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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Gana poderá conhecer Quilombo dos Palmares

O convite para que os membros da delegação da seleção de Gana conheçam o Quilombo dos Palmares, localizado no município alagoano de União dos Palmares, foi feito pelo senador Fernando Collor (PTB) ao Embaixador da República de Gana no Brasil, general Wallace Agbi Gbedemah. Como a seleção ficará hospedada em Maceió durante todo o período da Copa do Mundo, poderá conhecer o símbolo de luta que une a nação brasileira à africana e a história de Zumbi que liderou à resistência contra a subjugação humana.

O estado que abrigou o maior centro de resistência negra do Brasil Colonial recepciona a seleção de Gana, uma das melhores entre as Africanas classificadas para o mundial da Fifa. Para conhecer de perto o símbolo de luta que une a história dos brasileiros e africanos, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) convidou o Embaixador da República de Gana no Brasil, o general Wallace Agbi Gbedemah, e toda a delegação de futebol para visitar o Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga, onde Zumbi, considerado oficialmente como herói nacional, liderou uma histórica resistência contra a subjugação humana.

Na última quarta-feira (19), o senador Fernando Collor recebeu em seu gabinete, em Brasília, o Embaixador da República de Gana. Na audiência, o senador narrou à satisfação que o povo alagoano tem de recebê-los no período que a seleção ficará hospedada em Maceió, durante a realização da Copa do Mundo no Brasil.

Para Collor, será um grande momento de aprofundar o conhecimento histórico que une a nação brasileira à africana. "Certamente, será uma oportunidade ímpar, não só para a seleção de Gana, mas também para os alagoanos que terão a chance de acompanhar essa visita recheada de história, simbolismo e fraternidade entre os dois povos", disse o senador Collor.

Com o fim da escravidão no Brasil em 1888, muitos dos escravos oriundos de Gana, voltaram para sua terra de origem, formando uma comunidade denominada Tabom. O nome "Tabom" se deu em virtude de eles terem retornado a Gana sem falar a língua local e de usarem a expressão "Tá bom" para responder a todo questionamento.

No entanto, as raízes de seu povo já haviam sido fincadas definitivamente em solo brasileiro, muitas das quais em Alagoas. Inúmeros habitantes do território que atualmente corresponde à República de Gana – país da África Ocidental independente desde 1957 –, foram trazidos à América e, em particular, ao Brasil, para trabalharem como escravos.


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