Atriz e mãe de dois filhos, Cláudia Raia reforça o valor da leitura e a importância dos pais no processo de educação das crianças. Na hora de educar, cada momento conta.
Falar sobre
educação é algo que me faz lembrar minha infância. O incentivo à leitura
e envolvimento com as artes, fez parte do meu crescimento como pessoa.
Minha
vida sempre foi permeada pela dança, envolvida com as artes em geral.
Minha mãe, sempre me incentivou muito a ler sobre as mais variadas
coisas, como artes, danças, pinturas, músicas. Então, foi através desse
incentivo, que eu fui lendo e me interessando cada vez mais. Aos poucos,
eu lia sobre tudo que eu gostava. E aquilo me encantava.
Os
pais devem inserir a leitura de uma forma delicada na vida da criança.
Não como uma obrigação e sim como um prazer. A minha mãe sempre foi
muito atenta com isso. Ela sempre gostou muito de ler e sempre nos
incentivou, de uma forma que fez com que a gente se apaixonasse pela
leitura. Acho isso muito importante para o crescimento e desenvolvimento
intelectual das pessoas.
Na
minha infância, por exemplo, o primeiro livro que eu li, foi Monteiro
Lobato, incentivada pela minha mãe. Todas as obras dele são
inesquecíveis. E eu passei a mesma coisa para os meus filhos. Os
primeiros livros que eles leram também foram de Monteiro Lobato. E esse
foi só o começo.
A
escola que eu escolhi para os meus filhos estudarem, por exemplo,
também incentiva muito a leitura na formação. Artes, artes cênicas e
música. Tudo isso de uma forma muito bacana. Eles precisavam ler,
praticamente, um livro por dia, por exemplo. E isso é muito importante.
Esse incentivo, faz com que a pessoa aprenda a gostar da leitura. Você
pratica tanto, que isso acaba virando um agradável hábito. E isso é
muito bacana e importante.
E eu gosto
de estar junto com eles nesse aprendizado. As histórias que eu contava
para os meus filhos, quando eles eram pequenos, por exemplo. Eu sempre
acabava indo para o lúdico. E o que era mais bonitinho, era que toda
noite eu contava uma história para eles. Mas, nem sempre eu contava a
história como ela era de verdade. Eu ia aos poucos subvertendo a
história. Eu ia contando outras coisas ao longo do conto. E a Sophia,
minha filha, sempre me dizia “mamãe não mude a história, o autor
escreveu assim, você não pode mudar a história”. Mas isso também é muito
bacana. Incentivar a imaginação é uma das melhores formas de
aprendizado.
Hoje,
carregamos esse legado. O hábito da leitura, a afinidade com as artes
como um todo, fazem parte da nossa rotina de uma forma muito natural.
Trabalhar com isso me deixa ainda mais orgulhosa. Poder transmitir esses
valores tão importantes para as pessoas, me deixa muito feliz. Afinal,
ninguém nasce sabendo, a leitura é um hábito. Incentive o seu filho a
criar este costume.
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