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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Confira 8 dicas para o relacionamento entre professores e alunos

A faculdade apresenta um novo mundo para os estudantes. Tudo parece diferente e realmente se mostra dessa forma. Se compararmos com o ensino médio, não apenas os conteúdos, mas também a rotina e o nível de cobrança são outros. Além disso, a relação entre professores e alunos também passa por transformações. 

Apesar de saber que as mudanças nessa nova fase serão importantes, é preciso ter consciência que um bom relacionamento com o seu professor depende muito mais de você do que dele. Para te ajudar a entrar na faculdade pronto para construir boas relações, separamos 8 dicas de como se aproximar dos seus professores durante a sua graduação. Confira. 

Como desenvolver boas relações entre professores e alunos
Ainda que a fase na trajetória de aprendizado seja diferente, as regras para uma boa relação entre professores e aluno na faculdade não são muito diferentes do que você já conhecia no ensino médio. O que você precisa fazer é aprofundar algumas boas práticas e dar os próximos passos para uma convivência proveitosa. 
 
1. Seja agradável
Parece óbvio, mas acredite: existem alunos que não fazem a menor questão de serem simpáticos ou educados. Muito pelo contrário, sempre há aqueles que viram o rosto para não ter que cumprimentar os docentes, às vezes por vergonha, às vezes por falta de educação mesmo. 

Entretanto, não importa o motivo, o fato é que quem quer contribuir para um convívio amigável entre professores e alunos precisa, no mínimo, investir em cordialidade. Esse com certeza é um pré-requisito básico para qualquer relacionamento no ambiente escolar, profissional ou social. 

Uma dica, nesse sentido, vem do portal da Universidade de Stanford, que sugere que você se apresente para o seu professor desde a primeira aula, para que um relacionamento amigável comece a ser construído já a partir desse dia. 

2. Demonstre iniciativa
Chegar à aula preparado é um diferencial. Nesse sentido, o portal IvyWise dá a dica para o estudante de ler sobre o assunto da aula além do que está proposto e compartilhar o conhecimento adquirido durante o seu aprendizado. 
 
Segundo o portal, os professores apreciam os alunos que oferecem novas perspectivas, elevam o nível de aprendizado para seus colegas e querem ajudar os outros a serem bem-sucedidos. Assim, se você quer contribuir para o bom relacionamento entre professores e alunos, busque preparar-se para as aulas e compartilhar os seus conhecimentos, fomentando um bom debate dos temas propostos. 

Além disso, é sempre útil usar criatividade nos trabalhos para se destacar dos outros estudantes. Com isso, você vai demonstrar que realmente está interessado em aprender. Pense em projetos criativos ao receber os trabalhos ou faça-os de uma maneira diferente daquela que os outros fazem. 

Esforce-se para fazer mais do que o mínimo esperado. Os professores gostam dos alunos que falam na hora certa e não somente ficam no fundo da sala de cabeça baixa. Faça perguntas inteligentes ou significativas. Demonstre que você está ouvindo o que cada professor tem a dizer – mas sem exageros, para não dar a ideia de querer estar “acima dos outros” o tempo todo. Contribua, mas também saiba ouvir. 

3. Busque ajuda
Claro que buscar conhecimento além do proposto é um diferencial, mas você não deve abrir mão de tirar suas dúvidas diretamente com o seu professor. Para o portal Universia, além de essa ser a única maneira de você aprender bem, tal atitude também pode fazer com que você desenvolva uma relação mais agradável com os professores, mostrando que está atento às aulas e que tem interesse em melhorar os seus conhecimentos. 

Embora os docentes possam parecer intimidantes durante as aulas, muitos são amigáveis ​​e abertos a interagir com seus alunos. Assim, se você tiver uma dúvida depois de uma aula ou discussão, pergunte a seu professor. 

4. Aceite sugestões
Ainda falando sobre aperfeiçoamento, uma dica de ouro apresentada pelo portal Universia é: não leve as correções para o lado pessoal. Os professores devem ensinar e você só poderá aprender com os seus erros se souber aceitá-los e mudar. 

