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terça-feira, 31 de julho de 2012

Palhaço Paranoide - O Garoto Invisível


Clipe rodado na Fazenda Anhumas zona rural de União dos Palmares

O frisson instalou-se nas redes do Facebook nesta Segunda-feira. Prometido e anunciado numa página de evento específica para o acontecimento, o lançamento do novo videoclipe da banda alagoana “Palhaço Paranóide” tornou-se fruto de tanto aguardo, que até mesmo um atraso técnico gerou ansiedade entre os fãs.

Tecida em fios bastante delicados, a canção de “O Garoto Invisível” passeia entre significados distintos, ora contraindo-se na penumbra da desesperança, ora, aliada à meldia acústica de um suave de violão e o belíssimo piano de Guilherme di França, estende os dedos em busca do Sol, num ansiar esperançado. No vídeo, estes significados incertos dão lugar a uma breve trama cheia de delicadeza, onde pistas nos são dadas sem pressa, até que, junto ao clímax da canção, nos comova com a verdade.

Com direção de Henrique Oliveira e argumento, roteiro e concepção de Guilherme di França, ainda contando com toda uma equipe de primeira, “Garoto Invísível” foi filmado em União dos Palmares, no interior de Alagoas, contando com o apoio da prefeitura do municipío e da secretaria de estado da cultura. Um louvável incentivo para mais um arroubo de poesia e arte desta banda promissora.

Destaque para a fascinante arte do single ao qual o vídeo musical presta companhia, sendo o primeiro do futuro CD, “Ceú dos Elefantes”, com arte de Mizael Oliveira e cores de Juliana Agra, ambos com inegável talento. Vale conferir o belo trabalho que estes dois vêm desenvolvendo junto à Palhaço Paranóide como direção de arte. E fiquemos atentos para novos grandes lançamentos como estes, ou futuros shows (aguardados como são) dos rapazes da banda.

Blog Vétice
http://www.myspace.com/palhacoparanoide

https://www.facebook.com/palhacoparanoidemusic

http://www.twitter.com/palhacoparanoide

Estátua Zumbi dos Palmares




Viva Zumbi dos Palmares, Viva a Liberdade!

Estátua Zumbi dos Palmares


segunda-feira, 30 de julho de 2012

"No dia 27 de outubro de 2011 foi o início da minha luta contra a obesidade" Flávio Henrique Ferreira Marques


Flávio e Lissiane Costa em outubro de 2011


O casal em 2012


Quem é obeso sabe das dificuldades que se passa a cada dia, que vão desde uma simples peça do vestuário até problemas de saúde. Algumas dietas vão surgindo e sumindo com uma rapidez impressionante. Flávio Henrique Ferreira Marques sabe bem o que é isso. Ele que emagreceu bastante tem muita histórias pra contar.

Natural de Santana de Mundaú, Flávio disse ao blog que depois que começou ter problemas de saúde resolveu cuidar da saúde. Há 8 anos por recomendação de um primo comprou um kit do Herbalife, para tentar ter uma qualidade de vida melhor, mas as dificuldades de mudar os hábitos alimentares fez com que ele se deixasse os produtos em cima da geladeira.

Estudante de Administração Flávio diz que além dos problemas com o peso, em outubro do ano passado estava com 100 quilos, ele tinha dificuldades em se levantar e o desânimo o acompanhava o dia todo. Marques então começou uma bateria de exames e os resultados não foram animadores. A partir daí incluiu aos poucos uma alimentação mais saudável e exercícios físicos em sua rotina.

"Pra começar você tem que mudar a cabeça e o corpo obedece" essa é a resposta que Flávio tem para quem pergunta se é difícil começar a fazer dieta. Hoje, com 72 quilos e se alimentando do Herbalife desde que resolveu se cuidar, ele toma o shake para manter o corpo e que os exercícios são fundamentais para uma vida saudável.

Aos 33 anos e noivo da médica Lissiane Costa Machado, Flávio comercializa os produtos da Herbalife em União dos Palmares. "É uma nutrição alimentar completa. É por isso que faz tento sucesso e tem tantos depoimentos positivos dos usuários". Para bater um papo com o magro e ouvir suas histórias visite o Espaço Vida Saudável União.


