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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Palmarina de 114 anos reencontra conterrâneo em Douradina - PR

O caso de Filomena Maria da Conceição, 114 anos, moradora de Douradina – que procura pelas filhas desaparecidas há 59 anos – ganhou repercussão na mídia de Alagoas, porém, foi de Umuarama que apareceu a primeira pessoa com algum vínculo com a supercentenária. 

Aristides Tertuliano da Silva, 80, não é filho, sobrinho ou tem comprovadamente, algum grau de parentesco com Filomena, mas é de União dos Palmares (AL) – mesma cidade dela. Em comum a origem, a trajetória no Paraná e o sobrenome das mães. 

Aristides é aposentado e passa seus dias entre a rede e diversão com os netos, na praça Tamoio. Ele deixou Alagoas aos 14 anos em busca de uma vida melhor, chegou em Indianópolis (PR) e na sequência morou em Paraíso do Norte (PR) -  mesma cidade em que morou Filomena.

Dois anos mais tarde voltou para União dos Palmares e regressou para Paraíso do Norte de onde saiu para vir a Umuarama. Aqui criou sua família e acabou perdendo contato com suas origens. Sessenta e seis anos depois tenta encontrar um dos seus quatro irmãos e chegou a acreditar que Filomena pudesse ser alguém próxima de sua mãe – possivelmente irmã -, devido a idade.

Entretanto, em visita a Douradina, Aristides e Filomena não se reconheceram, compartilharam de locais e até perceberam que havia sido clientes dos mesmos mercados em Paraíso do Norte, mas foi só.

Para Maria Carmelita Felix, filha de Aristides o tempo contribuiu para deixar a visão, a audição e, principalmente, as memórias confusas. 

“Eles se lembram de nomes, apelidos e de lugares. Minha avó se chamava Maria José da Conceição, a mãe de Filomena que poderia ser avó de meu pai era Izabel Maria da Conceição. É tudo que sabemos, mas foi bom para que eles pudessem recordar”, avaliou. 

Tereza Filomena dos Santos, uma das a filha de Filomena, tentou reconhecer os traços de Aristídes, mesmo assim, não conseguiu ligá-lo às suas histórias. “Ele tem uma fisionomia familiar, acho que fomos vizinhos em Paraíso do Norte, nada mais”, lamentou ao emendar: “A visita foi boa e pudemos reviver muitas coisas da infância”, agradeceu.

IRMÃO EM CAMPINAS

Uma pesquisa pelas redes sociais, feita pelos familiares de Aristides, resultou no contato netos de José Tertuliano da Silva, morador de Campinas (SP) e possível irmão mais novo de Aristides. “Meu pai conta que quando veio para o Paraná, em 1948, deixou a mãe e quatro irmãos. Um deles se chamava José e tinha apenas seis meses, por isso acreditamos que este menino possa ser seu irmão mais moço”, comentou Carmelita.

Carmelita disse que em conversa por telefone José disse que perdeu contato com os outros irmãos, para a filha de Aristides isto se deve ao fato da mãe ter deixado José com uma família visinha quando foi para a cidade com os filhos. “Ela voltou para buscá-lo, alguns meses depois, mas eles haviam se mudado”, conta com base nas históricas contatas por seu pai.

Os outros irmãos de Aristides se chamavam Maria, Ingênita e Expedito Tertuliano da Silva. 

Informações que possam ajudar a encontrá-los podem ser repassadas pelo telefome (44) 3621-2500 (do Ilustrado) ou pelo e-mail redação@ilustrado.com.br