Por isso, ouça as sugestões para melhorar o seu desempenho. Vale a pena tomar a iniciativa de refazer o trabalho, mesmo que isso não proporcione uma melhora na nota, porque essa atitude vai mudar a maneira como o professor pode estar te vendo como acadêmico. 

5. Compartilhe os seus objetivos
O especialista Lorraine Mckinney, por meio do portal da Universidade de Stanford, sugere que você fale sobre suas metas profissionais com os seus professores. Dessa forma, eles têm mais informações sobre os seus interesses, pontos fortes e fracos, suas conquistas e aspirações. 

Além disso, os seus mestres podem ter conhecimento sobre bolsas de estudo e programas acadêmicos. Dessa forma, a compreensão de seus interesses e metas permitirá que eles compartilhem seus conhecimentos com você e recomendem atividades. Tenha em mente que um bom relacionamento pode levar a estágios ou até mesmo a um novo emprego! 

6. Fale o que você pensa
Seja sincero: à medida em que você amadurece e avança na vida acadêmica, os professores passam a respeitar mais os alunos que pensam por conta própria do que aqueles que apenas repetem as informações aprendidas. Se você demonstra, em qualquer idade, ser um pensador criativo e independente, esse será um motivo de respeito. 

Falar o que vem à mente não significa ser o aluno problemático na sala de aula, e sim que você se posiciona e sabe quais são seus princípios e valores. Por isso, participe das aulas. Os professores gastam mais tempo nelas com os alunos que estão ativos e que demonstram que querem aprender. 

7. Obtenha boas notas
Ter boas notas é tão importante quanto a participação nas aulas – se não mais. Quando os alunos não estão tirando boas notas, os professores não tendem a levá-los muito a sério. Se você está tentando e não está conseguindo ficar na média ou acima da média, converse com sobre o problema e peça ajuda e orientação. 

Vale ressaltar que você precisa buscar ajuda antes do final do semestre. Converse com o professor com antecedência para poder melhorar de verdade. Se puder identificar e resolver os problemas antes da última hora, você conseguirá evitar as notas ruins. Você também parecerá mais proativo e interessado na matéria. 

8. Saiba quando ir com calma
Ser simpático com qualquer pessoa é uma tarefa imprescindível por muitos motivos. Com os seus professores a simpatia também é necessária, sobretudo se você pretende desenvolver um bom relacionamento com os membros do corpo docente. 

Entretanto, antes de começar a colocar em prática qualquer uma dessas dicas, é importante compreender que não é para ser puxa-saco! Professores não têm tempo e nem paciência para alunos desse tipo. 

Não é preciso ser a pessoa mais falante da turma, ou fazer mais perguntas do que todos os outros. Apenas tome o cuidado de contribuir às vezes e manter a positividade na sala de aula. Faça mais por você, esforce-se e aproveite por completo as oportunidades que a vida acadêmica lhe proporciona. Se você levar tudo isso em consideração, com certeza você vai se dar bem.

Fonte: G8

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Prefeitura de União dos Palmares recupera recursos das UBS da Vaquejada e do Alto do Cruzeiro e habilitação para tratamento de glaucoma

Os recursos para a construção das Unidades Básicas de Saúde do conjunto Nossa Senhora das Dores (Vaquejada) e do bairro Alto do Cruzeiro, de União dos Palmares, estão garantidos.
Em viagem à Brasília, a secretária de saúde e o gerente de convênios do município, respectivamente, Geany Vergeth e Osmar Andrade, conseguiram reverter o cancelamento das obras que estava previsto pelo Governo Federal com ajuda da intervenção do deputado federal JHC ao Ministério da Saúde.
“Nunca deixaríamos de lutar pela continuidade de duas obras tão importantes como essa para o fortalecimento da qualidade da nossa saúde pública e assistência à população. Quero agradecer o apoio incondicional do deputado JHC, grande parceiro de União”, disse o prefeito Areski Freitas.
Outra conquista importante que eles trazem da capital federal é a da habilitação de serviços para atendimento integral ao Glaucoma no município. Segundo Geany, União fica habilitado pelo Seoma para ofertar tratamento aos pacientes, que vão poder pegar seus colírios pela Central de Abastecimento Farmacêutico do município.
Secom 

