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sábado, 22 de dezembro de 2018

Reflitindo sobre as “informações geográficas caóticas” de Yves Lacoste


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA
EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E TIC
Nome: Rita de Cássia da Silva
             José Marcelo Pereira da Silva
             Edjane Melo Gomes
Polo: São José da Laje
ATIVIDADE AVALIATIVA PRESENCIAL
1)       Retornando o que foi exposto e discutido em nossa aula presencial, leia o fragmento do texto de Lacoste (2010) e reflita sobre o que o autor descreve como “informações geográficas caóticas” e como esta afirmação reflete sobre o contexto da educação geográfica mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação.

Sem dúvida, no caso da geografia, a relação pedagógica veio a ser transformada, pois o mestre não tem mais, como outrora e como ainda acontece com outras disciplinas, o monopólio da informação. (…) Hoje, mestre e alunos recebem ao mesmo tempo, simultaneamente com as atualidades, uma massa de informações geográficas, caóticas. Geografia em pedaços, o ocasional, o espetacular, sem dúvida, mas geografia de qualquer forma. (LACOSTE, 2010 p. 91).


OBS: Você pode incluir em seu texto autores que compartilham da mesma linha de pensamento para a composição das ideias.

O mundo contemporâneo está cada dia mais conectado com a tecnologia e isso faz com que a sociedade capitalista se atente diariamente para uma enxurrada de informações e inovações. Para Julião (2001, p 86), “A sociedade moderna caracteriza-se por um elevado ritmo de transformação, onde uma das preocupações centrais é a valorização da informação.” 

Nesse sentido, a escola, na pessoa do professor de geografia, tem a incumbência de filtrar e transmitir informações, auxiliando os alunos no entendimento e na reflexão crítica, assimilando o que é real e útil de tudo isso. Tarefa nada fácil, visto que tanto o professor quanto o aluno estão inserido nesse sistema e consequentemente afetados por essa grande quantidade de informações desordenadas.

Estamos vivenciando a época de “Fake News”, onde a maioria das pessoas não buscam conferir a veracidade da notícia e com a mesma velocidade compartilha essas postagens falsas onde a comunidade escolar ou não, prejudica-se com essas informações.  
         
O alunado para ser protagonista e agente do conhecimento na escola, e na sociedade, precisa ser orientado a buscar as “fontes” seguras para se fazer uma pesquisa de qualidade para contribuir com o coletivo.                                     
Para tanto, é necessário que o professor desapegue daquele velho método tradicionalista decoreba e mecânico de ensinar. É preciso entender que sua atual função não é só transmitir conhecimentos, mas também organizar o entendimento prévio do aluno, visto que, o mesmo está sujeito a uma descarga de informações desencontradas e não válidas a contribuir com o enriquecimento do seu conhecimento. É de fundamental importância que o docente esteja sempre antenado e atualizado, analisando o que realmente é válido.         
                                                                                  
Para Perronoud, (2000, p 138) “O mundo do ensino ao invés, de estar sempre atrasado em relação a uma revolução tecnológica, poderia tomar a frente de uma demanda social orientada para a formação.” Sendo assim as novas formas de ensinar geografia vem exigindo que haja um entrelace entre conteúdos e tecnologias, com o objetivos de despertar o interesse dos alunos e com isso transformar o ambiente escolar em um espaço desejado e um aprendizado de boa qualidade. Para que isso aconteça, as partes envolvidas, principalmente o docente tem que ter uma visão de mundo contemporâneo, suas características e suas exigências. Tornando suas aulas de acordo com a realidade do momento e suas particularidades, levando sempre como fator principal as exigências de mundo além de sala aula.

O livro, “A geografia serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra do autor Yves Lacoste, faz uma observação a respeito da globalização das informações e, alerta os profissionais da educação na busca de orientar seus estudantes para o bombardeiro de informações desencontradas que vivemos na atual realidade.

Diante da leitura, conclui-se, que a tecnologia é uma ferramenta de extrema importância nas aulas de Geografia nos dia atuais, e tanto o aluno como o professor tem que estar sempre atentos e conectados e a essas inovações que vem com objetivo de facilitar o entendimento de uma forma mais ampla, desenvolvendo no aluno uma visão crítica e dinâmica para que o mesmo possa saber enfrentar os desafios futuro encontrado.  

Referências:
JULIÃO, Pedro, Rui. Tecnologias de informações geográficas e ciências regional. Contribuites Metodológicas para a definição de modelos de apoio a decisão do desenvolvimento regional. Ano 2001: Acesso em www.fcsh.unl,pt/docentes/rpj/tese/tigdr,pdf

PERRONOUD, P. utilizar novas tecnologias. In: novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.