Quem está em
União dos Palmares ministrando cursos de artes marciais é o Grão Mestre
Rayllamm, que mora há 13 anos no Japão. Natural do Estado do Pará, Mestre
Rayllamm trabalha com a polícia japonesa e também oferece cursos a seguranças
que trabalham em eventos com artistas internacionais e políticos do mundo que
vão para o país. No Japão o mestre é sócio com o outro brasileiro Kumagai e
destaca alunos como Grilos e Black que já fazem trabalhos reconhecidos.
Mestre
Rayllamm comentou que quando pisou pela primeira vez no país do "Sol
Nascente" não imaginava que as diferenças eram tão gritantes "Levei
um susto ao desembarcar e começar a ouvir as primeiras palavras em japonês,
tudo era diferente, a comida, a honestidade do povo". Em alguns momento
pensou em desistir, mas aumentou suas orações e pensamentos positivos, para
enfrentar os novos desafios.
"Não
tem como comparar, DEUS me defenda" respondeu quando perguntei se os
países Brasil e Japão eram diferentes no quesito honestidade, para o brasileiro
nos temos muito que aprender como o povo do Japão. "É impressionante como
eles levam a sério os serviços públicos, as entregas das mercadorias dos
clientes, a não burocracia e tantos outros exemplos", disse. Ele diz que o
jeitinho brasileiro não tem oportunidade lá.
O esportista
enumerou também várias vantagens para quem pratica alguma arte marcial ou
atividade física: "Veja o exemplo do Grão Mestre Garça (Hiep Khi Dao), que
tem uma vitalidade de um jovem menino, exercícios afastam doenças do corpo e da
mente", comentou. "Mesmo com essa roupa pesada eu posso demonstrar
aqui tipos de pulos e treinos internos sem me cansar", observa.
O mestre
conta que antes de se iniciar nas artes marciais “eu tinha asma, hoje não
lembro o dia que fui ao hospital". Ele pratica artes marciais desde os
sete anos.
Com várias
graduações importantes o ex-policial civil (trabalhou por quatro anos e não
concordava com certas práticas de alguns policiais). Ele diz estar feliz por
passar suas experiências aos companheiros, mas salientou: "Fico triste por
não ter apoio do governo local, já que vem verbas para isso. Recebemos apoio de
alguns comerciantes da cidade de União, em outras estados como Minas Gerais o
apoio é total".
Hoje,
tranquilo com o idioma e o trabalho no Japão, o brasileiro disse que está feliz
pelo reconhecimento nacional de algumas lutas como MMA. "Isso prova que o
Brasil não tem apenas o futebol, temos que valorizar todas as modalidades
esportivas".
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