O espaço abre nos três horários, de segunda a sexta-feira e fica na Avenida Hermano Plech, ao lado do Caldinho do Biu.

sábado, 28 de julho de 2012

"Se eu tivesse condições eu faria a cirurgia de troca de sexo" Fernando Wanderso


Hoje Programa Mesa Z em União dos Palmares recebeu o cabeleireiro Fernando Wanderso, o maquiador Whollancy Norggt e o produtor de eventos Gilmar Guilherme. Os profissionais estiveram na Rádio Zumbi FM para falar de seus trabalhos.

Gilmar Guilherme começou há dez anos no ramo de festas, iniciou decorando festas de aniversários e apartir daí não parou mais incluindo no seu corrículo outros tipos de eventos como: casamentos e desfiles. Gilmar agora está promovendo o 1º concurso de cabeleireiros e maquiadores de União dos Palmares.

Gilmar disse que começou com eventos na cidade sem fazer cursos e como havia uma carência desse tipo de profissional fez com que ele aceitasse convites de amigos para organizar festas e daí começou a receber outros trabalhos. Com o passar dos anos foi se especializando com experts da área.

O promotor disse que o 1º Concurso de Cabeleireiros e Maquiadores que acontecerá no dia 01 de agosto será um forma de homenagear os bons profissionais que União tem hoje. Gilmar comentou que marcas de produtos de beleza estarão presentes no evento. Os vencedores do concurso receberão o título do melhor do ano. A diversão na festa contará com Drag queens com a participação no bate cabelo.


O cabeleireiro Fernando Wanderso, conhecido como Fernanda cabelos, também está há dez anos na profissão. Fernanda disse que hoje em dia a união dos profissionais é bem tranquila, já que um ajuda o outro tirando dúvidas e contando as novidades do mundo dos salões.

Fernanda disse ainda que não sente preconceitos das pessoas por ser homossexual ou porque transita pela cidade trajando roupas femininas. Afirma que quem se aproxima dela gosta dela dessa maneira. Segundo ela quando um gay tem apoio de sua família ele fica imune de medos e preconceitos, já que a família é a base para tudo na vida de uma pessoa.

Fernanda disse que sempre teve o apoio da família em relação a sua sexualidade e sonha em fazer a cirurgia de mudança de sexo, para isso já procurou informações a respeito do assunto e diz que não fará pelo SUS (Sistema Único de Saúde) porque tem milhares de pessoas na fila, hoje com 24 anos ele diz "quem sabe com 30 anos eu não estarei realizada".

Whollancy Norggts começou maquiando as amigas e era que indicavam seus trabalhos a outras amigas. Hoje o maquiador é o queridinho das
It girls palmarinas. Norggt diz que trabalha com o fotógrafo Alysson Ferreira nas campanhas de modas que ele realiza. Funcionário da loja Água de Cheiro o maquiador deu dicas de como não errar na hora de se maquiar.


Whollancy, Fernanda e Gilmar no estúdio da Rádio Zumbi FM

sexta-feira, 27 de julho de 2012

2º Chá de Vovós do Abrigo Santo Antônio

A Casa do Pobre Santo Antônio, entidade sem fins lucrativos que HÁ 58 anos acolhe a idosos carentes de União dos Palmares e de toda região... Tem o prazer de lhe convidar a participar do nosso 2º Chá de Vovó, que acontecerá no dia 28/07/2012, sábado, a partir das 14h em nossa sede, localizada à Rua Hermano Plech, 411, centro de União dos Palmares.

Este evento tem por objetivo arrecadar fraldas geriátricas que serão usadas durante um ano inteiro e para alcançarmos esse objetivo, contamos com a colaboração de toda comunidade e de todos os funcionários das diversas instituições de nossa cidade.

Participem!!!

Faz bem estar ao lado de quem tem a serenidade que só a experiência traz!!!

Local: ASA – Abrigo Santo Antônio

(Casa dos Pobres)

Rua Hermano Plech, 411 – Centro

União dos Palmares – AL CEP 57800-000
CNPJ 12.383.618/0003-29 Tel. 82-3281-3234

Redes Sociais são o palanque da vez

Os blogueiros Candice Almeida e Zema
O uso das redes sociais deve ser pautado pelo respeito ao espaço que é de convívio comum

Aqueles que estão conectados às redes sociais, ainda que de forma descontínua, já notaram que Facebook e Twitter tornaram-se palanques políticos. São divulgadas imagens de campanha, adesivaços, caminhadas e comícios, além, claro, de muito material publicitário.

