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domingo, 13 de maio de 2012

WIL DIZ TOQUE: Todas as Homenagens Para Wilton Tenório

Os amigos do cantor Wilton Tenório organizaram a 3ª edição do "Wil Diz Toque", o show é a forma de celebrar a memória do músico morto num acidente de moto há 3 anos, então com 27 anos.

O nome "Wil Diz Toque" é uma alusão ao festival "Woodstock", já que Wilton era fã das bandas dos anos 60 e 70 e foi nessa época que aconteceram os principais eventos de rock no mundo. A homenagem acontece no mês de maio, mês de seu aniversário. Na noite de ontem, se apresentaram as bandas Largados, Temporal, Projeto Paralelo, Anauê e Astronautas de Lata, a banda de Wilton, e muitos amigos como convidados cantando algumas das músicas preferidas do homenageado.

Anderson Ventura, da Banda Escrúpulo Douda e um dos organizadores do evento, disse que "o público aumenta a cada ano e a responsabilidade de fazer uma festa para o amigo torna-se maior". Wil, como era conhecido entre os companheiros, sempre dizia que "a pessoa podia tocar bem ou mal, mas o importante era tocar" é com esse pensamento que os amigos realizaram o evento. Além de Anderson, Thiago Oliveira, Paulo Batata e Narlison Soares outros amigos se mobilizaram para que tudo ocorresse em grande estilo.

O evento reúne amigos, familiares de Wilton e amantes do rock and roll e músicas alternativas. A cada canção, poesia e gritos, a emoção ficava maior a lembrança de uma das pessoas mais queridas que eu já tive a oportunidade de conhecer.











Feliz Dia Das Mães

Hoje é uma das datas mais especiais do Brasil (para o comércio o "dia das mães" só perde em número de vendas para o natal). Eu não saberia fazer uma homenagem à altura da data e dessa pessoa tão importante para mim e meus irmãos quanto é dona Mana, a minha mãe.

Dona Mana do Tecido, como alguns a chamam por causa dos quase 40 anos vendendo tecidos, é dessas mulheres fortes e determinadas, como muitas que a gente conhece e fica imaginando de onde vem tanta força e garra. A imagem de sexo frágil há muitos anos que foi derrubada por todos os avanças que as mulheres conquistaram e pelo fato de dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo.

O cantor Erasmo Carlos exemplifica bem essa força na música "Mulher" quando diz que "Sou Forte, Mas Não Chego Aos Seus Pés" e fala da rotina da sua própria casa, junto aos 3 filhos. Na música, o cantor diz que eles são totalmente dependentes dessa mulher e mãe. A canção é apenas um dos exemplos das milhares de homenagens que elas vem recebendo ao longo dos anos.

A mídia, constantemente, nos conta histórias de mulheres que são mães, esposas, funcionárias, chefes, dona-de-casa, estrelas, etc. O nosso dia-a-dia está repleto de muitas outras histórias de mulheres/mães.

Na minha casa também é assim, a força e garra da minha mãe está em todos os cantos da casa. Eu poderia escrever vários exemplo disso, como ter saído da Fazenda Guanabara e sempre buscando o melhor pra sua família.

Aqui fica minha homenagem ao dia das mães para Maria das Neves Pereira (minha mãe) e as outras guerreiras da nossa vida Madalena Gonçalves, Maria do Carmo Bezerra de Lima, Zeneide Veríssimo, Marineide Vital da Rocha, Rosineide Gomes de Silva, Marta da Silva Oliveira, Wilma Moreira da Silva, Severina Maria Oliveira da Silva (Nil), Edivânia Prazeres Ferreira, Quitéria José, Maria Zélia, Maria José Domingos, Maria José, Maria da Conceição, Marcela Mourão, Joana Sarmento Pimentel, Marilda Matias da Costa, Dina Gobeti, Irenildes Lucena Sarmento, Deliane Viana, Maria Alda, Edileusa Tenório Alves, Aparecida Anastácio, Elysabeth Melo, Alessandra Pereira Cavalcante, Cícera Lopes, Maria do Salão, Nina Cardoso, Polyana Ávila, Experdita Monteiro Feliciano, Maria Auxiliadora, Janete Francisco de Barros, Socorro Caetano, Ana Maria Austregésilo de Atayde Silva, Inácia Silva de Lima, Claúdia Maria Medeiros, Mariné Viera, Maria Albuquerque e tantas outras...

