O incompetente precisa de vítimas que lhe doem as secreções: sangue,
suor e lágrimas. Eu tinha uma chefe incompetente que me fazia trabalhar
por ela sob a pressão de me tirar da função, de forma que se
fracassasse, a culpa seria sempre minha.
Todo líder incompetente, no pouco que faz, aplica todo rigor das
regras e tradição, desconhecendo a misericórdia, não se importando com o
sofrimento do outro, para compensar sua insegurança e deficiência ou
ainda para desviar os olhares dos outros da real causa do problema dele.
Para ele é difícil o equilíbrio, pois só pensa nele mesmo, Certo de que
não merece a admiração dos que sabem agir com equidade, então explora
os outros, como se soubesse explorar rumo ao objetivo comum. Ele precisa
vitimar alguém, descarregando sua culpa, e, só assim, sobressair-se
como o “poderoso chefão”.
A incompetência é doença, um mal que precisa ser corrigido na
educação pública brasileira. Que bom, sou simplesmente vítima, melhor
que ser um desviado de função! Infelizmente quem brinca com porcos há de
sai enlameado, se antes não for devorado por eles!
Como entender este fenômeno: todo professor fez um curso superior,
portanto é alguém que estudou e se preparou, e ele está credenciado a
ensinar. Deveria ser a pessoa mais importante da unidade escolar, porém é
o subalterno de todo mundo! E se submete ao descambar da carruagem rumo
ao caos, e ainda se dar ao luxo de reclamar em vão do sistema,
assumindo a culpar por o fracasso, também, de seus alunos. Quando o
paciente do médico morre, a culpa é dele, pois não seguiu as
recomendações médicas.
Quando o advogado perde a causa, a culpa é do
cliente que escondeu informações, provas e testemunhos importantes.
Quando o pastor evangélico não cura seu enfermo, a culpa é do doente que
não exerceu fé suficiente. Então a culpa é do aluno alienado que não
conhece nem mesmo o poder que tem e não saber usá-lo para o bem. Se ao
menos eles vissem que a culpa não é do professor, mas dos líderes
políticos que gostam dos “enviseirados”, talvez não dispersassem
esforços batendo em professor, seguindo o exemplo dos combatedores de
manifestantes!
(Claudeci Ferreira de Andrade, pós-graduado em Língua
Portuguesa, licenciado em Letras, bacharel em Teologia, professor de
filosofia, gramática e redação em Senador Canedo, funcionário público)
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