Muitos dos usuários têm demonstrado descontentamento, não só com toda essa abordagem, mas principalmente pela invasão de novos usuários, com objetivo claro e único de campanha e de “aparecer” para a fatia de eleitores que mais cresce e que mais forma opinião.

Entretanto, os antigos e novos usuários, assim como os meros eleitores e os candidatos, o que inclui os “cabo eleitorais”, devem procurar a convivência respeitosa e pacífica, para tanto recomendo cautela.

Impossível um manual básico do que pode e o que não pode no mundo virtual, até porque lidar com milhares de pessoas não é tarefa fácil e muito menos acautelada por fórmulas matemáticas.

É interessante que os candidatos, principalmente à majoritária, foquem na apresentação de suas propostas - talvez, veiculando aos poucos e dando ênfase aos detalhes. Tem que ter cuidado para não disseminar informações em blocos sucessivos, o que pode gerar insatisfação dos eleitores.

O eleitor chateado com o alto número de inserções do candidato no Facebook poderá desabilitar a “assinatura” do perfil que está inundando seu mural de notícias com informações políticas, por isso o cuidado que os candidatos e seus assessores devem ter com o gerenciamento de conteúdo.

Daí porque vejo como desnecessária a regulamentação do uso das redes sociais pelo Judiciário. Como podemos ver e constatar, o eleitor que não quer saber de política e nem de campanha tem todos os meios para evitá-la: seja não sendo amigo no Facebook, não seguindo no Twitter, ou, em casos mais sérios, até bloqueando os perfis abusivos.

O mote dessa campanha será dado pelos próprios eleitores, caberá aos candidatos e suas assessorias a sutileza na abordagem e o carisma dos políticos, o que revelará mais que profissionalismo, mas respeito ao próximo.

Lembrem, caros leitores, as redes sociais estão aí, também, para nos aproximar daqueles que dificilmente teríamos contato por meios convencionais, aproveitem para conhecer propostas, projetos e trabalhos realizados, assim como sugerir soluções e questionar posicionamentos, essa ainda é a única forma de votar consciente.

Site Cada Minuto

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Participe do Programa Mesa Z, Pelo Fone 3281-3669


Gilmar Guilherme (Festa e Eventos)

Fernando Wanderso (Cabelos)

Whollancy Norggts (Maquiador)

Neste sábado 28 de julho, ao meio-dia o Programa Mesa Z recebe os profissionais Whollancy Norggts (maquiador), Fernando Wanderso (cabeleireiro) e Gilmar Guilherme (eventos) para bate papo sobre suas profissões e sobre 1º Concurso Cabeleireiros e Maquiadores, que irá acontecer no dia 01 de agosto em União dos Palmares.

SERVIÇO:
Entrevistas no programa Mesa Z Cidadania
Dia: 28 de julho de 2012 (sábado)
Horário: Das 12h às 14h
Local: Rádio Zumbi FM 87,9 – Rua Marechal Deodoro, nº191, 1º andar.
Cep
: 57.800-00 Centro União dos Palmares.
Contato
: (82) 3281-3669 / radiozumbifm@hotmail.com / @programamesaz (Twitter)

Biblioteca Maria Mariá: ótima opção para uma boa leitura


O blog JMarcelo Fotos já tinha feito no dia 8 de abril de 2011 uma reportagem sobre as bibliotecas de União dos Palmares. Na época eram três bibliotecas: Jorge de Lima e Sala Verde, na Praça Basiliano Sarmento, e a biblioteca Unidade SESI Indústria do Conhecimento, na praça do Bairro Jaguaribe.

A Biblioteca Municipal Maria Mariá foi inaugurada dia 24 de maio na Casa que leva o nome da historiadora. Ela é fruto de uma parceria do município com a Biblioteca Nacional, que cedeu os livros e a mobília. Na casa os livros estão em dois espaços arejados e com móveis adequados para o melhor conforto do leitor.

