Iremar Marinho
Os belos poemas do Iremar traduzem a expressão singela e a
magnanimidade da flor do lácio encrustada no âmago Alagoano.Vale a pena
sempre uma visita ao seu blog recheado de harmonia e cultura.
Mário Augusto
Cabo das Tormentas
Iremar Marinho
Há um Cabo das Tormentas a passar
Há uma vida de tormentos a vencer
Há esquadras sobrepostas para o mar
Há o tempo para o império perecer
Há um reino que não volta do Alcácer
Há o poeta que espera o rei voltar
Há o nauta que naufraga ao Bojador
Há o império que sucumbe além da dor
Não consigo atravessar o Tenebroso
Mar Atlante. Como Sísifo e sua pedra
eu não passo o Cabo Não de cansaços
14 de julho de 2010
Conchavo para sopro e cordas
Iremar Marinho
Junte o lixo das palavras.
Para o poema vale tanto
quanto ouro vem da lavra.
Junte signos, emblemas.
Valem chaves para o abismo
no desenredar do tema.
Junte ritmos, assonâncias,
o eco das sinfonias.
Tudo serve à orquestração
de toda dessintonia.
Junte o não o nada nem
para fazer poesia.
Silêncio e palavra
Iremar Marinho
Como expressar horror
com palavras? Estão presas
ao papel (palavras sofrem)
à espera do meu grito.
Como alardear a dor
em fonemas, se as palavras,
já cegas, só ferem quando
manejadas, como facas?
Como viver no escrito,
se, já mortas, as palavras
são sepultadas na lápide
do meu sonho derradeiro?
Blog do Iremar aqui
Conheça o palmarino Iremar Marinho: Veja
Iremar Marinho
Há um Cabo das Tormentas a passar
Há uma vida de tormentos a vencer
Há esquadras sobrepostas para o mar
Há o tempo para o império perecer
Há um reino que não volta do Alcácer
Há o poeta que espera o rei voltar
Há o nauta que naufraga ao Bojador
Há o império que sucumbe além da dor
Não consigo atravessar o Tenebroso
Mar Atlante. Como Sísifo e sua pedra
eu não passo o Cabo Não de cansaços
14 de julho de 2010
Conchavo para sopro e cordas
Iremar Marinho
Junte o lixo das palavras.
Para o poema vale tanto
quanto ouro vem da lavra.
Junte signos, emblemas.
Valem chaves para o abismo
no desenredar do tema.
Junte ritmos, assonâncias,
o eco das sinfonias.
Tudo serve à orquestração
de toda dessintonia.
Junte o não o nada nem
para fazer poesia.
Silêncio e palavra
Iremar Marinho
Como expressar horror
com palavras? Estão presas
ao papel (palavras sofrem)
à espera do meu grito.
Como alardear a dor
em fonemas, se as palavras,
já cegas, só ferem quando
manejadas, como facas?
Como viver no escrito,
se, já mortas, as palavras
são sepultadas na lápide
do meu sonho derradeiro?
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Conheça o palmarino Iremar Marinho: Veja
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