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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Alunos da EJA, da Escola Joaquim Gomes de Araújo visitam a Serra da Barriga

Os alunos da EJA da Escola Municipal Joaquim Gomes de Araújo, que fica localizada no povoado de Várzea Grande, zona rural de União dos Palmares, visitaram o Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

A aula de campo na Serra da Barriga é uma continuidade do Projeto Consciência Negra "Educação não tem cor", onde as 24 escolas de União dos Palmares vem desenvolvendo com seus professores e alunos em suas respectivas instituições.

A culminância do projeto se dará nos dias 17 e 18/11 com os estudantes,  onde haverão as apresentações de seminários e danças afro. No dia 18, a direção da escola receberá a Profa. Ms. Marcia Susana Gonçalves de Lima, Coordenadora do Núcleo de Identidade Étnicorracial (Nier), departamento da SEMED criado em 2007. Fora a palestra da educadora, os alunos terão apresentações de grupos de capoeira e de maculelê.

Segundo Carlos Sena, Coordenador da EJA, "Nossos alunados estão tendo a oportunidade de conhecer o espaço onde se organizou o maior e mais resistente Quilombo do Brasil", e completou "Aqui você conhece a própria história dos palmarinos".

Participaram da aula de campo as professoras Diana Silva, Givaneuza Nunes, Fabiana Tenório, acompanhados da guia de turismo, Dandara Thaty. 

A  Escola Municipal Joaquim Gomes de Araújo, que é considerada uma das mais organizadas no município de União dos Palmares. Sua equipe gestora formada pelos professores Ana Paula Teixeira, Luciano de Lima, Carlos Sena, Cristina Lopes e Elega Merydyanna.

União dos Palmares no FUTURO (Contratados da SEMED)

Os professores Sunamita Leite, Dariana Silva e Eduardo Paranhos, contratados da Educação de União dos Palmares, são uns dos poucos profissionais não efetivos do município; União tem um dos menores índices de contratos no seu quadro de pessoal em relação a outras cidades do Estado de Alagoas. 

A educadora Sunamita, que leciona Cultura Palmarina, na Escola Municipal Fernando Juazeiro, em conversas com amigos, disse: "Minha vizinha exerceu a profissão de professora por muitos anos em União, e a mesma relatou que, em sua época de contratada, o desrespeito com o profissional era grande". 

Ao longo do relato, os colegas de trabalho ficaram abismados como antigamente eram tratados os professores contratados. Segundo a vizinha de Sunamita, "além de receberem um salário mínimo, eles só pegavam em dinheiro o mês trabalhado. Isso quer dizer que, em meses de greves feitas pelos efetivos, férias na educação ou feriados, não eram pagos por completo".

"Isso é pior que filme de terror", mencionou o professor Eduardo Paranhos, que leciona Ciência na Escola Municipal Mario Gomes de Barros. Para quem hoje recebem os mesmos salários dos efetivos e na mesma data, esse relato deve ser assustador, mesmo. 

Antes os colegas não tinham apoio dos demais professores efetivos; hoje a categoria é a mais unida. Há dois meses, profissionais efetivos da Educação pararam seus serviços em apoio aos colegas contratados. Até mesmo sindicato os poucos contratados têm, ficou na memória dos idosos professores e demais profissionais contratados da educação o não apoio do SINTEAL antigamente. 

Se antes recebiam menos que os colegas que trabalhavam nas cidades de Santana do Mundaú e Branquinha. Porém, hoje, são esses professores que correm para trabalhar nas escolas municipais de União dos Palmares. 

E para melhorar o que já está bom, próxima semana começam as inscrições para ocupar as poucas vagas de contratados da SEMED de União dos Palmares.

Data 09/11/2052