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sexta-feira, 22 de maio de 2015

O incompetente e suas vítimas A culpa não é do professor, mas dos líderes políticos!

O incompetente precisa de vítimas que lhe doem as secreções: sangue, suor e lágrimas. Eu tinha uma chefe incompetente que me fazia trabalhar por ela sob a pressão de me tirar da função, de forma que se fracassasse, a culpa seria sempre minha.

Todo líder incompetente, no pouco que faz, aplica todo rigor das regras e tradição, desconhecendo a misericórdia, não se importando com o sofrimento do outro, para compensar sua insegurança e deficiência ou ainda para desviar os olhares dos outros da real causa do problema dele. Para ele é difícil o equilíbrio, pois só pensa nele mesmo, Certo de que não merece a admiração dos que sabem agir com equidade, então explora os outros, como se soubesse explorar rumo ao objetivo comum. Ele precisa vitimar alguém, descarregando sua culpa, e, só assim, sobressair-se como o “poderoso chefão”.

A incompetência é doença, um mal que precisa ser corrigido na educação pública brasileira. Que bom, sou simplesmente vítima, melhor que ser um desviado de função! Infelizmente quem brinca com porcos há de sai enlameado, se antes não for devorado por eles!

Como entender este fenômeno: todo professor fez um curso superior, portanto é alguém que estudou e se preparou, e ele está credenciado a ensinar. Deveria ser a pessoa mais importante da unidade escolar, porém é o subalterno de todo mundo! E se submete ao descambar da carruagem rumo ao caos, e ainda se dar ao luxo de reclamar em vão do sistema, assumindo a culpar por o fracasso, também, de seus alunos. Quando o paciente do médico morre, a culpa é dele, pois não seguiu as recomendações médicas. 

Quando o advogado perde a causa, a culpa é do cliente que escondeu informações, provas e testemunhos importantes. Quando o pastor evangélico não cura seu enfermo, a culpa é do doente que não exerceu fé suficiente. Então a culpa é do aluno alienado que não conhece nem mesmo o poder que tem e não saber usá-lo para o bem. Se ao menos eles vissem que a culpa não é do professor, mas dos líderes políticos que gostam dos “enviseirados”, talvez não dispersassem esforços batendo em professor, seguindo o exemplo dos combatedores de manifestantes!

(Claudeci Ferreira de Andrade, pós-graduado em Língua Portuguesa, licenciado em Letras, bacharel em Teologia, professor de filosofia, gramática e redação em Senador Canedo, funcionário público)

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