Comenta-se nos bastidores da política, que poderá ocorrer uma
possível união das forças oposicionistas para a disputa das eleições
majoritárias em União dos Palmares, isso, caso nenhum dos possíveis
candidatos reúna força suficiente para disputar em igualdade de
condições com o atual prefeito e candidato a reeleição Eduardo Pedrosa.
Muitos poderão dizer: “isso jamais acontecerá!” Não estou afirmando e
em nenhum momento afirmei que essa união vai acontecer, estou no campo
das probabilidades, mas, aonde há a fumaça há fogo. Por isso, não custa
nada Eduardo Pedrosa ficar atento e jogar com essa possibilidade. Na
política muitas vezes você tem que apostar no imprevisível. Já diz o
velho ditado: “em política só não vi boi voar”.
É público e notório a incompatibilidade de gênios entre Manoel Gomes
de Barros, Zé Alfredo e Areski Freitas. Os dois primeiros são pessoas
que possuem forte temperamento. Zé Alfredo homem de difícil diálogo,
arrogante e radical, e essa postura tem atrapalhado sua caminhada rumo a
prefeitura palmarina. Manoel Gomes todos já conhece; tem o estilo bateu
levou, pulso firme – o que certamente agrada a boa parte do eleitorado
-, ele ainda faz politica ao velho estilo faroeste americano, ou seja,
com ele, se ajoelhou tem que rezar.
Fica difícil imaginar a união dessas lideranças políticas por causa
da incompatibilidade de gênios, interesse, egoísmo, vaidade pessoal e
prepotência, tudo isso certamente deverá atrapalhar um possível acordo.
Ao contrário dos dois acima, Kil Freitas, tem a fama de bom moço,
daquele que está aberto ao diálogo, pacato, inteligente, aprendeu a
fazer política muito rapidamente. É um estrategista, e isso ninguém pode
negar. Caso seja candidato é um páreo duro, caso não seja e passe a
apoiar outro nome, sem dúvida, ele poderá ser de fundamental importância
nessa eleição.
Por outro lado, Eduardo Pedrosa com a máquina na mão tem que saber
usá-la em benefício da população – o que tem feito – e de seu grupo
político, o que tem ocorrido de forma acanhada.
Sem querer ser mal interpretado, analiso a política com critérios,
sem paixão e sem o coração, mas com a razão, ou se muda algumas práticas
e atitudes ou o grupo situacionista terá grande dor de cabeça e
enfrentará sérios problemas nessas eleições.
Na hipótese de sair três ou mais candidatos, evidentemente que o
detentor do mandato levará nítida vantagem, basta ter astúcia e
vivacidade para administrar as alianças e os acordos.
Por outro lado, se a eleição ficar polarizada, a eleição tornar-se-á
bastante perigosa as pretensões do atual mandatário palmarino. Mas tudo
isso depende da administração e, principalmente, da articulação politica
do prefeito Eduardo Pedrosa.
Mesmo com todas essas possibilidades de junção das oposições ou de
uma eleição polarizada, Eduardo Pedrosa tem tudo para encaixar um
segundo mandato. Para isso, basta ouvir os experientes na arte de fazer
política e não meia dúzia de picaretas, que só pensam em benefício
próprio. Prestigiar lideranças que ainda não foram prestigiadas,
divulgar as ações do governo, – essa divulgação tem deixado muito a
desejar -, e principalmente usar cargos que estão ou estariam vagos para
acomodar algumas lideranças politicas que estão insatisfeitas.
Hoje conversei com diversas dessas lideranças, e eles foram unânimes
em afirmar que estão a espera de espaço dentro da administração para
mostrar seu trabalho e ajudar o prefeito em sua batalha rumo a
reeleição, o que até agora não ocorreu.
Sejamos práticos e diretos. Há no governo municipal determinados
secretários que nada somam em termos políticos e técnico, são a meu ver,
secretarias que poderiam estar nas mãos de pessoas que realmente
estejam habilitadas a fazer um bom trabalho, e acima de tudo,
transformar esse trabalho em votos para si e, principalmente, para o
prefeito. E, no entanto, esses atuais secretários nada somam em termos
de votação para o atual gestor. Isso é fato, é público e notório.
Política não se faz com amizades ou apadrinhamento, política se faz
prestigiando as bases, se faz com votos, porque o combustível da
politica é o voto.
Alguns políticos reclamam de ter perdido uma eleição com a máquina na
mão, mas esse é um dos principais motivos do insucesso deles, ou seja,
não faz o dever de casa, não prestigia quem deveria prestigiar, não
escuta as lideranças, os experientes, não valorizam quem realmente tem
capacidade e votos.
Portanto, se houver uma possível junção das oposições em torno de um
nome, as eleições em União dos Palmares serão decididas nos detalhes,
aquele que for ousado, aglutinar forças e souber jogar melhor. Em
política, esses e outros detalhes fazem a diferença.
É claro e evidente que aquele que tem o poder nas mãos leva uma
ligeira vantagem em relação aos demais candidatos. Tudo vai depender
exclusivamente de como será a articulação política do atual prefeito. “A
caneta” do gestor é quem dará o tom da política, é quem vai dizer como a
banda deve tocar!
Fonte: Pagina181.com.br
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