Prefeitura de União dos Palmares recupera recursos das UBS da Vaquejada e do Alto do Cruzeiro e habilitação para tratamento de glaucoma.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Prefeitura de União dos Palmares receberá festejos de Santa Maria Madalena com investimentos estruturais e turísticos


Os preparativos para mais um ano dos festejos de Santa Maria Madalena seguem com tudo em União dos Palmares. Tradição que se mantém integrada ao calendário do município há quase duas décadas, é uma das maiores atratividades religiosa e artísticas de toda a Zona da Mata Alagoana. Para recepcionar os eventos, a Prefeitura vem realizando reparos estruturais na praça Basiliano Sarmento, que é palco de grande maioria da programação. 

Entre as melhorias da revitalização da praça, a Secretaria de Infraestrutura reformou os banheiros, alvo frequente de reclamação em anos anteriores, para proporcionar mais higiene, fez recuperação de calçamento, pintura de corrimãos e do piso da praça, que está sendo concluído pela equipe do secretário Junior Menezes. Houve também mudanças na iluminação do local, o superintende responsável, Carlos Basílio (Macarrão), implantou lâmpadas de led nos postes laterais. 

Quanto mais, melhor. 

Kil de Freitas, prefeito do município, define que os festejos, além de toda importância religiosa e afetiva que têm para os palmarinos, são de grande potencial turístico e atraem fiéis e turistas de diversos lugares do estado. “Não poderíamos deixar de dar um suporte que não fosse à altura do prestígio que esse evento tem em toda a região. Junta toda a sociedade palmarina e ainda nos traz visitantes de todo canto. Isso aquece demais a economia, nosso comércio”, disse o gestor. 

Na programação artística, a Prefeitura aposta tanto em atrações de peso nacional como na valorização de artistas da terra, patrocinando os shows de, respectivamente, Wallas Arrais, Garota Sertaneja e Roberto Almeira, dia 1 de fevereiro, e Dorgival Dantas, Caio Baía e Pitu – O Rei de Farra no último dia de festa, 2 de fevereiro. Para impulsionar o turismo, Kil inclusive já deu aval para a veiculação de outdoors em pontos estratégicos da capital alagoana, Maceió, disponíveis até a quarta-feira, 23. “Acredito que esse ano vamos bater recorde de público”, finaliza. 

Tradição que se renova anos após ano.

Kil acompanhou a abertura oficial dos festejos, a procissão do mastro, ao lado do deputado federal Isnaldo Bulhões, no último domingo, 20. Milhares de fiéis estavam presentes na procissão, que fez o tradicional percurso por ruas e avenidas da cidade até a igreja matriz Santa Maria Madalena, quando os fiéis conduziram um mastro até ser erguido no destino final.

Confira a programação completa de 23/01 à 02/02 (Praça Basiliano Sarmento)

Religiosa:
23/01 – Missa solene de abertura da festa – 19h
Procissão luminosa da bandeira
24/01 a 01/02 – Novenário – 19h30
27/01 – Leilão de gado – 14h
02/01 – Missa solene – 09h
Procissão solene – 16h
03/01 – Celebração eucarística – 19h
Descerramento da bandeira

Musical:
24/01 – Gil de Sá e Forrozão das Antigas
25/01 – Jarbas Leite e Banda Hébanos
26/01 – Caio e Hugo, Missinho e Banda O Disco
27/01 – Netinho Talismã e Banda Time Machine
28/01 – Balanço.com e Cordeiro e Banda Chão Batido
29/01 – Thiago Correia e Banda Tuareg’s
30/01 – Marlon Rossy e Eduardo Pollozi
31/01 – Tyko Black e Banda Contagio Tropical
01/02 – Roberto Almeida, Garota Sertaneja e Wallas Arrais
02/02 – Pitu Rei da Farra, Caio Baía e Dorgival Dantas