A casa depois da reforma ficou bem agradável. A beleza arquitetônica do prédio torna o espaço bem aconchegante para a leitura. Segundo Juliana Lima, uma das funcionárias, o visitante não pode levar os livros, pois o acervo ainda é pequeno. Quando o leitor começa a ler um livro, ele fica separado para que possa ser lido a qualquer hora ou dia da semana, na biblioteca.

Posteriormente começarão os cadastros de reserva e de empréstimos. Na biblioteca Maria Mariá o visitante encontra diversos gêneros literários e, além dos livros comuns, edições em braile e coleções em DVD, que podem ser assistidas na biblioteca. Por enquanto, a maioria dos visitantes são alunos das redes municipal e particular que buscam fazer pesquisas. Eles tambem podem usar um dos computadores do local.

Poucos são os que tem os livros como hobby, porém a biblioteca tem tudo para virá um point dos amantes da boa leitura.




Outras bibliotecas em União click AQUI

O antes e depois de Felipe Talles


Faz parte de viagem fazer inveja a quem não foi, e porque não um retoque no photoshop pra enganar fácil que suas férias foram as melhores do mundo (quando as vezes nem foi), olha ai, quem que não vai acreditar se eu disser que essa foto foi lá pras bandas de cuba...


É né! mais a realidade é outra, a verdade dói! Aprendam, se tá bacana de mais pode ser que tenha truque, e isso vale também pra aqueles panfletinhos de lugares maravilhosos.


Saída do Fotoclube no dia 28/08/11 - Fazenda Inhumas
Somente uma questão de Photoshop.
Blog Cinco e Trinta Cinco

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Por que eu não vendo meu voto? Josimar Gomes da Silva

Prezados leitores deste blog, acompanhados dessa pergunta deveriam estar outras duas: por que não devo votar em branco? E por que não devo votar nulo? Tudo isso para nos remeter a uma só questão: a de que nosso voto deve ser consciente. O filósofo Aristóteles, em seu livro “A Política”, colocava o homem como “um animal naturalmente político, destinado a viver em sociedade” e, para isso, nós temos que zelar, que cuidar de nossa sociedade com respeito e dignidade. Todos nós fazemos política, e ela acontece em nosso cotidiano. Fazemos política até quando cruzamos os braços e nos omitimos em face aos problemas comuns.

E o que tem a ver o meu voto com a política? Quando eu voto, eu participo ativamente da escolha de quem terá o compromisso direto de coordenar a vida de nosso município. Por isso tudo, eu não vendo meu voto, pois vendê-lo é perder a força de cidadão comprometido com a sociedade, com os outros, com os menos favorecidos, vendê-lo é perder nosso direito de decisão. Não irei deixar nunca que outras pessoas decidam por mim! Vender o voto é a mesma coisa que tratá-lo como mercadoria.

Em outras palavras, vendemos o voto quando votamos para retribuir algum favor, quando recebemos dinheiro e quando o damos em troca de alguma vantagem (almejando uma secretaria, uma assessoria, uma vaga na saúde e/ou educação etc., uma licitação em favor de minha empresa).

Quem vende o voto faz politicagem e não política. Decidamos pela política, e nosso voto é importante e necessário, pois é através dele que decidimos quem governará com poder, colocando-se a serviço de nosso município. É por isso que o voto não pode ser vendido nem comprado. Além do mais, a compra de voto é infração eleitoral, de acordo com a Lei 9840/99 (lembrando que ao lado desta, há a Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa).

O candidato que comprar o voto de seus eleitores deve ter seu registro cassado pelo Juiz Eleitoral, desde que este esteja convencido de que houve tentativa de compra de voto. Então, devemos denunciar a compra de voto para firmar a consolidação do regime democrático em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país.

Josimar Gomes da Silva

Professor de Filosofia e Língua Portuguesa

Funcionário da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A corrupção: o grande mal da recente democracia.

Compreendo a corrupção como um dos principais males da Humanidade. Tal ocorre diante da falta de crença em algo, que se instaura por diversos fatores. Em se tratando de nossa política, é um ceticismo diante dos valores fundamentais para uma democracia, qual seja: a compreensão acerca do poder individual diante de uma nação para ajudar a decidir o melhor para o bem comum. Existe corrupção no mundo todo, mas no Brasil ela é peculiar. Para tentar compreender a versão tupiniquim, devemos considerar fatores de ordem histórica e social, na formação da cultura política do povo.

