O músico estava internado no Hospital da Unimed, no Recife.
Percussionista teve parada respiratória e faleceu na manhã desta quarta(9).
O percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (9), no Recife.
Ele tinha câncer de pulmão e estava internado há dez dias. De acordo
com a assessoria do Hospital Unimed III, o músico teve uma parada
respiratória e passou por um procedimento, mas não resistiu e faleceu às
7h39.
O velório começa às 14h desta quarta, na Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe). O enterro está marcado para as 10h desta quinta
(10).
Até o dia 29 de fevereiro, ele estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, mas, depois, foi transferido para um quarto, onde pôde ter mais contato com a família.
Até o dia 29 de fevereiro, ele estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, mas, depois, foi transferido para um quarto, onde pôde ter mais contato com a família.
Patrícia Vasconcelos, mulher e produtora do músico, disse que Naná
passou mal após um show realizado em Salvador, no dia 28 de fevereiro,
com o violoncelista Lui Coimbra. Ao retornar ao Recife, foi internado.
No ano passado, o artista passou mais de 20 dias no mesmo hospital. Naná também se sentiu mal antes de um show, mas achou que não era nada demais e seguiu com a agenda. No Recife, após uma bateria de exames, desconbriu que tinha câncer.
No ano passado, o artista passou mais de 20 dias no mesmo hospital. Naná também se sentiu mal antes de um show, mas achou que não era nada demais e seguiu com a agenda. No Recife, após uma bateria de exames, desconbriu que tinha câncer.
"Pegou todos de surpresa, porque ele havia feito um raio-x do pulmão no
ano passado (2014) e uma revisão geral há dois meses e nada foi
encontrado. Foi tudo muito rápido, um susto", declarou Patrícia à época.
Vida e obra
Apelidado de Naná pela avó, a música sempre foi a mola propulsora de Juvenal de Holanda Vasconcelos. Ele não media palavras para descrever seu amor e conexão com ela. Era como se a música fosse a energia, a batida, que movia o coração do percussionista.
No ano de 1960, Naná deixou o Recife e foi morar no Rio de Janeiro, onde gravou dois discos com Milton Nascimento. Com o cantor Geraldo Azevedo, viajou para São Paulo para participar do Quarteto Livro, que acompanhou Geraldo Vandré no icônico Festival da Canção.
A obra de Naná foi propagada e respeitada dentro e fora do Brasil. Ele
fez parte do grupo Jazz Codona, com o qual lançou três discos. Chegou a
gravar com B.B King, com o violinista francês Jean-Luc Ponty e com a
banda Talking Heads, liderada por David Byrne, um dos grupos precursores
do movimento "new wave". Nacionalmente, ele participou de álbuns de
Milton Nascimento, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A.
O pernambucano também fez trilhas sonoras para filmes nacionais e norte-americanos. Foi eleito oito vezes, por revistas especializadas em música nos Estados Unidos, como o melhor percussionista do mundo.
Em contraponto, por sempre acreditar que a música podia transformar e melhorar a vida das pessoas, também era um humanitário nato. Naná foi responsável por criar diversos projetos sociais como o "Língua Mãe", que reuniu crianças de três continentes: América do Sul, Europa e África. Naná também defendia levar a música para dentro das comunidades carentes do Recife como forma de incentivo à educação e cultura.
Há 15 anos, a abertura do carnaval do Recife seguia sob o comando firme e talentoso de Naná. Com 12 maracatus, 600 batuqueiros e o coral Voz Nagô, o marco ocorria sempre na sexta-feira de carnaval, levando magia e beleza para a multidão de foliões. Um espetáculo que só a criatividade de Naná e a força do carnaval pernambucano podiam criar.
O pernambucano também fez trilhas sonoras para filmes nacionais e norte-americanos. Foi eleito oito vezes, por revistas especializadas em música nos Estados Unidos, como o melhor percussionista do mundo.
Em contraponto, por sempre acreditar que a música podia transformar e melhorar a vida das pessoas, também era um humanitário nato. Naná foi responsável por criar diversos projetos sociais como o "Língua Mãe", que reuniu crianças de três continentes: América do Sul, Europa e África. Naná também defendia levar a música para dentro das comunidades carentes do Recife como forma de incentivo à educação e cultura.
Há 15 anos, a abertura do carnaval do Recife seguia sob o comando firme e talentoso de Naná. Com 12 maracatus, 600 batuqueiros e o coral Voz Nagô, o marco ocorria sempre na sexta-feira de carnaval, levando magia e beleza para a multidão de foliões. Um espetáculo que só a criatividade de Naná e a força do carnaval pernambucano podiam criar.
Naná Vasconcelos esteve dia 15 de novembro na Serra da Barriga, ministrando uma Oficina de tambores.
Em 2008 surgiria a idéia do projeto LÍNGUA MÃE, que reuniria crianças de
Portugal, Brasil e Angola sob a batuta do músico Naná Vasconcelos.
Nascia, assim, um espetáculo comemorando os 50 anos da capital brasileira no ano de 2010, no Teatro Nacional de Brasília.
Este documentário é um registro de preparação de espetáculo em três continentes e um olhar sobre os contrastes e os encontros que a música promove.
Realização:
D7FILMES
Patrocínio:
PETROBRAS, Ministério da Cultura
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