Quilombo dos Palmares, em Alagoas, é um marco para a resistência negra no Brasil
A participação de
Alagoas como uma das subsedes da Copa do Mundo ultrapassa a esfera
esportiva, interferindo também no âmbito cultural. Para os
alagoanos, receber a seleção de Gana ajuda a puxar na memória a
relação umbilical entre o Brasil e a África, iniciada na era
colonial com a prática da escravidão. Nesse contexto, o estado
alcançou projeção internacional com a consolidação do Quilombo
dos Palmares, local que servia de refúgio principalmente para os
escravos que escapavam do controle de seus proprietários.
O "mocambo", localizado
na Serra da Barriga, em União dos Palmares-AL, viveu seu
auge na primeira metade do século XVII e o crescimento contínuo do
maior símbolo de resistência à escravatura incomodava os
proprietários dos latifúndios. Último líder dos fugitivos, Zumbi
foi morto em 1695.
Porta-voz da seleção de Gana, Ibrahim Sannie
afirmou que seria uma honra visitar o Quilombo.
- Não recebemos nenhum
convite. Temos plena consciência, temos um tremendo respeito
por toda a história. É um marco importante. Seria muito
interessante para nós fazer uma visita em um dia livre até pela
história e enriquecimento cultural – afirmou.
Enquanto aguarda um
convite, a seleção de Gana direciona as atenções para o confronto
com a Alemanha, sábado, às 16h, em Fortaleza. O último jogo pelo
Grupo G será contra Portugal, dia 26, às 13h, no Mané
Garrincha, em Brasília.
*Colaborou Caio Lorena, sob supervisão de Victor Mélo.
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