Nesse
último sábado, 25, foi encenada na Serra da Barriga a peça Negrinha, da
atriz paulistana Sara Antunes. Em cena com o monologo a atriz emociona o
público ao relatar a história de uma criança negra que mora num engenho
de açúcar no fim da escravidão.
Inspirado no conto homônimo de Monteiro Lobato (1920) e com influências de Gilberto Freyre (Casa-Grande & Senzala) e Câmara Cascudo, Negrinha representa o Brasil escravagista pelo ponto de vista de uma criança escrava, a protagonista Negrinha, identificada apenas por um apelido no diminutivo e com um futuro reprimido pelas paredes da casa grande.
A plateia que veio de Maceió e União dos Palmares, lotou o Restaurante Kúuku-Wáana, onde foi encenado o espetáculo. "Gostei do monólogo, as falas deixam a gente concentrado e emocionado. Reparei que muitos riam justamente em momentos que a personagem estava mais triste, acho que as pessoas não estão preparadas para esse tipo de peça", disse José Lucimar, que mora em Madri na Espanha.
Inspirado no conto homônimo de Monteiro Lobato (1920) e com influências de Gilberto Freyre (Casa-Grande & Senzala) e Câmara Cascudo, Negrinha representa o Brasil escravagista pelo ponto de vista de uma criança escrava, a protagonista Negrinha, identificada apenas por um apelido no diminutivo e com um futuro reprimido pelas paredes da casa grande.
A plateia que veio de Maceió e União dos Palmares, lotou o Restaurante Kúuku-Wáana, onde foi encenado o espetáculo. "Gostei do monólogo, as falas deixam a gente concentrado e emocionado. Reparei que muitos riam justamente em momentos que a personagem estava mais triste, acho que as pessoas não estão preparadas para esse tipo de peça", disse José Lucimar, que mora em Madri na Espanha.
Genisete
Lucena, secretária de Cultura do município, disse: "amei a peça. Ela
retrata a trajetória do negro no Brasil, muito bem representada pela
atriz". O estudante Diego Nunes, 14 anos, morador do povoado Muquém
comentou: "lembrei das aulas de histórias e fiquei impressionado com a
voz que a atriz fez para interpreta a personagem".
O
secretário de Educação Ricardo Praxedes e sua noiva Shirley Galvão
interagiram com a personagem Negrinha. Segundo Ricardo Praxedes "não tem
como não apoiar essas iniciativas culturais no município. Um bom
exemplo são os resultados positivos que estamos tendo nas escolas
palmarinas com os diversos grupos culturais".
Feliz
com as parcerias para trazer a peça até União dos Palmares, Maria José
da Silva, representante da Fundação Cultural Palmares - RR/AL,
comentou no evento que os primeiros contatos para trazer a peça foi da ialorixá Mãe Neide Oyá d´Oxum, do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb). "Já tínhamos pensado em trazer a peça em 2013, mas esse é o momento exato com a inovação da serra", disse Maria José.
Para
os apaixonados por cultura, Maria José disse "a cada mês ou no máximo
dois meses traremos uma peça de teatro para movimentar o Platô da Serra.
Iniciamos com o pé direito com essa peça Negrinha, que já ganhou vários
prêmios". Questionada sobre a escolha da Serra da Barriga para
apresentar o espetáculo, Maria José falou que "estávamos esperando esse
público de peso e qualidade que vieram prestigiar o evento. Quem veio
ama a arte, já que disponibilizamos ônibus e foi muito divulgado nas
rádios, blogs e redes sociais".
Com
20 anos de carreira, Sara Antunes chorou durante a peça e disse
emocionada por estar no solo sagrado da Serra da Barriga. "Quem é
brasileiro tem uma raiz negra, eu amo a cultura afro. Eu me sinto mais
próxima dela do que da cultura europeia da cor da minha pele".
Excursionando pelo Brasil com as peças Negrinhas e Um Sonho Para Vestir, a atriz estreia esse ano o filme Se Deus Vier que Venha Armado, onde contracena com o marido o ator Vinicius de Oliveira.
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