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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Índice de Desenvolvimento Humano de União dos Palmares é baixo


Celebridades com os palmarinos

Diego Calixto e Elaine Lira junto do ator Caio Castro em Fortaleza, no Ceará. O ator e os palmarinos foram curtir o Fortal, tradicional carnaval fora de época da capital cearense

Jaci Lucia e os atores Marcelo Serrado e Fernanda Paes Leme. Acima espetáculo Rain Man, em cartaz no Rio de Janeiro.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Minha experiência da JMJ Por Fábio Silvério

Já se sabe: eu fui à JMJ! Eeehh!.. E gostaria, como inclusive me pediram para fazer, de contar um pouco da minha experiência de ter comparecido no maior evento católico destinado à juventude do mundo.

 Fiquei hospedado na casa de uma amiga, a Joyce, a quem eu já conhecia virtualmente. Sobre isso, não sei nem como descrever a imensa hospitalidade que tiveram conosco. Toda a família da Joyce me recebeu como um filho e foi como tal que me senti, de fato. Já na primeira manhã, a mãe dela, dona Marilda, me acordava com um suco estranho e que, não obstante o gosto esquisito no paladar, causou-me um gosto maravilhoso no coração. Aquele mimo era para mim um claro sinal do cuidado divino que, nestes dias benditos, se expressou de modo muito particular nos atos da dona Marilda.
 
Ela é alguém de uma simpatia toda singular. Nos deixou muito à vontade e era só sorrisos. Deu-me também uma lição. Disse-me: "O alimento é para sustentar o corpo. O ser saboroso é uma regalia de Deus". Relembrei isso diversas vezes. É verdade. Alguém pode dizer: isso é desculpa para quem não sabe cozinhar. Haha.. Na verdade, a comida da Dona Marilda é tão boa que eu estou sonhando com ela até agora.

Não sei descrever a gratidão que me vai na alma por me ter posto num lugar tão acolhedor. De fato, foi um prêmio imenso que Deus me deu diante do pequeno ato de Fé que fiz: o de ter confirmado as passagens quando ainda não me era claro onde me hospedaria.

Além dela, o senhor Wilson, seu esposo, demonstrou ser não apenas uma só carne com ela, mas possuir também a sua mesma alma: muito acolhedor e muito atencioso. Levou-me inclusive para conhecer a sua mãe, a Dona Júlia, de quem ele discorda só num ponto: o time preferido. Seu Wilson é flamengo doente. Dona Júlia é Botafogo.

Antes de viajar, eu pedia a Nossa Senhora que me protegesse. E o resultado? A família que me acolheu era toda consagrada à Virgem Maria pelo método de S. Luis Maria Grignion de Montfort. O bairro ou distrito ou sei lá o quê era também dedicado a Maria Santíssima. Inclusive, ganhei da dona Marilda uma medalhinha milagrosa. E aí? Minhas orações foram ouvidas ou não? rs

Hoje de manhã, Dona Marilda levou-me até o ponto de pegar o ônibus para o aeroporto. Por minha causa, saiu mais cedo do que de costume. Pegou dois ônibus comigo e me esperou pegar o terceiro. A toda hora, eu sentia o seu cuidado e aquilo me estremecia por dentro. Foi com os olhos marejados e com um nó na garganta que me despedi. Deus abençoe a família Rocha.

A experiência da JMJ foi única. É muito belo contemplar com os próprios olhos a força do catolicismo. É claro que se poderia contestar aqui a qualidade de tal catolicismo de massa. No entanto, é fato que a Igreja é ainda profundamente atrativa porque sua beleza descende do próprio Cristo, que é Beleza em si. É muito bonito ver que o Papa, um homem idoso e sem tantos atrativos estéticos e mundanos, consegue atrair milhões de pessoas, mesmo em nossa época extremamente secularizada. É belíssimo olhar para o lado e ver uma pessoa que, ainda que não se lhe saiba de antemão qual o idioma que fala, é católica apostólica romana.

