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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Conselho Nacional de Educação promove ato público na Serra da Barriga


O Plano Nacional de Educação, há um ano em vigor, é a pauta do encontro itinerante do Conselho Nacional de Educação (o CNE), que acontece a partir desta segunda-feira (3), em Alagoas. A abertura acontece no hotel Jatiúca, à avenida Doutor Mário Antunes Vieira, na Mangabeiras, contando com a presença do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro; da ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes; do presidente do CNE, Gilberto Garcia, e do governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho. 

A programação, que se estende até a quinta-feira (6), acontecerá em ambientes diversos. Um deles é a Serra da Barriga, que fica no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em União dos Palmares, distante 79 km da capital. No local, um ato público será realizado para debater as relações étnico-raciais na comunidade quilombola.

Para o prefeito Rui Palmeira, Maceió necessita de um olhar atencioso para a educação. “Estamos reformando várias unidades de ensino. Numa ação inédita, os mais de 60 mil alunos estão recebendo fardamento completo com calça, short, tênis e mochila e também um kit com material escolar. Além disso, dobramos o valor repassado para a merenda escolar”, declarou nesse domingo (2) ao site da prefeitura.

Segundo Palmeira, esses investimentos foram feitos com o objetivo de reduzir os índices negativos e melhorar os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. “Um encontro como esse é muito importante para compartilhar experiências e debater os avanços.” 

O presidente do CNE, Gilberto Garcia, reforçou a ideia central da reunião, que é discutir as situações educacionais dos cursos básicos e superiores no país. “É uma oportunidade de ampliar o diálogo com a comunidade regional do Nordeste e fortalecer o alcance dessas políticas.”

Fonte: Alagoas Boreal

10 lições valiosas que aprendi com meus alunos

A sala de aula é uma fonte inesgotável de aprendizado, não importa se você é especialista, mestre, doutor ou pós-doutor, os alunos têm muito para ensinar

Ser escritor e professor num país onde, segundo o IBGE, quase 70% da população é considerada analfabeta funcional é um grande desafio. Dá um trabalho danado, pouco glamour e, aqui entre nós, não alimente muita esperança de ficar rico com livros e aulas.

Digo isso por experiência própria, razão pela qual alimento minha carreira por meio de várias fontes de renda no papel de coach, consultor, palestrante e treinador in company, com extremo cuidado para não tentar ser tudo para todos.

Dentre todos, o papel de professor é um desafio constante por uma simples razão: em geral, a maioria não gosta de estudar, mas se obriga a estudar por conta das exigências de mercado e da própria sociedade. Estudar dá trabalho, ainda mais num país influenciado por uma mídia insana que vende sonhos e não soluções.

Existe ainda o fato de que uma grande massa de professores se lança na educação a fim de complementar a renda e esquece que um professor de qualidade, em especial na área de negócios, não consegue sobreviver sem três competências bem específicas: 
  • Formação: titulação, conhecimento especializado, domínio do assunto, passagem por boas universidades e faculdades;
  • Metodologia de ensino: oratória, adequação da linguagem e facilidade para interagir com públicos distintos – o que alguns chamam de teaching;
  • Experiência de vida ou profissional: em relação ao tema proposto, tudo flui mais fácil quando o professor ou treinador transmite aquilo que vivencia.
Apesar disso, é impossível agradar a todos. Pode-se encontrar de tudo na sala de aula: quem quer apenas diploma, quem está ali apenas porque a empresa ajuda, quem está de fato tentando encontrar um caminho e há também os que não sabem porque estão ali.
 
Com o tempo, você vai entendendo que a sala de aula é uma fonte inesgotável de aprendizado, não importa se você é especialista, mestre, doutor ou pós-doutor e isso é o que vale, a sabedoria vem aos poucos.

Ainda que você se considere o máximo como professor, existe sempre um aluno disposto a fazer você repensar a forma de transmitir conhecimento, portanto, não basta ser bom, é necessário ser sábio.

Aqui estão as dez lições mais importantes que aprendi com meus alunos em dez anos de docência. Ignore isso e seja apenas mais um na multidão, pois, como eu sempre digo, não é o que você fala e sim o que eles entendem. Vejamos:

1. Cheguei no horário, mereço respeito: se a turma toda ainda não chegou, isso não é problema dos 10% que chegaram, portanto, comece no horário combinado e transfira o ônus para os que chegam mais tarde.

2. Os alunos não admiram o que você faz, eles admiram como você faz e se é possível aplicar a experiência do professor para melhorar a sua vida pessoal e profissional.

3. Ouvir é bom, fazer é melhor ainda: a interação entre professor e alunos por meio de atividades em sala de aula é a melhor ferramenta para mobilizar a indiferença dos alunos em relação ao professor.

4. Eu sei que você é bom, mas não precisa repetir o tempo todo; mostre-me por meio de exemplos de vida e integridade; seus títulos não me interessam, mas sua experiência é fundamental.

5. Não precisa explicar, eu só queria entender: nenhuma pergunta é idiota, portanto, se alguém está perguntando, a explicação não foi satisfatória ou está com dificuldade de entendimento, então, você ganhou uma segunda chance de ser mais claro.

6. Eu também quero: a aula é para todos, não apenas para um, dois ou um pequeno grupo de alunos com títulos mais “importantes” na sala de aula, portanto, todos merecem atenção embora nem todos prestem atenção.

7. Eu não mereço castigo: forçar uma pessoa tímida a falar em sala de aula é o pior castigo que um professor pode impor, portanto, respeite o seu tempo e a sua dor; ser tímido não é defeito, é apenas uma dificuldade.

8. Se não sabe, não invente: os alunos estão conectados e qualquer ponto de dúvida pode ser facilmente consultado na web via celular, notebook, tablet etc.; é melhor redirecionar a pergunta para o grupo a fim de conseguir uma resposta ou prometer uma resposta mais elaborada no próximo encontro do que pagar o mico diante de todos.

9. A maldição do Power Point: há quem ame e há quem odeie; quando bem utilizado, com técnicas de apresentação que envolvem vídeos, imagens de alta definição e tópicos, apenas, não existe ferramenta melhor; quando mal utilizado, a avaliação do professor vai para o abismo.

10. Quanto mais simples, mais conectado: fuja da tentação de parecer culto demais, os alunos não entendem e não aprovam isso; se a aula for simples, mas consistente, ou seja, com conteúdo rico, o professor será reconhecido pela simplicidade e desenvoltura; uma boa dose de humor ajuda, mas não exagere, afinal, você não está num show de stand up comedy.

Por fim, lembre-se de que as pessoas em geral, são complexas, difíceis de serem entendidas e atendidas, e o fato de o professor não ter sido unanimidade em sala de aula não significa que o trabalho foi ruim. A próxima aula será melhor.

Na prática, sempre haverá alguém incomodado com suas palavras e a sua forma de ver o mundo e com relação a isso, vale a máxima do coaching: não sofra por coisas sobre as quais você não tem o menor controle.
Pense nisso e torne-se um mestre por excelência!