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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Rosatur Turismo

III Natal dos catadores do lixão de União dos Palmares

A Secretaria Municipal de Educação - SEMED, por intermédio da Sala Verde Serrana dos Quilombos, realizou no dia 22 de dezembro (domingo), no interior da Escola Municipal João Costa de Oliveira (Antigo Colégio Santa Maria Madalena), o III NATAL DOS CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS DO LIXÃO DE UNIÃO DOS PALMARES. 

O evento iniciou às 17:00 horas e contou com a presença de 30 (trinta) catadores e suas famílias. A animação ficou por da conta da Equipe Folia de Maceió/AL. Papai Noel esteve presente e entregou brinquedos para todas as crianças. 

Já os jovens foram presenteados com roupas. Cada catador (a) recebeu uma cesta básica acompanhada de uma sacola contendo frutas (frutas doadas pelo Sr. Dorgival Caciano de Mendonça, “Vavá” (Diretor Administrativo da Escola Municipal Pedro Cândido da Silva, situada no Assentamento Cavaco). Vários brindes foram sorteados, foram tantos brindes que acabou todos sendo contemplados. O evento foi recheado de bolos, doces, salgados e refrigerantes. 

O Secretário Municipal de Educação, Ricardo Leão Praxedes e a Diretora de Ensino da SEMED, Maria Goretti Lopes Galvão, não mediram esforços para realização desse evento. Segundo o secretário, todas as ações realizadas pelos departamentos da secretaria de educação que visam beneficiar a população palmarina terá seu apoio, principalmente os menos favorecidos. 

O evento contou também, com o apoio dos vereadores Bruno Praxedes e Elvinho; Rotary Clube – representado por Marcos Lobo; Cursilho: Movimento da Igreja Católica – representado pela Sra. Maria José; Encontro de Casais com Cristo (ECC) – Movimento da Igreja Católica; Manoel Antônio de Lima (Diretor Administrativo da Escola Municipal Padre Donald Macgillivray); Maria Madalena da Silva (Diretora Administrativa da Escola Municipal Maria Augusta Duarte Sarmento); Diana Patrícia de Souza Melo (Diretora Pedagógica IDEM); Fabiana Maria Bento Holanda (Diretora Administrativa da Escola Municipal João Costa de Oliveira); Carlos Leão; Jailson Chaveiro, CLEDISBEL, Patrícia Modas, Real Modas, Lojão dos Presentes, Supermercado Econômico, O Boticário, Elizabete Estofados, Camilo Móveis. 

A organização ficou por conta da equipe da Sala Verde: Betânia Almeida, Cidinha Lopes, Edvaldo Lima, Goretti Galvão, Madalena Soares e Quitéria Batista. 

Colaboradores: Edileuza Almeida, Coordenadora Geral da Biblioteca Municipal Dr. Jorge de Lima; Márcia Suzana Gonçalves de Lima, Coordenadora Geral do Programa Municipal de Atividades Educativas Complementares – PROMAEC; Zulu Fernando, Fotógrafo Oficial da SEMED; Ana Maria Cardoso Ferreira de Melo – Coordenadora Geral do Programa Municipal de Educação para Paz nas Escolas e nas Famílias – PROMEPAZ; Marcelo Pereira, Fotógrafo e Blogueiro. 

Estiveram presentes no evento o Sr. Macário Rodrigues, Secretário Municipal de Meio Ambiente e Márcia, representando o prefeito do município, Beto Baía. O ônibus para transportar os catadores ficou por conta da EDTUR TURISMO. 

Agradecemos a todos que tornaram possível a realização de mais uma confraternização natalina para os catadores do nosso município.

Equipe Sala Verde Serrana dos Quilombos

Nova chance de conhecer o poeta Jorge de Lima

Jorge de Lima (1893-1953) não viveu para ver que sua carreira literária teria a marca da fama e do anonimato. Considerado um dos maiores poetas da literatura brasileira, o alagoano influenciou gerações de escritores. Mas, para o público leigo, a obra de Jorge de Lima passou por períodos de sumiço e reaparecimento, desde sua morte, que completa 60 anos no próximo domingo.

Agora, o autor ressurge mais uma vez, depois de 15 anos fora das livrarias. Primeiro, pelas mãos da Cosac Naify, que, com com “Invenção de Orfeu” (1952), considerado sua obra-prima, começa a reeditar todos os livros do escritor. No início de abril, o diretor de teatro João Fonseca apresenta o musical “O grande circo místico”, baseado no poema homônimo do autor, com as canções clássicas de Chico Buarque e Edu Lobo. E, no segundo semestre, Cacá Diegues realiza um grande sonho de sua carreira: filmar “O grande circo”.
— Não conheço um poeta brasileiro que não tenha grande admiração por Jorge de Lima. 

Não sei por que ele costuma sumir. Ele é um modernista atípico, então talvez outros poetas representem melhor o movimento para manuais de estudo. Ele ressuscita o soneto, por exemplo, que ficou muito associado a Vinicius de Moraes, mas sem a lírica amorosa dele — diz Paulo Henriques Britto, poeta e professor do Departamento de Letras da PUC-Rio. — Também há o fato de toda uma geração de poetas, como Manuel Bandeira e Drummond, ter se insurgido contra a ideia do poeta como aquele que trata do sublime. E Jorge de Lima é um místico, uma voz meio profética. No fim de “Invenção de Orfeu”, ele praticamente reescreve o “Apocalipse”.