Ver o Papa foi imenso. Uma euforia só. O comentário que tive de ouvir por lá foi: "Fábio é todo centradinho até ver o Papa." haha.. De fato, foi só vê-o que me dispus a correr em sua direção e me perdi momentaneamente das pessoas com quem eu estava. Vi o Papa e parecia que meus olhos relutavam a crer que fosse real. Na hora, me veio a sensação de que se tratava de qualquer tipo de tela extremamente sutil pela qual eu o via. Mas não. Era ele! Aquele que, como dizia Sta Catarina de Sena, é a doce sombra de Cristo na terra; aquele que exala o bom odor de Cristo; que é símbolo inexorável de Cristo e como que janela do transcendente. Passou por mim acenando amigavelmente, num ato que parecia querer significar que o próprio Deus me sorria ao invés de zangar-se dos meus pecados. Contemplando a face e o jeito do Papa Francisco, eu não somente sabia, mas via: "Deus é bom". Faz uma diferença imensa saber que Deus é bom. Experimentemo-lo! E repito: é preciso saber não apenas em teoria, mas encarnar esta sabedoria, isto é, ter em si o sabor da bondade divina. Sabor e sabedoria possuem o mesmo radical. Francisco parece ter uma sabedoria que é algo mística, cheia do sabor de Deus. Vendo-o, penso em S. Francisco de Assis: "o verdadeiro cristão não consegue esconder a alegria que o anima por ter descoberto este tesouro."

A JMJ também foi ocasião de eu conhecer pessoalmente quem eu só conhecia virtualmente, como a própria Joyce, a Sabrine, a Angélica, etc. De outras, eu nem sequer sabia que existiam e, graças a Deus, tive a honra de conhecê-las, como à Paula e aos seus amigos argentinos com os quais passamos mais de 24 horas juntos. São bons amigos que pretendo cultivar pela eternidade.

Um destes, inclusive, causou-me viva impressão. Pareceu-me como um "irmão de alma". Embora seja meio pretensioso dizer isso, foi como me soou. Identifiquei-me com certas disposições interiores deste rapaz. Parecia-me ver a mim mesmo sob alguns aspectos. E isto também foi algo da providência divina. Algo como uma seta luminosa a me recordar verdades fundamentais e chamadas específicas que Deus me fez. Aí nós dois:
 
Foi já com uma certa tristeza que assisti aos eventos finais. Depois da madrugada de vigília, o domingo surgia numa manhã limpa e ensolarada. Tive calor pela primeira vez em vários dias. Isto me fez recordar de uma frase de Sta Teresa D'Avila: "de amor está se abrasando o que nasceu tiritando". Se a jornada, no seu início, nos surpreendeu pela frieza do tempo, estranhada até pelos próprios cariocas e que bem podia simbolizar o estado espiritual com que começamos o evento, agora, no seu término, ela nos saudava com um calor que talvez pudesse representar o despertar interior, o efeito gerado por Deus nestes dias de Graça. Mas ainda assim, saber que a coisa estava chegando ao fim me deixou o tempo todo muito introspectivo. Era como se eu quisesse, de algum modo, estagnar o tempo a fim de que o término não ocorresse. Mas ao mesmo tempo, eu sabia que é preciso deixar as coisas irem. É preciso desapego e pobreza interior. Como a Paula bem me falou: ver as pessoas aqui reunidas na praia nos faz lembrar o evento da Transfiguração, no monte Tabor. Parece-nos querer pedir a Jesus para fazer tendas e aqui ficar pelo resto da vida. Porém, extasiados por tudo isso, não sabemos o que dizemos. É necessário, antes, já que iluminados pela luz ali manifesta, descer o monte e ir comunicar esta graça aos demais que ainda não conheceram a Nosso Senhor, ou que o conheceram e deixaram-No escapar. É preciso que reencontrem a disposição da esposa dos cantares: "encontrei Aquele que meu coração ama e não O largarei". Mas, antes, encontremo-la nós! Deixamo-lo escapar quando pecamos mortalmente. Fiquemos com Ele e Ele ficará conosco.