Historicamente, nossa sociedade se formou mediante decisões de influência externa que foram determinantes. E quando houve finalmente a passagem do poder para o “povo brasileiro”, este era seleto e por isso, excludente. As primeiras democracias brasileiras mostraram claramente o poder de manipulação de votos, desde a República Velha. Ocorreram ditaduras por considerarem, entre outras coisas, a incapacidade de um povo não-instruído em eleger políticos que – de acordo com alguns discursos -, trariam riscos à sociedade nacional em termos de ideologia.

A partir da reabertura política e reinstauração da democracia na década de 1980, parecia que finalmente os tempos obscuros que perseguiam a individualidade e os direitos sociais seriam enterrados. Diante da euforia de uma classe que reivindicava o direito de o povo guiar seu próprio destino surgiu, entretanto, uma atitude prática que, apesar de se inserir num novo projeto de realização política, manteve em suas bases os hábitos clássicos da passividade diante da manipulação eleitoral e readaptou-se ao regime democrático, instaurando uma nova época de obscurantismo. Tal prática se torna visível até hoje em todas as classes, mas, se por um lado, está nas menos instruídas, as quais, a meu ver intencionalmente, são mantidas em estado de miséria para sempre serem dominadas pela compra de votos, por outro, está nos espertalhões corruptores que procuram adiar a conscientização política dessas mesmas pessoas (que em estados como Alagoas são a grande maioria).

Vender e comprar voto nos dias de hoje se tornou não só um prática antiética e que fere a verdadeira intenção da democracia, mas um verdadeiro comércio. O que me preocupa é que, além do ceticismo político e falta de cultura política em grande parte dos alagoanos, o que há é a criação e manutenção de um valor que reduz um voto a qualquer produto em que pode ser trocado. Hoje, defender um valor democrático e prezar pela cidadania virou motivo de chacota, aonde somos chamados constantemente de utópicos enquanto nossos interlocutores bradam que votará naquele que lhe dará mais retorno financeiro ou ajuda empregatícia, faltando apenas usarem uma camiseta com os dizeres “Senhor candidato, por quanto quer comprar meu voto?” e sair às ruas.

Enfim, só acho que a solução tem de ser o desenvolvimento social da base com algumas reformas que são implantadas por aqueles que colocamos no poder. Um forte investimento na educação poderá resolver esse mal e ensinar as pessoas a pensarem a cidadania e exercerem a função da política de maneira ideal. Mas segundo a vontade política de nossos representates atuais que tem deixado de lado essa questão fundamental, provavelmente não é ainda na nossa geração que vamos ver o povo aprender a ser crítico e político. Só resta ensinarmos as futuras gerações sobre como gostaríamos de ser hoje, meus amigos.

Claudionor Silveira

Graduando em Ciências Sociais pela UFAL. Cidadão blogueiro.

Murici, 22/07/2012

Eu não vendo meu voto!

Fábio Luciano silvério, do blog Grupo de Resgate Anjos de Aadoração
“con occhio chiaro e con affetto puro”

Uma sociedade é, por definição, um certo agrupamento de pessoas que vivem num mesmo lugar e buscam o bem comum. Isto se dá porque o homem é, por natureza, um ser social. Diferentes de outros animais, se formos abandonados quando do nosso nascimento, não temos as possibilidades de uma sobrevivência absolutamente autônoma. Necessitamos, desde os primeiros dias, do cuidado de outros a partir dos quais poderemos crescer e desenvolver as nossas potencialidades.

É o contato com a sociedade que nos permitirá, também, aprender a respeitar os nossos limites e a reconhecer o outro como um sujeito igualmente digno. Qualquer sociedade deve, portanto, prezar para que os que nela residem tenham asseguradas as condições de essas potencialidades se desenvolverem naturalmente. Por termos todos a mesma natureza, isto é, por sermos todos animais racionais e morais, apresentamos também as mesmas necessidades básicas. Se são necessidades básicas, cumpre que elas encontrem satisfação e a sociedade deve colaborar para que esta satisfação se efetive. Para garanti-lo, o homem tomou consciência de que tais coisas lhe são naturalmente devidas, as sistematizou e as chamou de direitos.

