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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O que tenho que mudar para conseguir me concentrar? Por Martha Vegine


"Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Apesar de ser um cara mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro inteiro.

Para completar, comia rápido e dormia pouco - e não conseguia se dedicar ao casamento conturbado, por falta de tempo."

Te parece familiar o relato acima? Poderia facilmente ser a realidade de algum amigo próximo, de um familiar ou até mesmo a sua própria experiência.

Mas, o rapaz da história aí em cima era ninguém menos que Thomas Edison.
Sim! Ele mesmo, o inventor da lâmpada. E a situação caótica narrada por ele acontecia na década 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber mensagens, não era o Whatsapp  - por óbvio ;) - era um telégrafo, que já fazia estrago suficiente na sua atenção.


O relato que está em uma edição de 1910 do jornal The New York Times, conta que quando Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentração, parou tudo, fechou-se em seu escritório e focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu e patenteou mais de 2 mil invenções. (Fonte: Revista Super Interessante).


Eu tenho um aluno, que está se preparando para uma prova importante de concurso público que me fez uma pergunta em uma de nossas webaulas (aulas pela internet) ao vivo: "Acho que tenho problemas de concentração, visto que o telefone, os e-mails, as redes sociais, o cachorro, a vizinha, até a comida saborosa na geladeira me atrapalham ... enfim, tudo me distrai."


Será que essa reclamação acontece apenas com o meu aluno?


Ouso te dizer que não! A falta de concentração é uma dificuldade recorrente na maioria dos estudantes e concurseiros da vida real. Você já reparou como o nosso cérebro é engraçadinho?


Quando queremos ler uma notícia de fofoca ou a reportagem sobre o nosso time do coração nem nos importamos na quantidade de páginas. Diante desse tipo de texto surge uma vontade voraz de chegar até o final e, nem de longe, ficamos com sono ou entediados durante a leitura.


Ficamos tão focados na atividade que nem percebemos o tempo passar. Pois é, por qual razão o mesmo empenho não acontece quando temos de estudar algumas matérias exigidas na nossa prova?


E para responder essa indagação não utilizarei evidências científicas, até porque elas são muito técnicas e tornariam esse texto chato. E eu quero que você leia até o final! Sendo assim, ousarei explicar esse fenômeno pela minha experiência.


Acredito que a razão principal se explica com uma só palavra: interesse.


Podemos entender interesse como aquilo que pode ser considerado útil, relevante, vantajoso ou proveitoso. Dessa forma, ler e pesquisar sobre assuntos que nos interessamos - e gostamos - é fácil, a concentração ocorre naturalmente. Porém, quando resolvemos estudar por mera obrigação fica tudo mais difícil.


Quem resolve melhorar a sua concentração, comumente busca soluções externas, como por exemplo:

  • Encontrar um lugar mais silencioso;
  • Ao invés de somente ler, também escrever o conteúdo estudado;
  • Dar preferência ao estudo individual, pois no estudo em grupo fica mais fácil dispersar-se;
  • Desligar ou, em caso extremo, "sumir" com os aparelhos eletrônicos;
  • Cancelar as contas nas redes sociais.

Por aí seguem as dicas de mudanças no ambiente externo. E concordo que são bem úteis essas adaptações na rotina do estudante.


Entretanto, acredito ser “essencial” a outra mudança: a interna.

Isso mesmo, o sentimento é o combustível que nos impulsiona e faz nossa máquina funcionar para melhor ou pior. Sendo assim, para atingir um bom resultado de concentração e foco nos estudos precisamos ter interesse genuíno no que estamos debruçados.


Se o interesse no estudo não for nato ele precisa ser conquistado. Agora, se para você estudar ainda é uma obrigação e não uma satisfação, uma forma para ajudar a reverter essa realidade é identificar quais vantagens e benefícios você terá com o resultado final do estudo.


Faça uma lista.

Isso mesmo, escreva tudo de bom que irá acontecer na sua vida após o sucesso na sua prova dos sonhos.


Quando perceber cada coisa boa que irá acontecer, cada vantagem que você terá após o sucesso na prova, garanto que um sentimento bom brotará no seu peito. Repare, inclusive, se um sorriso maroto não escapa no canto da boca ao imaginar-se vivendo o seu sonho.


A partir dessa análise comece a criar sentimentos positivos sobre a sua preparação, eu sei que no começo pode parecer um pouco forçado, meio bobo até, mas insista!


Com o tempo, você aprenderá a gostar da matéria e, quem sabe, estudará seus livros técnicos com a mesma avidez que lê seu livro de cabeceira preferido.


Apodere-se das dicas das mudanças externas para melhorar a sua concentração e, principalmente, fortalecer as mudanças internas.


Algumas tentativas serão necessárias, às vezes, milhares delas.


A cada sessão de estudo em que se perceber "viajando", isto é, perdendo o foco, não desista. Persista. Resgate sua atenção toda vez que o seu cérebro tentar brincar com você.

Martha Vergine


É delegada de polícia, professora universitária e teacher coach do EU ESTUDO CERTO. Especialista em técnicas de estudo e estratégias emocionais para ajudar pessoas que querem passar mais rápido em provas - como concursos públicos, exame da OAB, vestibulares e ENEM.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Não se torne um profissional medíocre: Reflita sobre seu papel na sala de aula


A vida de docente permite a cada dia aprender algo diferente. Esta é a magia de ser professor. Tenho notado no decorrer dos anos como professor que os estudantes estão assumindo a cada dia uma postura mais passiva em sala de aula. Isso é um problema! Nós precisamos fazer com que os estudantes tenham responsabilidade sobre sua formação e, sobretudo, sejam proativos no ato de aprender. Além de todas as consequências que a vida moderna traz para a postura assumida pelos jovens em sala de aula, eu vejo outro grande desafio: o objetivo pelo qual eles estão cursando as disciplinas.
 
