Passava
das 6h da manhã desta segunda-feira (27), quando foi confirmada a morte de
Simião Martiniano. Segundo seu registro de nascimento, ele tinha 82 anos,
mas garantia ter dois a menos. Simião vinha enfrentando um câncer no
esôfago e estava internado na Santa Casa de Misericórdia, no Recife.
Desde
janeiro, quando passou mais de 20 dias internado no Hospital das Clínicas, o
cineasta apresentava problemas de saúde. Mas, segundo a família, resistia para
se submeter a exames e tratamentos. “Ele é teimoso demais”, reclamou, na época a filha Soni Moema, em entrevista a Mateus Araújo, repórter do JC.
Nascido em União dos Palmares, Alagoas,
Simião Martiniano morava na comunidade Socorro, em Jaboatão dos
Guararapes, com a esposa e uma neta. Ele chegou a Pernambuco aos 27
anos, e ficou mais conhecido após o documentário biográfico Simião Martiniano, o camelô do cinema, dos cineastas pernambucanos Hilton Lacerda e Clara Angélica.
A obra de Simião é composta por oito longas: O herói trancado (1999); A rede maldita (1991); O vagabundo faixa preta (1992); A mulher e o mandacaru (1994); Traição no Sertão (1996, originalmente filmado em super-8, em 1979); A moça e o rapaz valente (1999); A valise foi trocada (2007); e, o mais recente, O show variado (2010).
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