Há 318 anos era assassinado Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos
Palmares, o maior da história brasileira, localizado na Serra da
Barriga, no atual Estado de Alagoas. A resistência do Quilombo de
Palmares foi um marco na história do povo oprimido e explorado do Brasil
na luta contra a opressão. Os Quilombos eram povoados constituídos por
escravos que se refugiavam nas matas, índios e brancos pobres. O de
Palmares foi o maior que se tem notícia, chegando a reunir dezenas de
milhares de habitantes.
Zumbi dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695, é um herói de todo povo brasileiro e este dia deve ser comemorado e relembrado por nos mostrar como as coisas são resolvidas na luta de classes. As jornadas de junho abriram uma nova situação, milhões de brasileiros foram às ruas, em especial a juventude. Podemos sintetizar as reivindicações levantadas numa frase: Público, Gratuito, de Qualidade e Para Todos! Saúde, Educação Transporte.
Nesta nova e favorável situação para a luta dos oprimidos e explorados, qual a resposta dos governos, dos chamados movimentos negros e de muitas lideranças da chamada esquerda? Aprofundar a aplicação da política de colaboração de classes, multiplicando as propostas de cotas raciais; construção de ONG’s em acordos com o aparato do Estado nas esferas municipais, estaduais e federal. Numa verdadeira cruzada unem-se a figurões políticos e partidos dos mais reacionários da sociedade. Da maioria do PT, de metade do DEM e do PSDB, passando pelo PMDB e praticamente todos os partidos políticos, até chegar nas organizações da ultraesquerda, todos defendem as chamadas cotas raciais.
Note-se que essas políticas, que são aplicadas desde 2003, não diminuíram as desigualdades sociais e nem o racismo. Na verdade, são políticas de colaboração de classes e substancialmente não modificam a vida do povo trabalhador. Se por um lado o racismo nascido nos tortuosos caminhos do sistema capitalista para tentar justificar uma opressão e exploração em busca do lucro, por outro o racialismo com um discurso organizado pela Fundação Ford e empalmado pelo Estado de “reparação” avança no sentido da divisão da nação brasileira em “cidadãos” com direitos diferenciados mesmo que tenham a mesma origem social e renda.
Com previmos antes, as cotas raciais nas universidades públicas eram somente a “ponta do iceberg”. A prova são as últimas novidades, a saber: cotas raciais para parlamentares aprovadas na CCJ que cria duas listas de votação, de negros e brancos (sic) e as cotas raciais aprovadas para os concursos públicos definidas por lei sancionada pela presidente Dilma. Racismo e racialismo são frutos da mesma ideologia reacionária baseada na mentira da existência de “raças humanas”. Ambas estão a serviço do capital para dividir os trabalhadores.
Nosso mandato apoia integralmente a luta dos trabalhadores e da juventude pelas suas reivindicações e convida-os para lutar cotidianamente, com toda energia contra o racismo e o racialismo. Convocamos todos a combater, com especial vigor, contra a aprovação da maioridade penal, projeto reacionário apresentado pelo PSDB de São Paulo, que tem como objetivo central criminalizar, encarcerar e eliminar fisicamente a juventude pobre e negra.
Convocamos todos para juntos lutarmos contra a repressão desencadeada principalmente nas periferias, contra a juventude trabalhadora e os movimentos sociais. Não podemos tolerar a matança generalizada, como vimos acontecer nos casos dos jovens Douglas e Amarildo, matança esta realizada pelos governos e por seu aparato de repressão, em geral pelas PMs. Neste 20 de novembro, saudamos a entrada em cena de milhões de jovens e trabalhadores nas ruas, em luta. Saudamos e comemoramos a luta de Zumbi. A luta contra o racismo é a luta pela igualdade.
O autor, Roque Ferreira, é coordenador Nacional do Movimento Negro Socialista e vereador do Partido dos Trabalhadores
Zumbi dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695, é um herói de todo povo brasileiro e este dia deve ser comemorado e relembrado por nos mostrar como as coisas são resolvidas na luta de classes. As jornadas de junho abriram uma nova situação, milhões de brasileiros foram às ruas, em especial a juventude. Podemos sintetizar as reivindicações levantadas numa frase: Público, Gratuito, de Qualidade e Para Todos! Saúde, Educação Transporte.
Nesta nova e favorável situação para a luta dos oprimidos e explorados, qual a resposta dos governos, dos chamados movimentos negros e de muitas lideranças da chamada esquerda? Aprofundar a aplicação da política de colaboração de classes, multiplicando as propostas de cotas raciais; construção de ONG’s em acordos com o aparato do Estado nas esferas municipais, estaduais e federal. Numa verdadeira cruzada unem-se a figurões políticos e partidos dos mais reacionários da sociedade. Da maioria do PT, de metade do DEM e do PSDB, passando pelo PMDB e praticamente todos os partidos políticos, até chegar nas organizações da ultraesquerda, todos defendem as chamadas cotas raciais.
Note-se que essas políticas, que são aplicadas desde 2003, não diminuíram as desigualdades sociais e nem o racismo. Na verdade, são políticas de colaboração de classes e substancialmente não modificam a vida do povo trabalhador. Se por um lado o racismo nascido nos tortuosos caminhos do sistema capitalista para tentar justificar uma opressão e exploração em busca do lucro, por outro o racialismo com um discurso organizado pela Fundação Ford e empalmado pelo Estado de “reparação” avança no sentido da divisão da nação brasileira em “cidadãos” com direitos diferenciados mesmo que tenham a mesma origem social e renda.
Com previmos antes, as cotas raciais nas universidades públicas eram somente a “ponta do iceberg”. A prova são as últimas novidades, a saber: cotas raciais para parlamentares aprovadas na CCJ que cria duas listas de votação, de negros e brancos (sic) e as cotas raciais aprovadas para os concursos públicos definidas por lei sancionada pela presidente Dilma. Racismo e racialismo são frutos da mesma ideologia reacionária baseada na mentira da existência de “raças humanas”. Ambas estão a serviço do capital para dividir os trabalhadores.
Nosso mandato apoia integralmente a luta dos trabalhadores e da juventude pelas suas reivindicações e convida-os para lutar cotidianamente, com toda energia contra o racismo e o racialismo. Convocamos todos a combater, com especial vigor, contra a aprovação da maioridade penal, projeto reacionário apresentado pelo PSDB de São Paulo, que tem como objetivo central criminalizar, encarcerar e eliminar fisicamente a juventude pobre e negra.
Convocamos todos para juntos lutarmos contra a repressão desencadeada principalmente nas periferias, contra a juventude trabalhadora e os movimentos sociais. Não podemos tolerar a matança generalizada, como vimos acontecer nos casos dos jovens Douglas e Amarildo, matança esta realizada pelos governos e por seu aparato de repressão, em geral pelas PMs. Neste 20 de novembro, saudamos a entrada em cena de milhões de jovens e trabalhadores nas ruas, em luta. Saudamos e comemoramos a luta de Zumbi. A luta contra o racismo é a luta pela igualdade.
O autor, Roque Ferreira, é coordenador Nacional do Movimento Negro Socialista e vereador do Partido dos Trabalhadores
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