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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Conheça mestre Jacaré cidadão palmarino

 Com 40 anos de dedicação à arte afro-brasileira que mistura luta, dança e música, mestre Jacaré torna-se patrimônio da cultura alagoana

A expressão cultural desenvolvida no Brasil por escravos está muito bem representada em Alagoas. Em 1984, Lizanel Cândido da Silva, o mestre Jacaré, voltou do Estado de São Paulo, trazendo em sua bagagem a arte afro-brasileira que envolve luta, dança, cultura popular e música.

A plástica dos movimentos e a ginga contagiante embalada pelo berimbau foram os principais motivos que levaram o mestre a começar a praticar a luta, que hoje ele considera como uma verdadeira filosofia de vida.

Em seus 40 anos de dedicação à capoeira, sendo 26 em Alagoas, mestre Jacaré já repassou seus ensinamentos para cerca de duas mil pessoas. Hoje ele ensina jovens e crianças de escolas públicas em quatro municípios do Estado – Maceió, União dos Palmares, Branquinha e Murici – e é com o público infantil que o mestre se diz mais feliz em trabalhar.

“Costumo passar para as crianças lições educacionais, psicológicas e de conscientização. A capoeira vai muito além dos movimentos, das músicas. É muito mais que uma luta. Ela traz um conjunto de ensinamentos em todos os aspectos para quem pratica e vive intensamente essa arte fascinante”, pontuou o mestre Jacaré, em meio a uma aula na praia da Avenida para um pequeno grupo de sete pessoas, sendo cinco crianças.

Natural do município de Palmeira dos Índios, (recebeu o Título de Cidadania Palmarina em 2012, concedido pelo vereador Bruno Leitão Praxedes) mestre Jacaré foi um dos oito agraciados com o certificado de Mestre do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas, concedido pela Secretaria de Estado da Cultura. Honrado pelo reconhecimento, o Mestre falou sobre o certificado concedido pelo Estado. “Esse prêmio é de todos aqueles que amam a capoeira em Alagoas, principalmente para os meus alunos. É através da vontade deles que eu tiro a minha força para trabalhar. Ser valorizado por isso nos passa uma sensação de dever cumprido”, ressalta o mestre Jacaré. 
 
 
Fonte: Agência Alagoas e foto Denis Angola

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