A Cosac Naify comprou os direitos de publicação de Jorge de Lima, que pertenciam à Record, em maio, como antecipou o GLOBO à época. A editora contratou o professor de teoria literária da USP Fábio de Souza Andrade, estudioso do autor, para auxiliar na edição da obra poética. Já os romances de Jorge de Lima ficam aos cuidados de Luís Bueno, professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Paraná.

A nova edição de “Invenção de Orfeu” reúne — além, é claro, do poema de dez cantos e 12 mil versos — fortuna crítica e fac-símiles do original, com anotações do autor. O poema é uma biografia épica, que ecoa “A divina comédia”, de Dante, e “Os Lusíadas”, de Camões. A edição também traz uma carta do poeta Ezra Pound, em que ele agradece a Jorge de Lima, em espanhol, o envio de um livro.

— Para o ano que vem, preparamos ainda uma nova antologia poética de Jorge de Lima. A última foi feita por Paulo Mendes Campos, nos anos 1970. — diz Milton Ohata, editor da Cosac Naify. — Também vamos lançar “Calunga”, romance do seu ciclo nordestino. Por último, vamos relançar uma edição de “Poemas negros” ilustrada por Lasar Segall.

Difícil de classificar

Talvez uma das explicações para Jorge de Lima ter desaparecido é a dificuldade de classificá-lo. Na juventude, Lima era parnasiano e, mais tarde, aderiu ao modernismo. Escrevia poemas e romances regionalistas, mas também tinha influência do surrealismo europeu — este uma das marcas de “Invenção de Orfeu”. O surrealismo influenciou ainda a obra do autor como artista plástico, com as fotomontagens feitas por ele. Também sofria influência do catolicismo, como outro amigo seu, o poeta Murilo Mendes.

— Diferentemente do que ocorreu nos países de língua espanhola, o surrealismo nunca deu samba aqui no Brasil — diz Paulo Henriques Britto.

Quando comprou os direitos de publicação da família de Jorge de Lima, a ideia da Cosac era editar sua obra poética e em prosa. Agora, entraram no projeto os trabalhos do alagoano como artista plástico. Além das fotomontagens surrealistas, ele era pintor e foi premiado na 1ª Bienal de Artes de São Paulo.

Este não é o primeiro reaparecimento de Jorge de Lima. Nos anos 1960, pouco depois de sua morte, a Nova Aguilar já relançava sua obra com o objetivo de tirá-lo do ostracismo. Nos anos 1990, foi a vez da Record. Nesse meio tempo, ele foi enredo da Mangueira, em 1975 — e a escola ficou em segundo lugar. Um dos problemas para editar Jorge de Lima é que, fora do currículo das escolas — que privilegia Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade, seus colegas de geração modernista —, é difícil vendê-lo para o governo, um dos principais compradores de livros no país.

Em 1983, Chico Buarque e Edu Lobo criaram a trilha sonora para o balé “O grande circo místico”. São canções hoje clássicas, como “A história de Lily Braun”, “Ciranda da bailarina” e “Beatriz”. Agora, no cinema e no teatro, o poema de Jorge de Lima ganha dramaturgia. O poema conta a história de amor de um aristocrata e uma equilibrista, que criam uma dinastia de artistas, no Circo Knieps.

— Jorge de Lima sempre foi meu poeta preferido. Acho que é um dos três maiores poetas da língua portuguesa. “Invenção de Orfeu”, para mim, só fica atrás de “Os Lusíadas.” Só agora criei coragem de filmar “O grande circo místico”, depois de trabalhar três anos no roteiro. É muito bom que ele seja redescoberto. É como redescobrir um pedaço do Brasil que estava esquecido — diz Cacá Diegues, que já escalou Lázaro Ramos e Vincent Cassel para o filme.

O musical, por sua vez, terá Tiago Abravanel no papel do aristocrata e Letícia Colin, no da equilibrista. O resto do elenco ainda está em fase de escalação. Agora, o público pode reencontrar — ou conhecer — Jorge de Lima.

 O ator Lázaro Ramos está no elenco do filme “O grande circo místico”,
inspirado no poema de Jorge de Lima.
O ator Tiago Abravanel está no elenco do musical “O grande circo místico”, inspirado no poema de Jorge de Lima.
Fonte: Jornal Extra

Rapper recusa convite da Globo: “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro”

Rapper Gog esnoba convite da Globo e da Fifa para se apresentar em evento da entidade máxima do futebol durante a Copa do Mundo 2014: “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro”


O rapper Gog anunciou, na última sexta-feira (06), através de seu perfil no Facebook, que recusou um convite da Rede Globo para se apresentar em evento da Fifa durante a Copa do Mundo 2014.

“Não aceito o convite, não negocio com vocês, não me procurem mais, esqueçam meu nome”, afirmou o músico.

O evento seria realizado, segundo Gog, na Esplanada dos Ministérios no dia 15 de junho de 2014. Exatamente nesta data, ocorrerá, em Brasília, o jogo entre as seleções de Suíça e Equador.

Em seguida, Gog explica sua decisão. “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro. Bando de racistas!”. O rapper ainda pediu que a Globo retire “o nome de Nelson Mandela dos noticiários sujos” da emissora.

Rapper subindo a Serra da Barriga dia 20 de novembro em União dos Palmares.

 Fonte: Pragmatismo Político. Fotos: Genisete Lucena.