Enfim, passado tudo, pergunto-me: aconteceu de fato? Sim. Aconteceu. Porém, a efemeridade destes momentos privilegiados nos lembra que ainda estamos no exílio e que a felicidade só será completa no outro mundo. O fato de termos de voltar às nossas vidas e à cruz de cada dia é também uma grande lição. Não ponhamos o fundamento da nossa vida neste mundo. O tempo é contínuo fluxo; não possui estabilidade. Fiar-nos nele para sermos felizes é como construir uma casa sobre a areia. É empresa fadada ao fracasso. Ponhamos nosso coração em Deus, façamos d'Ele o nosso tesouro, e estaremos firmes sobre a rocha.

Eu ia escrever ainda alguma coisa sobre as críticas que sujeitos fizeram à JMJ a ponto de desacreditá-la de todo. Mas, não. Já falei algo disso. Digo somente o seguinte: Há quem queira criticar tudo quando não se adéqua às suas próprias opiniões. Eis a própria definição da soberba. Esta, a fim de se afirmar, se disfarça com mil zelos e sutilezas. Mas quem quer que a conheça, lhe distingue os traços a quilômetros de distância. A virtude é natural, espontânea e reta. A soberba é afetada e dissimulada. Seus efeitos não visam adequar-se a nenhum objeto. Estes servem apenas de pretexto ou "causa justificadora". Na verdade, a soberba quer causar sensações pura e simplesmente. E para isto se disfarça. Um certo racionalismo a serviço do irracionalismo da busca por admiradores é muitíssimo comum. Não falta quem queira ser o último porta-voz do catolicismo, uma espécie de novo Elias. Para tal, recorrem a mil práticas devocionais, todas em latim, e se privam do contato contra os "leprosos" modernistas. Uma e outra dessas atitudes fortalecem a ilusão da assepsia. E se a soberba lhes corrói a alma, importa somente o externo, o aparente. 

Há mil coisas que aconteceram na JMJ e que eu não sei contar direito. Isto aqui é somente uma exposição sucinta, mais interior que exterior, de como foi a minha jornada. Quem quiser saber de algo mais específico, pergunte-me e estarei feliz em responder, se o souber.  

Para terminar, quero agradecer mais uma vez à boa alma que me proporcionou os meios para esta viagem e para as alegrias que lá tive. Que Deus a abençoe e recompense sem medida. Que a Virgem Maria nos conduza a todos. Pax.

Fábio Silvério.
 
Primeira vez que vou ao Rio e que viajo de avião. Aí a minha cara de alegria pelo primeiro vôo.

Minicurso “TEORIA E MÉTODO DA GEOGRAFIA NOVA: PENSANDO TEMAS DE PESQUISA PARA ALAGOAS”

Ministrante: Fernando Antonio da Silva (Mestrando em Geografia pela Unicamp).
Mais Fernando Antonio da Silva, no blog AQUI.  
Próximo sábado dia 03 de agosto, no campus V da UNEAL.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O rapaz que tirou a roupa e a plateia que ficou nua

Mesmo adoentado, foi impossível ficar longe da história do rapaz que ficou nu numa festa de formatura, no último sábado.

Não o conheço e não tenho a mínima ideia de quem se trata. Não sei ao menos se ele sofre de algum distúrbio, ainda que momentâneo e pontual.

Entendo e compreendo o comportamento da meninada que estava no local, bem próprio da idade – a galhofa vai render dias de conversas e muitas piadas.

Mas alguns pontos me chamaram a atenção no episódio. Por exemplo: a quantidade de pessoas filmando a cena, com o objetivo claro de postar na rede – o que fizeram.

A sociedade do espetáculo só vê a vida em replay ou pela tela de um celular. Eis uma “doença” que se espalha entre adolescentes, jovens e adultos infantilizados (uma espécie que se multiplica mais do que rato na era da internet).

Também me pergunto (e fiz a mesma indagação a alguns “velhos” da minha idade): o rapaz não teria um só amigo ou conhecido, no local, com algum altruísmo, uma nesga de solidariedade, que o impedisse de chegar ao desfecho midiático?

Posso estar equivocado, afinal o tempo é traiçoeiro para quem tenta resgatá-lo, mas na minha geração muito dificilmente fato semelhante aconteceria.

