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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

II Amostra Literária da Escola Estadual Rocha Cavalcanti

 


A Amostra Literária foi idealizada pelas professoras irmãs Elisabete Melo e Elizete Silva com o objetivo de seduzir os alunos da Escola Estadual Rocha Cavalcanti para ler livros de diversos autores da literatura e de forma lúdica transmitir essas leituras a população Palmarina que muitas vezes não ler por desconhece o autor e suas grandes obras.

Criada em 2012 a Amostra Literária invade a Praça Basiliano Sarmento com Tendas, onde cada tenda apresenta um autor da nossa literatura com alunos caracterizados dos personagens, mostrando suas obras, sua biografia e com atividades pedagógicas voltadas para o público infantil.

Este ano a Professora Elisabete Melo está na Gestão da escola junto com a professora Betania Correia, e a professora Elizete Silva não leciona mais da escola, estando agora na Escola Estadual Dr. Paulo Sarmento.

As idealizadoras comprovam o sucesso a cada ano, e este ano na II Amostra Literária veio com mais maturidade e perfeição, alcançando o objetivo maior: Encantar o público, os autores e suas obras literárias.

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Dia das bruxas é comemorado com cortejo fúnebre e muito rock



No dia 31 muitos palmarinos comemoraram o dia das Bruxas vestidos a caráter e postando fotos nas redes sociais. O evento mais criativo do dia ficou por conta da rapaziada que curte rock n' roll em União.

A 7ª Noite do Malassombro fez com que os adeptos dos eventos alternativos  percorressem as ruas do centro da cidade com um caixão e muita música. O tradicional "desenterro" saiu do cemitério Campo Santo dos Palmares atraindo a atenção de muitos curiosos por onde passou.

O lugar escolhido para acontecer o evento foi na academia do Mestre Garça e só foi revelado na hora do cortejo. A comemoração contou com as bandas Morcegos, Prisão Mental, Jam Music, Gil de Sá & o Corpo, além da discotecagem de Josafá e Leeo da Banda Prisão. Um dos presentes mais entusiasmado era o cantor Thiago Correia um dos idealizadores do evento no início dos anos 2000. O Acervo do Quilombola de Sião era um dos produtores do evento.

Apesar do estranhamento e preconceito de algumas pessoas com quem curte rock, a comemoração do dia das Bruxas em União dos Palmares transcorreu tranquilamente. Na portaria os seguranças/lutadores de artes marciais revistavam todos. A Polícia Militar também esteve presente para manter a ordem e a segurança dos participantes do evento.

Que venha o próximo!








 

Zumbi dos Palmares – herói de seu povo

Zumbi dos Palmares – Monumento no Terreiro de Jesus em Salvador



Em 1678, Zumbi (o nome significa A força do espírito) assumiu o lugar de Ganga-Zumba em Palmares e passa a comandar a resistência contra as tropas portuguesas. Ele e a maioria do povo do quilombo não acreditaram na paz dos brancos. A resistência negra durou até 1694, tendo sido necessárias 25 expedições militares para derrotá-la.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655. Teve a mãe assassinada quando fugia para o quilombo, mas foi capturado e entregue ao vigário de Porto Calvo, Pe. Antônio de Melo, que o instruiu nas disciplinas de latim, geometria, matemática e português. Recebeu o nome de José Francisco da Silva. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem, o Quilombo de Palmares.

Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte anos. Casou-se com Dandara, guerreira negra, mãe de seus três filhos.

Como vimos, Zumbi tinha assumido a liderança do quilombo em 1678 quando destituiu Ganga Zumba por ter assinado um tratado de paz com o governador de Pernambuco, o que poderia preservar a República dos Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo, à frente de um exército de 9 mil homens com escopetas e canhões, comandaram o ataque final contra a Cerca do Macaco, na Serra da Barriga, principal quilombo de Palmares.

Era cercada com três paliçadas, cada uma defendida por mais de 200 homens armados. Em 6 de fevereiro de 1694, após 92 anos de resistência, Palmares sucumbiu ao exército português e foi destruída e, embora ferido, Zumbi conseguiu fugir. Dandara, sua esposa, suicidou-se depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não voltar à condição de escrava. A mesma sorte escolheram muitos negros, atirando-se num precipício. Foi registrado um dos grandes massacres da história brasileira, onde foram degolados homens, mulheres e crianças.

Apesar de ter sobrevivido, Zumbi foi traído pelo companheiro Antônio Soares e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça no reduto onde se escondera. Apunhalado, resistiu, mas foi morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada, com o pênis dentro da boca, ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.  Ainda no mesmo ano, D. Pedro II de Portugal recompensou com 50 mil réis o capitão Furtado de Mendonça por “haver morto e cortado a cabeça do negro dos Palmares do Zumbi”.

Zumbi e grande parte dos palmarinos morreram, não seu povo e sua cultura entranhados no povo brasileiro. O Brasil foi construído pelos negros durante 400 anos: é inegável sua contribuição social, econômica, cultural, política e religiosa. São apenas 100 anos de trabalho branco. Conhecer a África e seus descendentes brasileiros é parte do conhecimento do povo brasileiro.

* Não procede a tradição de que tenha comandado soldados na batalha de Batalha de Mbwila/Ambuíla, no Congo, pois essa aconteceu em 1665. O mesmo se diga a respeito de Zumbi: não era neto da princesa Aqualtune. É normal que os heróis façam nascer mitos. A arqueologia na região dos Palmares ainda é incipiente, mas, pode-se dizer, a bibliografia anglo-saxônica é mais objetiva a respeito dos quilombos.

Pe. José Artulino Besen