O homem possui, portanto, direitos fundamentais que devem ser respeitados e satisfeitos pela sociedade. Estes mesmos direitos, decorrentes da natureza humana, da qual todos participamos, são principalmente três: 1) direito à vida física e sua manutenção, donde se estende o direito à moradia, à alimentação, às condições básicas de higiene, ao trabalho, ao lazer, ao atendimento médico, etc.; 2) direito ao bem coletivo, donde surgem, além dos direitos de boa convivência e de aceitação social - como o respeito pelas diferenças e diversas políticas de inclusão - também alguns deveres, como o de respeitar o espaço dos outros e as regras morais, contribuindo cada pessoa para o bom andamento da sociedade e a manutenção da licitude dos costumes e do bom convívio; 3) direito à vida intelectual, sua manutenção e desenvolvimento, donde surge o direito à educação, à informação, ao ingresso na Universidade, e donde procede também o dever da sociedade de promover a cultura e a inteligência, ao contrário da imbecilização coletiva tão própria dos nossos dias.

Como se vê, a sociedade é feita por todos e cada um de nós. Logo, todos devemos contribuir para o bom andamento das coisas. A ideia de bem, portanto, é parte intrínseca de uma sociedade. Daí a moral ou a ética – como queiram – perpassar todo o âmbito social. Como, porém, embora dotados de uma mesma natureza, somos sujeitos variados – pelo que não somos iguais, mas semelhantes -, apresentando, cada um, matizes diferenciados de concepções e valores, torna-se uma impossibilidade real, dadas as nossas pontuais divergências, que cada um de nós se envolva diretamente no andamento e na organização geral da sociedade.

É óbvio devemos estar envolvidos, dentro do que poderíamos chamar de “zona de efetividade”, isto é, dentro daquilo que está ao nosso alcance, com o processo da coisa. Porém, se a sociedade se reduzisse a isto, careceria de unidade, fragmentando-se em pequenos mundos dispersos, unidos apenas por um acidente geográfico. É por isto que nós costumamos escolher, dentre nós, sujeitos específicos para representarem as ideias mais ou menos comuns que mantemos e para lutarem para que tenhamos assegurados aqueles direitos fundamentais, sem os quais a vida não se desenvolve em sua plenitude.

Esses representantes são, justamente, o que convencionalmente chamamos de políticos. É preciso não perder de vista que eles também vieram da sociedade; não são semideuses ou aliens a visitar a terra no intuito de nos ajudar. Não; são também humanos e foram escolhidos para representarem a sociedade, pelo que o seu serviço só tem essa razão de ser. Não podemos perder de vista este caráter social que nos perpassa a todos. No entanto, o modo como as coisas vêm acontecendo atualmente carece de qualquer sentido.

Simplesmente não temos tido representantes, mas somente aproveitadores. Ao invés daquela existência em função de um outro, que deveria definir a política, o que vemos é a promoção do egoísmo mais descarado, do autofavorecimento em detrimento dos demais, da usurpação de um cargo importante e necessário para o bem estar das pessoas, utilizado agora para a satisfação dos desejos mais baixos. Obviamente, isto não se pode ser feito senão por quem foi profundamente corrompido e se divorciou daqueles valores morais mais básicos. Pessoas dessa estirpe não somente não nos deveriam representar, mas deveriam ser detidas e afastadas para que a sua nefasta influência não viesse a corromper os demais.

Porém, a coisa chegou tão longe que a corrupção passou a atingir, agora, um grande contingente da nossa sociedade; tornou-se quase uma segunda natureza. Mesmo muitos de nós, supostamente mais esclarecidos, aceitamos facilmente transgredir certos princípios quando ninguém nos olha. Muito da moral que resta na sociedade tornou-se, antes, um produto de mera ostentação. A ladroagem e o aproveitar de situações hoje são vistos quase como sinônimo de esperteza, e rendem elogios sem conta aos que os adotam. Do centro de uma sociedade assim, como esperar que surjam sujeitos moralmente limpos que aceitem assumir suas responsabilidades sem intenções dúbias e que cumpram seus deveres com espírito de fidelidade?