Haveria, sim, um de nós que ao menos tentaria impedir que se chegasse àquele desfecho, ainda que com o uso da força. Ninguém ganhou com aquilo: perdeu o rapaz, que dificilmente resgatará seu sossego, perderam aqueles que só trataram de filmar o “escândalo”.

Se alguém tinha algum distúrbio, ali, não me parece que era só ele.

Blog Ricardo Mota

Vendedor de confeitos expõe seu artesanato no centro de União dos Palmares


Aos 56 anos de idade seu Severino José, vendedor de confeitos, se reinventa. Trabalhando há 30 anos com lanches, ele começou esse ano vendendo artesanatos feitos de madeirite, prendedor de roupa e palito de picolé. Seu Severino trabalha com sua filha Fátima e após observá-la fazendo mini-cadeiras resolveu tentar e descobriu que tem habilidade. Ele já fez estantes, camas, cadeiras para balanço, mesa de computador, fogão, geladeira, brinquedos como avião, caixa para som etc.

Para se inspirar o artesão pega folhetos de móveis nas lojas do comércio de União dos Palmares e começa a desenvolver seu trabalho. Seu Severino disse que a produção do artesanato poderia ser maior se o fluxo de venda fosse grande. Mas ele acredita que as vendas possam melhorar, pois trabalha perto do Mercado de Artesanato da cidade. Seus produtos custam entre R$ 6,00 e R$ 15,00.    

Nascido na Serra da Barriga, zona rural de União, ele contou para o blog que trabalhava com agricultura de subsistência e o excedente da produção vendia na feira livre, mas devido a problemas de saúde resolveu morar na cidade.

"Esse carro de confeito é tudo na minha vida. Foi através dele que pude cuidar da minha família", diz. Ele vende confeitos, doces, pipocas, salgados, DVDs e até aguardente, que ele mesmo prepara. Seu Severino brinca com o fato de alguns feirantes tomarem uma dose de pinga para poder armar as bancas nesse frio.

O ambulante chega cedo no seu 'ponto', em uma das escadarias na Avenida Monsenhor Clóvis Duarte. Segundo sua filha Fátima, eles chegam às 5 da manhã e passam o dia no local. A estudante do 7º ano fundamental reveza com o pai os horários no carro de confeito.   

 Seu Severino e a filha Fátima da Silva
Veja outros artesãos de União dos Palmares AQUI

domingo, 28 de julho de 2013

União dos Palmares “terra de ninguém” Por Cleo Bastos


 Cleo Bastos 

Já faz algum tempo que na nossa cidade os espaços públicos vêm sendo loteados, (O espaço público é considerado como aquele que seja de uso comum e posse de todos. Entendendo-se a cidade como local de encontros e relações, o espaço público apresenta, em seu ambiente, papel determinante. http://pt.wikipedia.org/wiki/Espaço_público).

Como exemplo disso, temos a calçada que margeia a Escola Estadual Dr. Carlos Gomes de Barros, que foi totalmente invadida por construções de alvenaria destinadas ao mercado de bares, entre outros absurdos. E agora para completa a transgressão, o pouco que sobrou da referida calcada está sendo utilizado para a construção de mais um novo bar, acreditem, este fica tomando toda a frente da piscina do Ginásio de Esporte do Estado.

Diante da situação, fica uma grande indagação, de quem é a responsabilidade e que órgão pode embargar tais construções? De uma coisa e certa, cabe à sociedade civil se organizar para por fim a essas arbitragens, pois do contrario os próximos espaços “tomados” serão as praça locais. Mas, para os mais apressados em adquiri uma parte da cidade ainda resta alguns metros sobrando, afinal, a cidade não é de ninguém mesmo!