Conheça a história do Bairro Roberto Correia de Araújo em União dos Palmares



               História

O Bairro Roberto Correia de Araújo é tido hoje como o maior bairro da cidade, seja em população ou em extensão e conta com uma população, conforme dados do IBGE de 2007, de 8.516 habitantes. 

Segundo alguns moradores mais antigos e o presidente de sua associação, “Macaxeira”, o bairro, onde antes existia uma fazenda chamada de “Fazenda Frios”, teve início com a doação de vários terrenos para a população carente da região feita pelo então prefeito da época, Manoel Gomes de Barros, isso em 1978. Motivo este, que fez com que o bairro seja conhecido até hoje, popularmente, como “Terrenos”. 

As primeiras residências localizavam-se às margens da BR-104 e da Avenida João Lyra Filho (uma das entradas da cidade). No passado, as pessoas que residiam no bairro viviam em condições precárias, como falta de água, saneamento básico e vários outros. Condições estas que ainda não mudou para algumas pessoas.

Com o passar dos anos o bairro foi crescendo e geralmente quando uma área se desenvolve rapidamente ela costuma atrair aqueles que vivem a margem da sociedade, ou seja, as pessoas que são excluídas pelo próprio sistema capitalista e que correm para outro lugar na esperança de conseguir algo para si.

                    Um pouco do bairro

Após pesquisa de campo ocorrida no dia 29 de abril e feita com alguns moradores foi possível perceber que muitos procuraram esta área justamente devido ao preço dos terrenos e por estar próxima a principal via de tráfego da região, a BR-104, que liga União a cidades como Maceió, Murici, Branquinha, São José da Laje e Ibateguara.

Os “Terrenos” hoje possuem características de uma pequena cidade, como: duas escolas, uma municipal (Salomé da Rocha Barros), e uma estadual (Carlos Gomes de Barros), esta a maior escola da cidade; um posto de saúde bem equipado; uma capela; várias igrejas evangélicas; duas fábricas; uma feira livre aos domingos que atrai pessoas de outros bairros da cidade; vários estabelecimentos comerciais (padarias, drogarias, supermercados, etc.); e contou com uma delegacia que funcionou até o ano de 1995.

A festa mais popular é a de São Sebastião, padroeiro do Bairro, que acontece em janeiro, e atrai diversas pessoas da cidade. É por conta disso tudo que o bairro Roberto Correia de Araújo é comparado com algumas cidades da região.

A Escola Estadual Carlos Gomes de Barros, mesmo com sua grande estrutura, tem como principal problema a questão da falta de aulas, pois, segundo os moradores, a mesma vive em greve constante, prejudicando assim somente seus filhos, que precisam ir estudar em outros colégios da cidade, sejam municipais ou particulares. 

Por ser muito extenso, o bairro apresenta uma segregação que distingue duas classes sociais: uma privilegiada, que reside próxima a Avenida João Lira Filho, onde as casas são bem estruturadas, com ruas pavimentadas e atendidas pelos serviços do governo, tais como, policiamento, coleta de lixo e agentes de saúde e outra menos privilegiada ou até mesmo sem assistência nenhuma, que é o caso das pessoas que residem distante dessa avenida, em casas a ponto de desabar, com ruas com esgotos a céu aberto, sem pavimentação, além de falta de iluminação e da prestação dos serviços do governo, onde boa parte das famílias sobrevivem apenas do “Bolsa Família”.

