Há décadas sem a realização de concurso público, os contratos
que deveriam ser de emergência se eternizaram para atendera as indicações e as barganhas
políticas. A SEMED é um exemplo de cabide de emprego e trampolim político.
Mais um ano chegou com problemas velhos, se aproxima também mais um ano letivo e a reboque às
preocupações dos
profissionais que vivem a incerteza de renovar os seus contratos com o
município, pois a cada mudança de prefeito ou de vereador novas pessoas
são indicadas para os cargos. Em União existe um Termo de Ajuste
de Conduta firmado entre o governo municipal, na época assinado por Kil
de Freitas e ministério público, que objetivava a realização do
concurso público em nosso município, todavia esse acordo também não foi
respeitado.
Os gestores de União
tem andado na contramão nas escolhas dos
secretários de educação. A formação profissional, a relação com os
professores não tem sido levado em conta no critério de avaliação, na
verdade a escolha se dá para atender acordos políticos
firmados entre os grupos e siglas partidárias.
O atual secretário de
educação por exemplo, é mais um que nunca
atuou na educação nem em área afim, contudo está à frente da pasta mais
importante e desafiadora do governo, pois o município apresenta os
piores Índices de
Desenvolvimento da Educação Básica – EDEB. Esse ano todos os municípios
deverão ser novamente avaliado, contudo o resultado esperado não são
nada animadores, tendo em vista à
ausência de investimento, a falta de compromisso e de respeito com os
educadores, além dos vícios e maus costumes impregnados por gestores que usam a secretaria como trampolim político e moeda de troca.
Mesmo não sendo
especialista da área, o novo secretário de
educação Bruno Praxedes poderá fazer diferente do que ele mesmo fez ao
assumir
pela primeira vez a SEMED. Já que a "Lei de responsabilidade" é usada
como obstáculo para a realização do concurso público, se o gestor tiver
interesse poderá acabar com os contratos barganhados que outrora fora
tão criticado por ele mesmo enquanto vereador. Basta apenas fazer uma
prova de seleção levando em conta os conhecimentos, e experiências
comprovadas por currículos sem priorizar os pedidos e imposições dos
políticos profissionais que ainda persistem nessa prática de escravidão
moderna.
Portanto, nunca é tarde para fazer as coisas corretas, já é
ano é novo, é hora de colocarmos em prática tudo aquilo que desejamos de bom. Não
adianta falarmos de corrupção, injustiça e quando temos a oportunidade de fazer
diferente, usarmos das mesmas práticas, vícios e maus costumes. Esperamos que o nosso
secretário faça diferente e valorize os profissionais da educação.
Já dizia Mahatma
Gandhi: Seja a mudança que você quer ver no mundo.
Diga não a
escravidão.
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