de 1988, a Serra tornou-se Monumento Nacional. Em 2007, com o apoio e patrocínio de diversos órgãos públicos foi erguido o Memorial.

Além das visitas cotidianas feitas por professores, estudantes e turistas nacionais e internacionais, também ocorre anualmente a celebração do Dia Nacional da Consciência Negra. Neste dia, o município União dos Palmares, situado a 76, 4 quilômetros da capital alagoana recebe milhares de pessoas que vêm para conhecer a programação especial para homenagear Zumbi.

A réplica do Quilombo dos Palmares foi reconstituída com base nas edificações originais que são referências ao modo de vida daquela comunidade quilombola. As paredes foram erguidas em pau a pique, com cobertura vegetal e inscrições em banto e yorubá. A Casa de Farinha é o Onjó de Farinha, a Casa do Campo Santo é o Onjó de Cruzambê, o Terreiro de Ervas é o Oxile das ervas e as Ocas indígenas e Muxima de Palmares são Coração de Palmares. Ao passear pelos espaços Acotirene, Quilombo, Ganga-Zumba, Caá-Puêra, Zumbi e Aqualtune, é possível ouvir músicas e gravações em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e italiano) que narram o cotidiano dos negros no Quilombo.

Culinária afro-brasileira

Para recriar com maior fidelidade a vida nos negros nas comunidades quilombolas é preciso, principalmente, degustar a culinária tipicamente afro-brasileira. Para isso, foi criado o restaurante Kùuku-Wàana, que significa Banquete de Família, e é coordenado por Mãe Neide Oyá D'Oxum e pelo Grupo Espírita Santa Bárbara. 

Entre as muita iguarias do cardápio, o prato Raízes Africanas caiu no gosto dos visitantes. Ele é feito à base de mandioca, batata doce, milho e inhame e recheado com carne de sol e camarão frito. Também são servidos peixes na palha de banana, moqueca de ovos, caruru, vatapá, acarajé e arroz de hauçá, entre outros. Para as sobremesas são feitos doces com as frutas da época na Serra da Barriga, como laranja, banana e jaca.

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