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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Estantes de Ferro Servem de Divisória Para Salas de Aulas




Quem chegar na Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte vai se deparar com alunos trajando fardamentos diferentes, isto porque a Escola Estadual Rocha Cavalcanti está funcionando no mesmo prédio. Preocupados com as péssimas instalações do prédio, que ameaçava a segurança de alunos e profissionais da educação, os diretores do Rocha Cavalcanti tomaram a decisão de abandonar o prédio da escola, quase centenário. Ou tomava essa decisão, ou os alunos perdiam o ano letivo.

"Abrigados" há dois meses no Monsenhor Clóvis, alunos e professores de séries diferentes têm que enfrentar situações difíceis todos os dias. Como dividir a mesma sala de aula, separados apenas por estantes e lonas plásticas. Nessa "sala de aula" a comunicação é a pior possível já que as vozes se misturam. Em muitos casos professores esperam por seus colegas terminarem de explicar determinado assunto, para começar o seu.

A estudante Julye Delmiro resume bem o que estão enfrentando, "está difícil. saímos do nosso lugar, estamos em outro colégio e temos que transformar uma sala em duas". Outros alunos, quando perguntados sobre a situação, praticamente repetem as palavras de Julye.

Para o professor de química Nivaldo Marinho, a preocupação aumenta com a chegada do verão. Pois, as salas são apertadas, sem ventilação e deixam os estudantes mais agitados, causando mais barulho e cansaço. Para ele "em meia-hora de aula parece que profissional trabalhou 50 horas".

Prédio da Escola Rocha Cavalcanti tem mais de 80 anos.

George Sena, diretor do Rocha Cavalcanti, diz que o redimento é mínino nessas condições. E diz que já fez um pedido ao governador Teotonio Vilela, para ele ter um olhar especial para a escola, já que ela completou 83 anos.

A professora Edvanice Correia de Souza, coordenadora da escola e com de 25 anos de profissão, diz que nunca se sentiu "tão humilhada com a atual situação dos funcionários da escola Rocha Cavalcanti". Edvanice agradece o acolhimento que tiveram no Monsenhor.

A Escola Monsenhor Clóvis também teve que se adaptar com a chegada da nova instituição. As salas que antes eram utilizadas para reunião de professores, grêmio estudantil, laboratório de informática e auditório, hoje são o colégio Rocha Cavalcanti.

Professores, profissionais e alunos esperam por uma solução rápida para esse problema, visto que se aproxima o dia do professor e eles querem confrartenizar com dignidade.