Por conta de ser longe do “Centro”, sua população para chegar até ele, precisa de meios de transportes, tais como, moto, carro, bicicleta ou carroça. Muitos precisam trabalhar inclusive nas feiras livres que acontecem nas segundas, quartas, sextas e sábado, no centro de União, precisando então acordar de madrugada para montar sua banca e ir trabalhar, uma rotina cansativa. A feira do bairro acontece sempre aos domingos, próximo a Igreja de São Sebastião.

Em 2008 foi inaugurada uma ponte que liga o bairro até a COHAB, outro bairro da cidade. Ao todo são quatro mil metros de calçamento que liga a Rua Lindolfo Gomes Cabral com a Avenida Rotary. Ligação que foi iniciada pelo ex-prefeito José Afrânio Vergetti de Siqueira, porém finalizada e inaugurada na gestão de José Carrilho Pedrosa.

Outro fato que merece ser observado é a disparidade, ou seja, a desigualdade entre os ricos e os pobres que é mostrada nas construções das casas. 

Uma reclamação dos moradores é o fato de existirem diversos bares e boates no bairro e eles ficarem abertos até altas horas da madrugada o que fere a lei do Silencio, já que logo após os estabelecimentos fecharem, os clientes dos bares permanecem na rua a conversar e incomodam assim os moradores. 

·                    Criminalidade
O índice de criminalidade é grande por conta de ter contato com outras partes da cidade menos privilegiada como o bairro COHAB, a Vaquejada e o Alto do Cruzeiro. 

Assaltos, estupros, mortes e venda de drogas, é algo normal no interior do Bairro. “A polícia nunca passa por aqui. A gente coloca a vida da gente nas mãos de Deus!” disse uma moradora que não quis se identificar. Ou seja, apesar de ser considerado um bairro extremamente violento a polícia faz vista grossa para os atos dos meliantes.

Recentemente, assassinatos ocorridos no Bairro têm deixado a população em clima de medo e revolta, algumas chegam a se trancar em casa ao anoitecer. No dia 19 de novembro de 2008, o cabeleireiro Silvino Sabino da Silva, de 18 anos de idade foi vitima do trafico, acompanhado pela representante comercial Narciair Santos de Barros, de 21 anos de idade que morreu vitima de uma bala perdida disparada pelos bandidos, enquanto matavam Silvino.

Este crime deixa uma certeza: o tráfico e o consumo de drogas começam a ficar fora de controle das autoridades repressoras por diversos fatores: o primeiro, a certeza da impunidade e a flexibilidade das leis penais vigentes: o segundo, a fragilidade dos aparelhos repressores, ou seja, as policias militar e civil. 

A população que está refém dos viciados e traficantes é a maior vitima deste estado de desmandos, que já começa, pela selvageria e brutalidade dos crimes praticados a decretar paulatinamente “estado de sitio”. Em um local do bairro até “pedágio” é cobrado pelos meliantes.

Todos os crimes são justamente na parte menos favorecida do bairro onde existe pouca iluminação e favorecendo assim a ação dos meliantes. Outro fato que deve ser destacado é que os crimes continuam impunes, exceto o caso dos quatro jovens assassinados em 2002.

                   Saneamento Básico

Saneamento básico é a atividade econômica voltada ao abastecimento de água potável encanada e à coleta, tratamento de esgoto e controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando a saúde das comunidades. 

Em algumas partes do interior do bairro é visto que o esgoto e dejetos das casas correm pelas ruas, provocando inúmeras endemias, comprometendo a qualidade de vida da população, e em decorrência das chuvas, as ruas ficam alagadas e intransitáveis, às vezes entrando nas residências.

Como a maioria das ruas não tem calçamento na época chuvosa é um verdadeiro sufoco para se deslocar, pois em alguns locais, a água invade interrompendo até a passagem dos carros. Como pudemos constatar em visita, uma das ruas mais prejudicadas do bairro com a chuva é a Alonso Costa Pereira e a sua Travessa.

A coleta de lixo é realizada pela prefeitura, o serviço é realizado três vezes por semana, em dias alternados. Há algumas áreas que não acontece coleta em tempos de chuva, devido ao difícil acesso, o que acarreta acúmulo de lixo em terrenos baldios, valetas e encostas.

