Ser um
bom professor é, certamente, um tema que daria e, alias,vem dando, muitas teses
enormes a respeito. Quando me questiono sobre ser professor, em geral, me vem o
senso comum: ser professor é ensinar. Mas será só isso? E ensinar é algo
tão pequeno que possa ser considerado “só” como na frase anterior? Diriam
alguns: E a autoridade onde fica? Bom, para esses eu respondo: realmente é um
tema complexo.
Ao
refletir sobre meus professores, tanto os atuais como os do passado, penso,
enquanto aluno e futuro professor, quais eu considerei ou considero bom(s)
… E quais eram os ruins, e por que ruins? Porque eram chatos? Porque me
faziam exigências desnecessárias naquele momento? Porque eram academicistas?
Porque eram bravos? Porque não me entendiam? Ou será porque me julgavam? Ou
isso tudo era como eu os via e não exatamente o que eles eram?
Acho que
para analisar o que é ser um bom professor é preciso começar pela pergunta: o
que é ser uma boa pessoa? Essa sim é uma pergunta bem simples de
responder. Só que não! E, sim, sem entrar nos méritos mais complexos e
subjetivos sobre o que é bom, ruim, certo ou errado; acho que bons professores,
assim como as boas pessoas, e que os demais me perdoem, são os que eu me lembro
de alguma forma. Mesmo porque não poderia falar sobre algo ou alguém que eu não
lembrasse. Independente do conhecimento, da metodologia, da linha de estudo, da
ideologia, etc, etc, e demais etcs… os bons professores são os que deixam, na
minha opinião, lembranças boas. E acredite ou não, exatamente por esse fato,
talvez eles sejam ou tenham sido os que me proporcionaram (e ainda
proporcionam) maior contato para com o objeto de estudo em questão, seja ele
qual for.
Ah, mas
isso quer dizer que as pessoas (professores) que deixaram lembranças ruins
também são ou foram importantes? Sim, obviamente. Nem que seja para aprender o:
como não ser docente!… ou quem sabe para me motivar a ser diferente (?) E as
que não deixaram lembranças quaisquer são ruins? Não! Talvez sejam excelentes,
mas não tive a oportunidade de conhecê-las ou talvez simplesmente não me
recorde agora, isso não é uma crítica à sutileza ou descrição das pessoas.
Também não quero dizer que professor bom seja o que agrade pura e simplesmente
o aluno, mas é evidente que há pessoas e pessoas, e algumas delas, por vezes,
sem julgamento de minha parte, procuram – aparentemente- dificultar o caminho. É
o que penso hoje, em 2015.
As
pouquíssimas experiências que eu tive em sala de aula me mostraram que às vezes
o tema da aula é o menos importante, embora seja muito importante. Parece
estranho ler isso? (imagine escrever!) O contexto da sala de aula não é
diferente da nossa sociedade e hoje eu consigo analisar isso, creio, muito
melhor que ontem, quando eu era somente aluno. Hoje eu sou um: aluno- futuro-
professor, e isso tornam as coisas bem diferentes. É o meu Eu-Geográfico
pulsante!! (risos!)
Pretendo ser um professor que deixe lembranças. Pretendo ter muitas
lembranças das aulas. Quero aprender muito e ensinar o possível (o contrário
também me serve). Quero trocar experiências, diálogos, risadas, debates e quem
sabe conteúdo… e quem sabe esse seja o conteúdo!? Quem sabe o que é ser
um bom professor…ou uma boa pessoa? QUEM sabe?
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