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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Ser o professor do futuro - Atreve-te!

Com os avanços tecnológicos que vieram para facilitar o nosso dia a dia, pesquisadores do mundo digital estimam que, dentro de alguns anos, o nível de conhecimento da humanidade será dobrado a cada conhecimento da humanidade.

Pensando nisto, já imaginou como seria o professor do futuro?

A década entre o ano 2010 e 2020 pode ser considerada como a “década móvel”. O lançamento do iPad da Apple, em 2010, envolveu o surgimento de dispositivos móveis em cenários educacionais (tanto formais como não-formais) e, assim, a consolidação da “aprendizagem móvel” como uma das principais tendências pedagógicas do nosso tempo.

Esta corrente recebeu recentemente um novo ímpeto com a popularização da realidade virtual e das tecnologias de realidade aumentada, que também atingiram dispositivos móveis. Os dispositivos móveis oferecem cada vez mais uma série de características intrínsecas e possibilidades que levaram à sua rápida adoção por muitas escolas.

Os professores cada vez mais preocupam-se com a aquisição de uma série de princípios e critérios de caracter pedagógico para então serem capazes de projetar e avaliar as experiências de aprendizagem móvel. Esta será a garantia de que os docentes podem então ser capazes de integrar dispositivos móveis de uma forma educacional com cariz de intencionalidade pedagógica. Por outras palavras, o objetivo é que o aluno seja capaz de ver a aprendizagem móvel de uma perspetiva pedagógica e não como mera tendência ou moda.

Para ser um bom professor do futuro, por exemplo, será necessário ir além do conhecimento da sua área específica. Para acompanhar as transformações do universo educacional, o docente do futuro terá que desenvolver novas habilidades, além de aprimorar as que já possui.

Cinco serão as competências, no meu ponto de vista, que podem marcar a diferença no trabalho do professor do futuro, dentro e fora da sala de aula.

Ser entusiasta das novas tecnologias, estar conectado e ser multidisciplinar, ser bilíngue, promover a educação socio emocional e desenvolver sua inteligência emocional sendo que esta última é muito importante pois as emoções possuem um papel importante na aprendizagem dos alunos e nos relacionamentos que se formam dentro e fora da escola. Por isso, é necessário que os professores incentivem os alunos a lidar com suas emoções, educando-os para que se tornem aptos a controlar as suas angústias e medos e tirar o máximo proveito de outros sentimentos mais motivadores.

Contudo, para ensinar é preciso aprender. Para ajudarmos os nossos alunos a desenvolver a sua inteligência emocional, é fundamental que o professor desenvolva a sua própria. Usando estrategicamente a inteligência emocional, será possível desenvolver uma metodologia envolvente até mesmo para o mais pragmático dos alunos.

Mesmo sendo entusiasta das novas tecnologias precisamos ter em conta que há crianças que por caráter e educação acham mais difícil se conectar com suas sensações físicas e igualmente com a aprendizagem de novos conceitos e novas abordagens em sala de aula. Não os deixe desanimar, eles só precisam de mais tempo. Persista em incentivar esse treino, seja ele qual for, com carinho e entusiasmo. 

 Rosa Luísa Gaspar