Pages

domingo, 22 de abril de 2012

Professora da UFAL Vem ao Programa Mesa Z e Chora Com Homenagem de Ex-Alunos



O Programa Mesa Z vem se consolidando como um dos grandes programas de rádio da Zona da Mata Alagoana. A cada sábado uma personalidade alagoana é entrevistada pelos membros do programa, que em sua maioria são blogueiros.

Neste último programa, no dia 21, a convidada foi a Professora da Universidade Federal de Alagoas, Maria Aparecida
Batista de Oliveira. Formada em Filosofia e tem seu mestrado em História, na UFAL. No estúdio a turma conversou sobre as questões que envolvem as mulheres na sociedade: violência, relações de trabalho e racismo.

Cida Batista, como muitos a chamam no meio acadêmico, iniciou o bate papo fazendo um comparativo entre a cidade de União dos Palmares de ontem e de hoje. Para ela, a cidade perdeu algumas características de cidade do interior. Ainda no início do programa falou sobre o tempo em que foi professora nas escolas Fernando Juazeiro e Santa Maria Madalena e de como foi se mudar para Maceió para estudar Filosofia e Direito.

Aparecida vem fazendo palestras sobre a violência em torno da mulher. Ela revela que a mulher negra sofre duas vezes, por ser mulher e negra, "para elas ficaram os papéis de doméstica e objeto sexual na sociedade". Em seus estudos ela descobriu que é dentro de casa que as mulheres estão mais sujeitas à violência. Os parceiros são responsáveis pela maioria dos crimes em casa.

Segundo a feminista, a sociedade perde com qualquer tipo de violência, que causa sérios prejuízos para a saúde mental de quem a vivencia. A professora disse que a Lei Maria da Penha (cidadã cearense vítima da violência doméstica causada por marido, um professor universitário) tem papel importante no combate a esse tipo de violência, que pode ser denunciada pela vítima e por outra pessoa que saiba de algum caso.

Para a professora, muitas mulheres não denunciam os companheiros por vários motivos, entre eles a vergonha de dizer que apanha e a dependência afetiva e financeira. Soma-se a isso o despreparo de alguns agentes da lei em atender esses casos. Há situações em que o agente pergunta à vítima "o que ela fez para apanhar". Cida Batista acredita que muitas dessas questões sobre violência estão no nosso subconciente, onde aprendemos que a mulher tem que ser submissa.

Outro aspecto relevante para a desvalorização da mulher está em músicas que tratam a mulher como um objeto. Em suas pesquisas a professora encontrou diversas músicas com teor pejorativo da imagem feminina. No entanto, a
violência praticada contra as mulheres não é uma exclusividade brasileira e tem se tornado um problema mundial.

Defensora das cotas para negros, a professora foi uma das vozes, juntamente com colegas do movimentos negro e universitário, na luta pela aprovação do sistema, que tem mudado as universidades com a chegada de muitos que não conseguiram ter as mesmas oportunidades que outros alunos.

O momento mais emocionante da entrevista foi quando familiares e ex-alunas ligaram e falaram das lições de vida que a professora transmitiu na sala de aula e de sua luta pela espaço da mulher em todos os segmentos da sociedade. Aparecida Batista chorou ao ouvir de uma de suas primas que ela é um orgulho para todos os palmarinos.

Nas suas considerações finais ela agradeceu a todos por participarem da entrevista e disse ter saído mais rica com o debate. Ainda aproveitou para saudar os moradores do Muquém, onde é muito amiga de Dona Irinéa e Seu Antônio. Cida Batista disse que os palmarinos tem que valorizar constantemente os artesões da terra, pois muitos são reconhecidos lá fora, como Dona Irinéia.



Equipe Mesa Z e convidadas, Prof. Aparecida Batista e Kerol Oliveira

Quando só Existiam Blogues e Orkut Por Dallas Diego


Lembro bem que em meados de 2005 criei meu profile no orkut e meu msn. Ainda não possuía computador em casa, passava horas e horas navegando nos computadores do laboratório de informática do CEFET. A internet me encantava naquela época, desde então, sempre mantive um bom relacionamento com as pessoas que conhecia na web.

Em 2007 ganhei meu primeiro e único computador, o qual ainda tenho em bom estado de conservação. Este ano, foi o pontapé inicial para que Eu de fato adentrasse no mundo sem fim chamado internet. A criação do meu primeiro blog, denominado "Saída de Emergência", fez com que Eu me tornasse um dos primeiros blogueiros de União dos Palmares, ao lado de Sérgio Rogério, Bruno César, Wenndell Amaral e Carlyson. Todos com propósitos iguais (bem social) e escritas diferentes, isso se mantém até hoje.

Não demorou muito para conhecer a blogosfera alagoana, e fazer muitas amizades que se mantém acesas até hoje. Enquanto escrevia no "Escritos ao Acaso", blog pessoal que durou aproximadamente dois anos e meio, meu círculo de amizades na rede crescia mais e mais. Os laços ficavam mais estreitos, quando nos adicionávamos no orkut e msn. Mas o que faltava mesmo, era o aperto de mão, olho no olho e um abraço. Consegui conhecer pessoalmente, somente algumas pessoas, infelizmente.

Sim, era um bom tempo, mas tudo evolui e nos proporciona melhores formas de relacionamento digital.

No cenário atual da web, com todas as inovações, principalmente relacionadas a Redes Sociais, ficou muito mais fácil manter o contato com os antigos e conhecer novos amigos. Agora tem twitter e facebook. Me sinto feliz em dizer que, com o surgimento dessas redes sociais, meu círculo de amizade cresceu e muito.

Me sinto honrado em conhecer pessoas dos quatro cantos de Alagoas, conversar com meus artistas favoritos e contribuir com crescimento midiático do nosso Estado.

Ainda continua faltando alguns apertos de mãos, olhos nos olhos e abraços. Espero conseguir o mais breve possível, enquanto isso, continuo aproveitando o que a web me proporciona, para cada vez mais fazer novas amizades e contribuir com o bem social, lembrando que tudo iniciou quando só existiam blogues e orkut.


Keroll Oliveira em foto de Dallas Diego
Dallas Diego (Caderno B) é um dos organizadores do TwitÃO 2.0