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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Fundação Palmares comemora 27 anos de atividades com portas fechadas em União dos Palmares

Nesta quarta-feira (26), às 10h, no Salão Negro do Palácio da Justiça, a Fundação Cultural Palmares (FCP) realiza a solenidade de lançamento do Programa de gestão Diálogos Palmares: Perspectivas e ações da política nacional para a cultura afro-brasileira. Com a participação do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e da presidenta da Fundação, Cida Abreu, o evento dá início às comemorações dos 27 anos da Fundação. Às 15h, a presidenta da Palmares, Cida Abreu, participa de roda de conversa com artistas, lideranças religiosas e fazedores de cultura afro-brasileira, no Hotel Nacional.
 
A Fundação Palmares é uma autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e tem por objetivo consolidar parcerias com as áreas e esferas de governo, gestores, artistas e representantes das diversas manifestações da cultura afro-brasileira.
 
O Programa Diálogos Palmares é uma forma de proporcionar a repactuação entre todos os atores envolvidos com o trabalho da FCP, além de conceituar e definir as prioridades e investimentos do Plano Nacional de Cultura para a cultura afro-brasileira e de instituir um fórum permanente entre o MinC e a sociedade. Estão no foco do programa, entre outros, o reconhecimento e a valorização da diversidade; a promoção e a difusão das artes e expressões culturais afro-brasileiras, urbana e de periferia; a proteção das comunidades tradicionais quilombolas, de matriz africana e indígenas; e o fomento para a economia da cultura e audiovisual.
 
"Com o programa Diálogos Palmares, a expectativa é a de que se estabeleça uma reaproximação com as diversas manifestações da Cultura afro-brasileira, com a nova gestão da FCP em sintonia com o modelo e metodologia adotada pelo ministro Juca Ferreira", destacou a presidenta da FCP, Cida Abreu.
Também participam da solenidade no Palácio da Justiça o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Wagner Pinheiro, o ator Milton Gonçalves, o cineasta Jeferson De, e a compositora e cantora de ciranda Lia de Itamaracá, entre outras personalidades artísticas e lideranças políticas e religiosas.
 
Roda de conversa
 
O evento de lançamento do Diálogos Palmares começa às 10h30, com uma homenagem à ancestralidade de matriz africana (apresentações de manifestações da cultura afro-brasileira, negra, indígena, quilombola e de matriz africana), no Salão Negro do Palácio da Justiça. Na cerimônia também serão lançados o Prêmio Oliveira Silveira (SNC/Cenirc) e o edital Curtas Histórias (MEC/Secadi). 
 
Na sequência haverá a assinatura de Termos de Cooperação entre os ministérios da Educação, da Justiça e das Comunicações, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; os Correios; o Serpro; o Sebrae; a Universidade de Brasília (UnB); o governo de Minas Gerais; e a prefeitura de Niterói, além de ações descentralizadas com o sistema MinC.
 
A partir das 15h, no Hotel Nacional, Cida Abreu e a professora Haydée Caruso, da UnB, participam de roda de conversa com artistas, lideranças religiosas e fazedores de cultura afro-brasileira. O objetivo é ouvir as demandas da sociedade civil organizada, atualizar e implementar o Plano Setorial para a Cultura Afro-brasileira, fortalecer o Plano Nacional de Cultura e o Colegiado Setorial de Cultura Afro-brasileira e instalar o Fórum Nacional de Culturas Afro-brasileiras. 
 
Serviço
 
Lançamento Diálogos Palmares: Perspectivas e ações da política nacional
Data: quarta-feira (26)
Horário: 10h30
Local: Salão Negro do Palácio da Justiça
Roda de conversa com a presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu
Data: quarta-feira (26)
Horário: 15h
Local: Hotel Nacional

Algumas perguntas sobre o NÃO desenvolvimento cultural de União dos Palmares


Por que, afinal de contas, não temos em União dos Palmares festival de música negra? 

Por que não vemos eventos anuais de gastronomia, dança, teatro, fotografia, desenho afro brasileira em União? 

Por que não podemos visitar a Serra da Barriga na época do inverno? Por que não temos exposições de objetos do cotidiano dos negros e índios espalhados fora de União, para que palmarinos e visitantes possam apreciar?

  
Por que na Serra da Barriga não encontramos bottons, camisetas, artesanatos da cultura palmarina à venda? 

Por que as lojas e estabelecimentos comerciais de União dos Palmares não ornamentam seus comércios em novembro, que é o Mês da Consciência Negra?  

Por que não vemos estátuas de Zumbi dos Palmares nas lojas e residências dos palmarinos? 

Por que cidades menores conseguem atrair visitantes com festivais, como, por exemplo, o Festival do Palito, Peixe, Fruta, Natureza , Animal, etc; e, em União dos Palmares, as coisas não passam dos debates em redes sociais?

  
Por que os conterrâneos palmarinos não se identificam com a cultura africana? 

Por que os políticos e a sociedade de União dos Palmares não traçam um plano para desenvolver o turismo étnico? Enfim, vai "BOMBAR" nossa cultura?

Alguém sabe as respostas?