Foto: João Paulo Farias

Próxima Jornada Mundial da Juventude será em Cracóvia, na Polônia

Palmarinos no evento religioso.
 Tenda de adoração. O santo padre fez aqui sua adoração e nos deixou com sua presença espiritual e em Copacabana aguardando Francisco. Emocionante isso aqui." Lindolfo Cabral.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Thalles Roberto promete justiça ao pastor sobre polêmica em União dos Palmares

Depois da confusão sobre um não comparecimento em um show em União dos Palmares, Alagoas, o cantor evangélico Thalles Roberto esclareceu o caso e prometeu que haverá justiça para o pastor organizador que o acusou de não ter comparecido pelo dinheiro.

Chamado de mercenário por muitos evangélicos depois da repercussão do caso, Thalles Roberto esclareceu o caso em um vídeo publicado no YouTube. Ele falou que não compareceu porque o som não havia sido pago e não tinha como cantar sem som.

“Eu não subi ao palco porque não tinha som, porque o cara do som disse que não iria liberar para a banda subir porque não tinha sido pago”, afirmou ele que já estava no hotel da cidade, esperando para ir para o show.

O pastor Ivonélio Abrahão, que organizou o evento, subiu ao palco indignado dizendo que ele não compareceu por causa do dinheiro. Segundo ele, apenas R$ 42 mil haviam sido pagos dos R$ 65 mil cobrados em contrato e se mostrou indignado porque gastou R$100 mil para promover o evento.
Thalles, em entrevista ao canal Mude Sua Mente, ironizou o fato do pastor dizer ter pago essa quantia em divulgação e tendo comparecido apenas 500 pessoas. O pastor afirma que o problema foi por causa da chuva.

“Como que um cara faz um evento em um campo de futebol, diz que gasta R$100 mil em divulgação num show de Thalles Roberto, que hoje graças a Deus tenho nome e credibilidade, e tem 500 pessoas? Alguma coisa tá errada.”

Thalles Roberto afirmou que não existe um preço estabelecido de cachê e que ele compareceria ao show, assim como outros que ele fez sem receber. Indignado com a situação, ele prometeu que haverá justiça sem dar muitos detalhes.

“O negócio é tão sério que essa semana, a justiça... o negócio vai fedê de um jeito (sic).”

“As cenas do próximo capítulo você vai poder assistir sentado no seu Facebook. Vendo a justiça, o que vai acontecer, porque Deus é fiel e a gente continua.”

Veja o vídeo do esclarecimento e da entrevista aqui:

 Fonte: CP

II Conferência de Cultura em União dos Palmares teve votação e empurra-empurra


Nesta terça-feira, 24, aconteceu a II Conferência de Cultura em União dos Palmares com o tema “Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”. A conferência teve como objetivo propor estratégias de articulação e cooperação institucional com vários segmentos da sociedade civil da cidade.

A secretária de Cultura, Genisete de Lucena, iniciou os trabalhos agradecendo aos presentes e falando da importância da contribuição de todos na Eleição dos Representantes da Sociedade Civil no Conselho Municipal de Cultura, tambem realizado ontem. Genisete lembrou das dificuldades que o município vem passando, mas disse que União não poderia deixar de ter esse encontro. Segundo a secretaria "estamos indo buscar recursos federais para desenvolver os futuros projetos, como um prédio para fazer a biblioteca municipal, onde também possa ser o arquivo público do município". No encontro grupos culturais palmarinos, professores, estudantes, quilombolas, religiosos etc
   
A mesa de abertura contou com a presença do prefeito Beto Baía, de secretários municipais, da representante da Fundação Cultural Palmares Maria José da Silva, a representante da Sala Verde professora Maria Aparecida Lopes, Marcia Susana do Núcleo de Identidade Etnicorracial (Nier) e do Espaço Cultural Acotirene (Esca) e Pai Sérgio D'Odé, entre outros convidados.

O prefeito Beto Baía lembrou aos presentes a dificuldade financeira do município, falou do bloqueio das contas da prefeitura e, também, sobre o fechamento da Usina Laginha. Segundo o prefeito, em outubro o município vai fazer um dos mais importantes eventos sobre cultura negra já visto na cidade. "Teremos a semana do Zumbi dos Palmares, com temáticas no campo do teatro, cinema, música, literatura. Tudo voltado para a cultura de União dos Palmares." E acrescentou "Vamos ultrapassar a bandeira desse Estado, Zumbi é um ícone internacional".    