Feliz Dia Das Mães!!!

Artur, Zema, Iêda, Eliane, eu e Márcia (filhos)


Letícia, Leonardo e Artur (netos)

13 DE MAIO – Abolição de Que Escravidão? Por Márcia Susana


Você é capaz de responder esta pergunta? E mais, você é capaz de reconhecer o que a escravidão usurpou de nossos ancestrais?

Felizmente hoje, já podemos ler, assistir e ouvir relatos de pesquisadores sobre os dados estatísticos que circundavam a população negra vítima da escravidão, bem como, os dados estatísticos que revelam a situação sócio-econômica, como podemos falar de forma mais atualizada, da população afrodescendente, da qual você pode julgar não fazer parte.

Saiba meu querido(a) ingênuo(a), você como sujeito real e concreto faz parte dessas estatísticas, excluído de uma educação pública de qualidade, usuário do sistema de saúde ineficaz e ineficiente, por isso busca a educação e a saúde privada, pois bem, você é tão vítima da violência como eu, ou qualquer outro irmão de cor azul, preta, verde, cinza, amarelo, vermelho.

Diante da suprema cegueira que nos adoece, ouso convidá-lo(a) a enxergar quem são as reais vítimas dessa exclusão. Responda-me, quem diariamente é violentado em seus direitos e dignidade, e ainda acredita que não participa de contextos de escravidão. E como se não bastasse a cegueira, quando temos oportunidade, usamos as lentes maniqueístas da superioridade, somos capazes de olhar o outro que é inigualável, único, diverso, e inferiorizá-lo ou supervalorizá-lo alimentando o processo de inversão de valores, quando somos capazes de chamar de “senhor” nossos algozes, aqueles que sem cerimônia ou pudor articulam meios para desviar recursos públicos, espancar mulheres e crianças sentindo-se donos(as) dos mesmos, decidem quem pode ou não viver, e por ouro lado, de forma perversa somos insensíveis e indiferentes aos que honestamente trabalham e constroem essa nação. Há uma identidade em jogo.

Lembro que na minha infância e adolescência estudei que 13 de maio era uma data para enaltecimento da família real portuguesa destacando a benevolência de uma princesa (branca, só podia ser) em favor de pessoas negras que sempre esperaram pela redenção, e lembro que até havia uma imagem da ”bela” senhora nos livros didáticos para assegurar de não esquecermos sua benfeitoria.

Infelizes fomos todos nós ao sermos vítimas de uma educação racista, discriminatória e antidemocrática que insistia em nos condicionar a veneração de uma realeza, uma elite que usurpou durante décadas a credibilidade da resistência e mobilização social. Afinal, no século XIX era cada vez mais crescente o repúdio e lutas contra a escravidão e a revolução era eminente.
Hoje, seguramente posso afirmar que 13 de Maio é uma data para se comemorar a força popular, e a força da mobilização social capaz de modificar uma estrutura social e econômica. Contudo a Lei Imperial nº 3.353 sancionada em 13 de maio de 1888 que extinguia a escravidão no Brasil não extinguiu as relações senhoriais que se consolidavam por meio de práticas autoritárias e relações de dependência da população fragilizada pela negação de condições dignas de sobrevivência.

Não podemos esquecer que deu certo a estratégia de sancionar uma lei para frear as transformações que a revolução implantava na sociedade brasileira, e estruturar formas alternativas de perpetuação do racismo, uma lei que reconhecia o direito, mas não assegurava as condições de sobrevivência a toda população brasileira azul, verde, amarela, branca e preta.
13 de Maio é a data da abolição da escravatura, mas não deve ser da extinção do conhecimento e luta por ações afirmativas que positivam a participação do negro na formação da sociedade brasileira.

Blog Márcia Susana