Com os avanços tecnológicos que vieram para facilitar o
nosso dia a dia, pesquisadores do mundo digital estimam que, dentro de
alguns anos, o nível de conhecimento da humanidade será dobrado a cada
conhecimento da humanidade.
Pensando nisto, já imaginou como seria o professor do futuro?
A década entre o ano 2010 e 2020 pode ser considerada como a “década
móvel”. O lançamento do iPad da Apple, em 2010, envolveu o surgimento de
dispositivos móveis em cenários educacionais (tanto formais como
não-formais) e, assim, a consolidação da “aprendizagem móvel” como uma
das principais tendências pedagógicas do nosso tempo.
Esta corrente recebeu recentemente um novo ímpeto com a popularização
da realidade virtual e das tecnologias de realidade aumentada, que
também atingiram dispositivos móveis. Os dispositivos móveis oferecem
cada vez mais uma série de características intrínsecas e possibilidades
que levaram à sua rápida adoção por muitas escolas.
Os professores cada vez mais preocupam-se com a aquisição de uma
série de princípios e critérios de caracter pedagógico para então serem
capazes de projetar e avaliar as experiências de aprendizagem móvel.
Esta será a garantia de que os docentes podem então ser capazes de
integrar dispositivos móveis de uma forma educacional com cariz de
intencionalidade pedagógica. Por outras palavras, o objetivo é que o
aluno seja capaz de ver a aprendizagem móvel de uma perspetiva
pedagógica e não como mera tendência ou moda.
Para ser um bom professor do futuro, por exemplo, será necessário ir
além do conhecimento da sua área específica. Para acompanhar as
transformações do universo educacional, o docente do futuro terá que
desenvolver novas habilidades, além de aprimorar as que já possui.
Cinco serão as competências, no meu ponto de vista, que podem marcar a
diferença no trabalho do professor do futuro, dentro e fora da sala de
aula.
Ser entusiasta das novas tecnologias, estar conectado e ser
multidisciplinar, ser bilíngue, promover a educação socio emocional e
desenvolver sua inteligência emocional sendo que esta última é muito
importante pois as emoções possuem um papel importante na aprendizagem
dos alunos e nos relacionamentos que se formam dentro e fora da escola.
Por isso, é necessário que os professores incentivem os alunos a lidar
com suas emoções, educando-os para que se tornem aptos a controlar as
suas angústias e medos e tirar o máximo proveito de outros sentimentos
mais motivadores.
Contudo, para ensinar é preciso aprender. Para ajudarmos os nossos
alunos a desenvolver a sua inteligência emocional, é fundamental que o
professor desenvolva a sua própria. Usando estrategicamente a
inteligência emocional, será possível desenvolver uma metodologia
envolvente até mesmo para o mais pragmático dos alunos.
Mesmo sendo entusiasta das novas tecnologias precisamos ter em conta
que há crianças que por caráter e educação acham mais difícil se
conectar com suas sensações físicas e igualmente com a aprendizagem de
novos conceitos e novas abordagens em sala de aula. Não os deixe
desanimar, eles só precisam de mais tempo. Persista em incentivar esse
treino, seja ele qual for, com carinho e entusiasmo.
Rosa Luísa Gaspar
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