Muita gente do bairro ainda não tem consciência da importância do saneamento para uma cidade. O saneamento básico é a medida de saúde publica mais eficaz quando se fala em prevenir doenças e reduzir gastos hospitalares. Também é com o saneamento básico que se reduz drasticamente a mortalidade infantil e se aumenta a expectativa de vida de uma comunidade, sendo este um dos fatores componentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um país.

A gestão pública não entende que o saneamento básico e água são os maiores bens de uma comunidade e deveria ser prioridade zero de qualquer governo, independente de partido político. Mas, por ser um trabalho caro e sem muita visibilidade política, muitos políticos preferem não gastar verba com esse tipo de obra.

Antes da última eleição para prefeito foram iniciados trabalhos para melhoria de algumas ruas do Bairro que tinha uma situação ruim, porém, passada o dia 05 de Outubro, as ruas voltaram ao que era antes e encontram-se com obras paradas.

·                    Reclamação dos moradores e uma triste realidade

Através de questionários buscamos saber quais são as necessidades dos moradores em partes diferentes do bairro e a grande maioria dos entrevistados solicitaram orelhões, uma creche, quebra-mola em algumas ruas, mais iluminação e mais policiamento nas ruas.

Pra que eu possa telefonar tenho que andar três quarteirões”, disse uma moradora. “Quando vou trabalhar tenho que deixar os meus filhos na casa da minha vizinha, porque aqui não tem creche”.

Cerca de 80% dos chefes de família são homens e mais da metade não possui ensino fundamental completo, sobrando então empregos como carroceiro, auxiliar de serviços gerais, mecânico e similares. A maioria dos chefes de família ganha em torno de um salário mínimo e outros nem chega a tanto.

Em uma residência na Travessa Alonso Costa, encontra-se uma família de cinco pessoas que sobrevive com apenas R$ 90,00, triste realidade de um município que se diz pólo. Essa casa tem como chefe de família uma senhora de 65 anos que trabalha como empregada doméstica, segundo ela o que prejudica é a questão de falta de emprego.

E essa não é uma reclamação só dela, muitos moradores reclamaram a questão da falta de emprego. Muitos deles trabalham no corte de cana, mas quando ocorre a entressafra eles ficam sem ter o que fazer.

A maioria dos moradores possui casa própria, mas não possui caixa d’água. “Só quem tem é rico”, disse uma moradora. É comum encontrar no bairro ruas onde o esgoto corre a céu aberto, sem calçamento, ruas mal iluminadas, famílias que vivem com menos de um salário mínimo, que sofrem com a falta de água encanada e com jovens fora da sala de aula.

Em algumas ruas do bairro não existe uma única pedra fincada de calçamento e em época chuvosa essas ruas ficam praticamente intransitáveis. Vale lembrar, que o problema é antigo, mas não custa nada para um gestor municipal fazer um esforço e resolver a problemática.

Em ruas como a Travessa Alonso Costa, no lugar da calçada tem mato crescido, e saneamento básico os moradores nem sabem o que é, pois ainda não chegou por lá. E é nesse cenário, nada confortável, que adultos e crianças convivem e dependendo da parte do bairro, o lixo das casas se junta ao esgoto que corre a céu aberto.

Essa sujeira é uma coisa muito perigosa, principalmente para as crianças e haja fôlego para agüentar o mau cheiro”, diz uma moradora que prefere não se identificar.
Considerações finais

A importância desse trabalho está em um primeiro momento na satisfação pessoal em realizar um trabalho que tem como tema um bairro onde as pessoas são esquecidas pelo poder público e também mostrar para todos a triste realidade que vivem os moradores do Roberto Correia de Araújo, bairro que merecia um melhor tratamento devido a sua importância. 



 Trabalho realizado pelos alunos de Geografia da UNEAL em 2010.
 Franco, Marcelo, Renan e Leto.