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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma educação mais criativa pelo ponto de vista de uma criança


Acredito que exista uma só questão com a qual todos os pesquisadores do mundo concordam: o mundo muda. E nas últimas décadas o mundo tem mudado muito rápido. E quando se fala em mudança não devemos considerar apenas questões climáticas, novas invenções ou a tecnologia. Precisamos considerar as pessoas e os papéis que elas desempenham na sociedade.


A medicina mudou muito, a comunicação se transformou e a educação apenas variou um pouco. Não mudou tanto quanto deveria. Isso porque a educação praticada em diferentes lugares do mundo ainda está muito associada a um modelo de sociedade que ficou lá atrás. O pesquisador americano Jim Lengel descreve muito bem esse cenário no artigo intitulado Educação 3.0 que está disponível em português neste link: http://goo.gl/axSXkX


E é engraçado como muitos de nós observamos e reconhecemos essas mudanças em várias áreas, menos na educação. São muitos os fatores que turvam nossa visão, nos impedindo de ver e até mesmo de agir. Por isso a necessidade de reflexão contínua sobre novas práticas pedagógicas a fim de estimular novos olhares.


Há quem observe e reflita muito melhor que nós que estamos engajados nessa trajetória de mudança. Mas, muitas vezes esses agentes de mudança não têm sua voz ouvida e nem suas propostas consideradas. Para entender melhor, saber planejar e pôr em cena novas práticas pedagógicas é necessário dar voz a quem será beneficiado diretamente por elas. E não há nada melhor do que conversar com aqueles que vivenciam a educação todos os dias: as crianças.


Nós que fazemos o Estúdio Abble de Aprendizagem ouvimos toda e qualquer opinião porque acreditamos na importância do diálogo e da troca de conhecimento. Foi assim que Ana Beatriz Araújo Gomes, a Bia, estudante de 9 anos de idade fez contato conosco para nos dar “uma aula” sobre como os professores podem transformar os seus métodos para tornar a aprendizagem cada vez mais envolvente. Ela nos enviou o texto e nós ilustramos para facilitar o compartilhamento. Não há edições, tudo foi publicado como foi enviado pela Bia.