Mesmo sentindo na própria pele as consequências do racismo, presidente da Unegro aponta que houve avanços nos últimos anos
A escravidão do povo negro no Brasil
durou mais de três séculos, perdurando de 1550 até 1888. Durante esse
tempo, os negros escravizados deram uma contribuição inestimável para a
construção do país, tendo sido responsáveis pelo impulsionamento da
economia nacional mas, ao mesmo tempo, sofrendo todo tipo de violência e
privação decorrentes da sua condição de povo escravizado.
A situação de escravizados não foi
aceita pacificamente por grande parte dos negros trazidos à força da
África, que resistiram à situação e fugiam para dentro das matas
fechadas, criando os chamados quilombos, que abrigavam os negros que
fugiam de “seus donos” e se juntavam a outros na mesma situação para
resistir à escravidão.
O mais famoso de todos os quilombos foi o
de Palmares, localizado na Serra da Barriga, no estado de Alagoas, que
chegou a abrigar cerca de 20 mil negros fugidos da escravidão. Seu maior
líder, Zumbi, foi morto em 20 de Novembro de 1695, cerca de um ano após
todos os demais negros do quilombo serem dizimados por forças militares
enviadas pelo governo da época.
Hoje, decorridos 130 anos da libertação
dos negros escravizados, os cidadãos negros e as cidadãs negras ainda
sofrem com o preconceito racial e com a discriminação por conta de sua
cor, o que pode ser visto não só pela forma discriminatória como muitos
são tratados, mas principalmente se observarmos o reduzido número de
negros e negras que ocupam posições de destaque na sociedade brasileira e
a pequena quantidade dos mesmos que goza de boas condições financeiras.
Para lembrar o sofrimento dos negros e
negras escravizados e denunciar o preconceito que até hoje vitima essas
pessoas por conta da cor de sua pele e de sua herança histórica, foi
instituído o Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro,
data da morte de Zumbi dos Palmares.
Fonte: A Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar!
Continue nos visitando!