Ricardo Corrêa
“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos seus olhos haverá guerra” disse Bob Marley. Exercitemos nossas reflexões.
O racismo é uma das heranças
perversas do período escravagista que vigorou no Brasil, numa época em que os
portugueses subjugaram e animalizaram a população africana para justificar os
castigos físicos na qual submetiam esses homens que foram retirados do próprio
país de origem. Os trabalhos forçados eram a tônica do sistema. Zumbi dos
Palmares surgiu nesse contexto, como um líder combativo ao regime vigente,
trazendo um sopro de liberdade aos escravos refugiados no Quilombo dos
Palmares, mas foi assassinado no dia 20 de novembro de 1865.
O reflexo desse período, quiçá o mais cruel da história
brasileira, salta aos nossos olhos. Os afrodescendentes constituem a população
mais numerosa do país, entretanto a mais carente: empregos precários,
habitação, saúde, etc. A conquista da própria cidadania é um obstáculo a ser
superado, mas dificilmente ocorrerá se o racismo continuar a se manifestar de
maneira explícita, ou velada.
Porém, a comemoração de Zumbi e da Consciência Negra – dia 20
de novembro – é um importante momento para, além da celebração do ícone da
resistência negra, mobilizar toda a população a refletir sobre as condições que
estão postas aos afrodescendentes e quais as formas em que todos podem
contribuir. Precisamos sonhar e lutar para a construção de uma sociedade que
coloque o respeito à dignidade humana acima de qualquer classificação
racial.
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