O documentário nacional O Xadrez das Cores é uma produção filmada
em 2004 pelo diretor Marco Schiavan. O tema aborda o racismo praticado por uma
senhora que, por não conhecer algo, prefere hostilizar por medo.
A personagem principal se
chama Cida, uma batalhadora empregada doméstica e negra, como ela, muitos sofrem
na pele todos os dias diversas formas e tipos de preconceitos.
A patroa, “Dona” Maria, é uma
idosa doente e solitária que traz consigo o ódio por pessoas de cor e carentes.
Mesmo na companhia zelosa da cuidadora, onde a mesma oferece o melhor do seu
serviço, a funcionária não cansa de ser maltratada pela patroa.
O enredo da obra mostra
momentos vividos por Cida, como: ser discriminada, vivenciar a violência
sofrida pelo filho, ter subemprego, escutar piadas, sentir a segregação dela e
dos vizinhos, entre tantas formas de desprezo.
O drama venceu vários
prêmios em festivais de cinema e poderia ser feito em outros espaços
geográficos do Brasil, como nas instituições de ensino onde alunados negros
sofrem culturalmente REJEIÇÃO no cotidiano das escolas.
O cabelo crespo, o nariz
grande, os lábios grossos, a cor e a roupa simples são motivos para deboches
que os profissionais da Educação têm que estar atentos para corrigir e
punir.
Porém, o curta-metragem passa
a reflexão que se a pessoa for forte e determinada, ela pode virar “o jogo do
xadrez” para seu lado. Para isso, ela precisa ter amor próprio, foco em estudar
e transmitir seus conhecimentos para os demais, por exemplo, numa cena do
filme, a protagonista ensina os meninos da rua a jogar xadrez.
Com sua consciência e
determinação, Cida deu a volta por cima e fez “Dona” Maria reconhecer que,
apesar da sua cor, ela é inteligente e humana. Por sua vez, a funcionária
branca tinha por ela apenas o amor pelo salário que recebia no final do mês.
José Marcelo Pereira da Silva
Professor
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