O tema mais discutido por Ronaldo Medeiros foi educação. Segundo ele, “o caminho pelo qual se pode combater a corrupção eleitoral”. O deputado apontou as grandes falhas da educação em Alagoas como o motivo central para resolver os problemas sociais e políticos do Estado. Apontou caminhos que podem ser traçados, com escolas em tempo integral e ensino profissionalizante. Sem elas, não adiantaria atrair grandes empresas para cá, pois elas só poderiam contratar alagoanos para empregos desqualificados e não se converteriam em desenvolvimento para o Estado.
Além do tema recorrente, Ronaldo falou sobre as principais polêmicas em que a Assembleia tem estado envolvida no início desse ano. Quanto a reeleição da Mesa Diretora da Casa, explicou porque apoiou a ação judicial para o cancelamento da mesma, haja vista que a convocação extraordinária não se realizou por motivo de calamidade ou emergência. Disse também que os deputados, por mais que estejam envolvidos no processo eleitoral, não tem o direito de abrir mão da atividade parlamentar para se dedicar a eleição, motivo pelo qual a eleição teria se realizado agora. Sobre a possível trama para o assassinato de dois colegas de parlamento, Medeiros disse que isso gera uma sensação de instabilidade política e que, apesar de contribuir para piorar o clima na Casa, ainda precisa ser melhor explicada para a sociedade.
Ronaldo Medeiros também falou sobre sua atuação parlamentar. Deu ênfase aos trabalhos na CPI da Eletrobras, que foi presidida por ele. Nos trabalhos no campo, principalmente na colheita de laranja em Santana do Mundaú e de seu projeto de lei para concessão de pensão pós-separação ou morte para casais homoafetivos. Além de explicar porque deixou de usar a alcunha “do INSS”, para se dissociar politicamente da gestão órgão que comandou no Estado e que foi acusado de se beneficiar durante a eleição.
Sobre as eleições desse ano, Ronaldo criticou o uso político das moradias construídas para os desabrigados das enchentes de 2010. Parte das casas foram entregues em dezembro, e o resto deve ser concluído até junho. Também falou sobre o convite do PT para ser candidato a prefeito de Palmeira dos Índios. Ele explicou que declinou porque está no primeiro mandato e precisa, primeiro, cumprir a obrigação para a qual se disponibilizou em 2010, apesar de admitir que o legislativo é “estressante e mesquinho”.
Blog Paulo Veras
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