De uma sociedade onde as pessoas sequer conseguem ser fiéis aos próprios cônjuges ou aos próprios amigos, como exigir gente que seja fiel à ideia abstrata do bem comum? De uma sociedade hedonista e covarde, que cultua a aparência e vive ébria de baixos prazeres, como esperar que surja alguém com a coragem de enfrentar os poderosos, pondo em risco o próprio conforto e, talvez, até a própria vida? A nossa situação é calamitosa, e penso que essas eleições apenas nos fazem tomar a difícil decisão de escolher um menos ruim, se é que o há.

Mesmo assim, é preciso cultivar a integridade, e isto ainda é passado, às vezes, de pai pra filho e, quem sabe, ainda possa ser ensinado nas escolas. A imoralização da sociedade apenas serve para perpetuar o estado de coisas em que vivemos. É a bondade legitimamente cultivada que pode oferecer alguma esperança. E o bem é por si mesmo difusivo. Isto significa que quando ele existe de fato, se comunica aos outros e desperta nestes outros o esquecido encanto pelo correto e pelo limpo.

Poder-se-ia dizer que, partindo desta perspectiva, a nossa sociedade padece por falta de exemplos, donde se vê que todos nós somos, dentro de novo da nossa “zona de efetividade”, um tanto responsáveis por isso tudo. Se, portanto, a única esperança de mudança somente pode se dar pelo exercício pessoal da integridade, a nefanda prática da compra de votos seria a atitude da renúncia a esta única esperança; seria como dar a luta por perdida; seria o terrível e imperdoável pecado do desespero.

Dir-se-á que as famílias mais pobres não podem abrir mão de uma oportunidade dessas oferecida por um político, ainda que em troca de seu voto, sobretudo quando estão a passar necessidades e veem na tal oferta do salafrário uma satisfação, momentânea mas real, de alguma carência. Porém, embora eu não seja velho, ainda me lembro da época em que a pobreza era quase sinônimo de honestidade e de quando, para um pai de família, valia mais ser honrado do que ter qualquer outra coisa.

Infelizmente, parece que muito disso se perdeu. Tive um vislumbre dessas épocas quase mágicas em que a bondade ainda era o comum quando, anos atrás, perguntando por algum motivo o nome de um senhorzinho de idade, ele me respondeu: “sou fulano, seu criado.” Talvez o senhorzinho estivesse vindo de algum conto de fadas e tenha caído, por engano, no nosso mundo. Ou quem sabe aquele senhor tenha sido o último recôndito de saúde da terra? Não o creio... não o quero crer...

Vender o próprio voto é desconhecer que vivemos em sociedade e que o bem deve ser promovido de modo comum. Promover o meu próprio bem em detrimento dos demais é ofender a dignidade de todo aquele que não sou eu; aliás, é ferir também a minha própria; é um modo de prostituição da própria alma; é um crime em larga escala, não obstante o seu caráter pouco manifesto. Lembro-me agora da frase de um Nazareno que, há quase dois mil anos atrás, parecia se referir aos nossos dias: “que adianta ganhar o mundo inteiro se vier a perder a própria alma?” e que poderíamos, talvez, adaptar um pouco: “que adianta, seu Zé, ficar com dentadura bonitinha se o senhor tiver de se corromper?”; “que adianta, Dona Maria, ganhar o cimento pra ajeitar a cozinha, se a senhora tiver trair os seus irmãos preocupada somente com os seus próprios interesses?”

Enfim, penso ser urgente a redescoberta da integridade e o cultivo da bondade; bondade que, como dizia G.K. Chesterton, é o que há de mais importante no mundo. Mas não se trata uma bondade meramente estética – mero disfarce da soberba -, mas de uma bondade real, que começa nas entranhas, na alma, e se expressa nos atos. Eu, portanto, não vendo o meu voto, tanto por esta prática ser, objetivamente, uma safadeza com todo mundo, quanto porque quero acreditar – não sei se irracionalmente – que os candidatos que serão eleitos possam trabalhar com um mínimo de honestidade e venham a assegurar, pelo menos, a manutenção daqueles direitos fundamentais. Você, também, seja homem! Seja mulher! Não venda o seu voto!