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segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Wil Diz Toque" entra para sua 4ª edição

A 4ª edição do "Wil Diz Toque", evento que homenageia o cantor Wilton Tenório, morto há quatro anos, com 27 anos, em um acidente de moto em União dos Palmares. O que já foi encontro de amigos, a cada ano está se tornando um dos eventos alternativo mais importante da cidade.

Wil como era chamado carinhosamente pelos amigos não perdia a oportunidade de juntar os diversos grupos do seu círculo social, como; familiares, músicos, colegas de faculdade, intelectuais, amigos de infância e etc. Por isso que o evento é tão concorrido por jovens que gostam da boa música.

A homenagem acontece no mês de maio, mês de seu aniversário, porém esse ano foi antecipado para abril já que um dos organizadores será papai no próximo mês. Segundo Anderson Ventura, da Banda Escrúpulo Douda, "Eu não teria condições de ajudar os amigos na organização, minha esposa Sandra esta com oito meses de gravidez e tenho que está junto dela nesse momento importante de minha família".

O funcionário público da prefeitura de União, Anderson Ventura, disse que a festa esse ano foi na quadra da Escola Municipal João Costa de Oliveira, que fica na Rua Tavares Bastos e acrescenta: "Tivemos poucos patrocinadores, na verdade vamos rachar a conta do evento com os amigos/organizadores", frisa.
 

Na noite de ontem, se apresentaram as bandas, Astronautas de Lata, DR. Lhama, Adrenaline, Prisão Mental e a banda Sick Mind.

Que venha a 5ª edição do "Wil Diz Toque"!!!
Todas as fotos AQUI

"Eu tinha um mestre que dizia 'a capoeira é tudo o que boca come', na verdade a capoeira é tudo o que você vive" Roberto Martins

Luana Tavares, Roberto Martins e Marcos da Laginha

Eu já comentei no blog que quem deseja praticar uma atividade física aqui em União dos Palmares tem diversas opções. O palmarino no geral faz das "caminhadas" e dos "jogos de futebol" a maneira mais comum para sair do sedentarismo, mas temos outras modalidades como:  hiep tai chi, Jiu-Jitsu, judô, Kung Fu, Muay ThaiKickboxer, MMA, luta de braço, handebol, corrida, academias de ginasticas e a capoeira, um dos esportes mais praticados no município.

A capoeira, praticada pelos escravos que aqui viveram, faz parte da nossa cultura. Há na cidade vários grupos de capoeiristas, a  Associação de Capoeira Quilombo dos Palmares (ACQP) e uma monumento homenageando o esporte. 

O Roberto Martins, ou Kurujão, é um dos professores que divulgam a cultura da capoeira na cidade e nos municípios vizinhos. Completando 20 anos esse mês de capoeira, Roberto encontrou mais um horário para ensinar aos amantes do esporte. O trabalho particular e voluntário de seu grupo consiste em formar novos alunos e ter mais um momento com os companheiros de grupo. 

Segundo Kurujão, alguns alunos pagam um mensalidade de 10,00 reais para contribuir, com suas viagens a Pernambuco. "Tenho que viajar uma vez por mês, já que meu professor é de lá. O que eu aprendo com ele repasso para minha turma, na verdade é um planejamento de aula" diz o capoeirista.

As aulas são ministradas na Escola Municipal Jardim Infantil Maria Leal Feitoza. A falta de locais adequados para a prática da capoeira. A mudança para o Jardim Infantil se deu aapós o fechamento do ESCA (Espaço Cultural Acotirene), no ano passado.

Formado em Geografia e Pós-Graduação em Geografia e Meio Ambiente pela UNEAL, ele diz que "nos 20 anos de capoeira eu ganhei muita experiência de vida, não só na capoeira mas também na minha vida pessoal e profissional. A capoeira controla nossas emoções". Segundo o professor, não só a capoeira disciplina o cidadão, todos os esportes têm essa finalidade. 

Roberto diz que a capoeira hoje é mais valorizada do que antes. Atualmente, projetos como o do ESCA levam a arte para as escolas do município e não existe tanto preconceito quanto antigamente. O professor diz que para a valorização ser maior tem que haver uma melhor "conscientização" de alguns capoeiristas, pois alguns saem dos treinos e vão beber usando a vestimenta, correndo o risco de entrar em confusão nas ruas. 

Sobre a capoeira Roberto acrescenta: "a capoeira é muito mais do que se pode ver a olho nu. É necessário viver a capoeira para poder ver o que ela é realmente". 
   
 Roberto e demais capoeiristas anos atrás.