Jacineide Maia, secretária de Turismo, lembrou do potencial turístico da cidade, que já recebeu nesse ano "visitantes de 15 países diferentes aqui em União". Mas salientou que ainda é necessário melhorar a infra-estrutura da cidade. 

Nena do Coco de Roda, do Alto do Cruzeiro, falou que vem desenvolvendo há anos atividades culturais com moradores carentes e não recebe por isso, como muitos artistas locais. Funcionária da área da saúde, ela agradeceu por seus filhos compartilharem do gosto pela cultura, pois no futuro eles irão continuar esse trabalho. Num dos momentos mais aplaudidos, a Mestre de Coco de Roda disse: "Eu não vivo de cultura, eu faço cultura".  

Antes da palestra de Gilson Matias, do Ministério da Cultura, ocorreu uma confusão na leitura do regimento da II Conferência de Cultura. A presidente da Ádapo - Muquém de Remanescestes Quilombolas, Dorinha, fez uma observação para que os jovens presentes pudessem votar e ser votado, como diz no regimento que a idade mínima é de 18 anos ela retirou todos os jovens do Muquém da plenária, que revoltados iniciaram um tumulto e saíram gritando e rasgando as pastas com as fichas de inscrição dos participantes.

Dorinha e os jovens resolveram ir ao Fórum da cidade prestar queixa contra a organização da conferência. A tarde, os moradores do Muquém se reuniram na frente do local da conferência e fizeram batucada e apitaço para atrapalhar o evento. Só pararam com a chegada da Polícia Militar.

Na mesma ocasião Luana Tavares, uma das organizadora da conferência se encaminhou para a delegacia da cidade para fazer um BO, pois foi agredida verbalmente e fisicamente por uma moradora do Muquém. Nesta quinta-feira, 25, Luana irá fazer um Termo de Circunstância de Ocorrência, para que os agressores fossem ouvidos. 

Poema: O que tem na minha terra Por Vitória Berto da Silva

 
 Premiação da Olimpíada de Língua Portuguesa reúne alunos e profissionais da educação. Veja AQUI

O que tem na minha terra. 

O lugar onde vivo
Têm muitas pessoas boas
Elas falam de Alagoas
Porque aqui a terra é boa.

Morro no sítio Espalhado, 
No interior de Alagoas,
Neste lugar tão lindo
Cheio de lembranças boas.

Aqui onde moro é cheio de diversão
Tem muita gente boa
Com amor no coração
E tem muita gente má causando destruíção.

Na minha terra tem lavoura
E também muita boiada
Ainda tem um passarinho
Aquele da cabeça pintada.
 
Aqui onde vivo
Têm muitas borboletas
E também pasarinhos
Chamados cabeça preta.

Como você pode ver
No meu sítio têm muitas belezas
Mesmo o homem hoje em dia
Destruindo a natureza.

Vou terminar meu poema
Com carinho e emoção
Passando minha mensagem
Para toda população.
 
Vitória Berto e os colegas da Escola Municipal Dr. José de Medeiros Sarmento.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Poema: Identidade Por Martha de Souza



"Eu sempre gostei de ler. desde que comecei a ler, que não parei mais. Na minha opinião a literatura é a arte que melhor retrata a condição humana. Poesia para mim é um encantamento perante o mundo, por isso não vivo sem, não consigo ficar um dia sem ler algum poema.

Vivo procurando poesia nas coisas. (risos). Este é o único poema que consegui escrever, mas não desisti de escrever e repito as palavras de Adélia Prado (poetisa que me descobriu)"... mesmo que nunca mais eu escreva um verso, como eu desejo com todas as minhas forças eu vou morrer satisfeita." (risos) 

IDENTIDADE

Sou pequena,
Sou imensa,
Sou de aço e de flores.

Sou metade bobeira,
Metade seriedade.
Uma parte de mim é transparente,
límpida, a outra parte é só mistério.

Sou ainda doida e santa.
Sou o que ousar ser. 
Por enquanto basta-me ser real.

(Marta de Souza)