Pages

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Museu Maria Mariá, em União dos Palmares, atrai turistas nacionais e estrangeiros


Pesquisa da Secretaria de Turismo de União dos Palmares, cidade distante 83 quilômetros de Maceió, aponta que o Museu Maria Mariá recebeu, no terceiro trimestre deste ano, 299 visitantes procedentes de vários estados brasileiros e também da Argentina.

Segundo Mell Bezerra, diretora de Articulação, Negócios e Investimentos da Secretaria de Estado do Turismo (Setur-AL), os três estados primeiros colocados na pesquisa são: Alagoas, Pernambuco e São Paulo. “Depois da Serra da Barriga, o Museu Maria Mariá é o local mais visitado do município”, acrescenta a diretora da Setur.

Ainda de acordo com Mell Bezerra, a Prefeitura tem dado apoio total à Secretaria de Turismo, cuja titular, Jacineide Maia, tem feito um grande trabalho, em parceria com a iniciativa privada, para desenvolver a atividade turística em União dos Palmares, município da Região dos Quilombos.

Localizado no centro da cidade, o Museu Maria Mariá guarda o espólio da professora, historiadora, folclorista, jornalista e ativista cultural alagoana, que nasceu em 16 de junho de 1917 e faleceu em 28 de fevereiro de  1993.

Quem foi Maria Mariá

Fotos do acervo de Maria Mariá

Maria Mariá (União dos Palmares, 16 de junho de 1917 - União dos Palmares, 28 de fevereiro de 1993), figura polêmica no conjunto da provinciana sociedade palmarina, uma das primeiras mulheres a abraçarem os ventos renovadores do feminismo em Alagoas, sempre se destacou na defesa das liberdades femeninas (primeira mulher a usar calças compridas ou um maiô), na busca de uma educação moderna (aboliu, nas suas aulas, a "palmatória" e as pedrinhas que os alunos tinham de mostrar à professora à hora de ir ao banheiro) e se posicionou publicamente contra o descaso público com a educação.

Também foi uma férrea defensora da preservação das práticas culturais e do patrimônio arquitetônico da cidade. A sua oposição à derrubada da antiga matriz de Santa Maria Madalena fez história.

Nas palavras de Jorge Baleeiro de Lacerda:

Cquote1.svg Maria Mariá ainda não mereceu a consagração nacional de uma Bertha Lutz, de uma Nísia Floresta Brasileira Augusta ou de Maria Lacerda de Moura. Sua fama se restringe à União dos Palmares, quando muito a Alagoas. (...) Maria Mariá fez-se cedo autodidata e rebelde. Lia muito e, logo passou a ser uma referência cultural na acanhada União dos Palmares, terra de Zumbi e do quilombo dos Palmares, na serra da Barriga.Não sei se chegou a ler Han Ryner,autor predileto das feministas dos anos 20. Era consultada sobre os mais diversos assuntos. Usava,nos anos 40, calça, shorts e maiô para pasmo do vigário de União dos Palmares. Espantou tantou a cidade até que um dia, já nos anos 60, o pároco da matriz e mais algumas beatas conseguiram expulsá-la da cidade em nome do pundonor público e da sacrossanta e tradicional família de União dos Palmares. Cquote2.svg


Ao morrer, em 1993, deixou um verdadeiro acervo composto de objetos que representam a cotidianidade da vida na sociedade alagoana da primeira metade do século XX. Deixou também um legado jornalistico que nos apresenta as suas ideias, contentamentos e descontentamentos com a sociedade local, além de um amplo acervo fotográfico, que nos leva a uma viagem visual pela vida da cidade, apresentando-nos figuras políticas, intelectuais e religiosas locais, sua atitude demasiado moderna para os tempos de então (festas populares - padroeira, juninas, carnaval, folguedos, vestuário, hábitos) e sua atuação como educadora.

Fonte: Wikipédia 


Comentário João Melo
 
É sempre bom ler sobre MARIA MARIÁ (nome que deveria ser escrito sempre com letras maiúsculas). Tive a honra de ter sido seu aluno. Nunca me arrependi disso e é sempre motivo de orgulho do quanto me ensinou para aquele momento e para o resto de minha vida. MARIA MARIÁ, sempre presente em nossa memória e no coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar!
Continue nos visitando!