Existem dois principais objetivos que destaco. O primeiro se refere à aprendizagem. O indivíduo cursa disciplinas porque pretende aprender e apreender o conteúdo sobre o qual se trabalha. O segundo está diretamente relacionado ao desempenho. O objetivo do estudante é ter melhor desempenho ou alcançar o desempenho necessário para sua aprovação.

Pois bem, a sala de aula não tem sido um ambiente onde a curiosidade toma conta da dinâmica. Um questionamento normalmente não encontra uma reflexão. É comum não haver reflexão. Como assim? Sim, pode haver sala de aula sem a promoção de um ambiente de reflexão. Toda vez que a cultura da sala de aula é baseada no repasse de informações e os objetivos estão concentrados no desempenho, o ambiente de reflexão deixa de ser construído. Teremos então aqueles que repassam as informações e outros tantos que precisam absorver para reproduzir na ocasião das provas.


Quando faço as perguntas sobre o que querem saber, algumas questões têm sido a grande marca dessa dinâmica: “Professor, as provas são questões objetivas ou do tipo que tem que escrever muito?”; “Professor, o senhor passa a chamada no início ou no final da aula?”; “Essa disciplina tem alto índice de reprovação?”; “O que é mais importante saber para fazer as provas?”

Eu particularmente acho ótimo que estas questões apareçam na sala de aula. Ajudam-me a promover o debate sobre o que estamos fazendo numa universidade e por que estamos ali. Claramente todas estas questões refletem os objetivos baseados no desempenho. O que os alunos querem é a aprovação. A intenção não parece ser aprender e apreender para ter como consequência a aprovação. Eu tento mostrar esse lado da moeda. Toda vez que nosso objetivo se concentra no desempenho, nas avaliações, nós aprendemos menos. Muitos estudam para as provas, e não para se tornarem profissionais brilhantes.

A atual geração de alunos parece estar cada vez mais preguiçosa. E não tenho receio algum de ser tão contundente. Ler parece ser um sacrifício enorme. Pensar e refletir sobre o conteúdo discutido está cada vez mais complicado. Muitos reclamam de falta de tempo. Essa falta de tempo é proveniente de estar sempre conectado e recebendo e enviando informações o tempo todo. Ler e refletir precisa de concentração. A concentração tem sido um dos maiores problemas enfrentados em sala de aula.

Aliando a dificuldade de concentração com o objetivo focado no desempenho, teremos um aluno desmotivado a aprender e incapaz de se concentrar. Tudo vai parecer mais atrativo do que a aula e o estudo. Quando estudamos apenas para fazer provas é natural que nosso estudo se concentre em dias bem próximos da avaliação. Em alguns casos, o estudo só ocorre um dia antes. Isso nos leva a armazenar boa parte das informações na Memória de Curto Prazo. Nós armazenamos informações que em grande parte estão programadas para serem descartadas. 

As informações armazenadas na Memória de Curto Prazo ficam armazenadas por um curto período de tempo. Tem prazo de validade curto. Quando fizermos a prova, boa parte das informações será descartada. Mas se descartamos parte daquilo que “estudamos” para a prova quer dizer que perdemos as informações? Isso! Um mês depois talvez você vá sentir que não se lembra de boa parte do conteúdo que estudou para a prova. Já que o objetivo era fazer a prova, você cumpriu seu objetivo, e as informações foram descartadas.


Qual é o sentido de estudar para algo que você não vai se lembrar mais? Qual é o sentido de estudar somente pensando na realização da avaliação? É aí que reside minha inquietação. Estamos deixando de lado a necessidade de descobrir o sentido pelo qual fazemos o que fazemos e estamos nos centrando apenas no que fazemos. Há grande diferença nisso. Os bons profissionais sabem o que fazem, mas os profissionais brilhantes compreendem por que fazem o que fazem. Na sala de aula, não pode ser diferente. Encontrar o sentido é fundamental para entender o seu lugar naquele espaço. 

O objetivo de quem cursa o ensino superior numa universidade não deveria ser apenas o de ter um diploma universitário. Quando o objetivo é o diploma e o desempenho, não há sentido de participar e se inserir em outras atividades extraclasse.Os alunos que querem se tornar profissionais brilhantes sabem que só a sala de aula é pouco para se construir competências e habilidades que hoje são exigidas pelo mercado de trabalho. 

Chegar à sala de aula e somente escutar o professor falar é muito pouco para quem quer ser muito grande. O professor tem sua parcela significativa de culpa. Às vezes, nós professores não percebemos essa relação entre os objetivos de estar numa sala de aula nem o sentido atribuído pelos alunos de estarem cursando a universidade. É por isso que às vezes nós falamos: “Copiem isso, vai cair na prova!” O importante é a prova! Se “isso” é importante, não o é por existir uma avaliação, mas porque em sua atuação como profissional aquele conteúdo ou técnica lhe será útil e de grande relevância. Vejo a necessidade de uma ressignificação do ambiente de sala de aula. É preciso deixar de lado a cultura de reprodução de informações e ficarmos mais atentos à cultura da inovação.

As organizações atuais não querem contratar um profissional passivo, sem curiosidade, sem habilidades interpessoais e com baixa criatividade. Se isso é mesmo uma grande verdade, a sala de aula não pode ser um local onde a passividade no ato de aprender é uma realidade, não pode ser um local onde a curiosidade e a criatividade sejam estranguladas em nome do repasse de informações e não pode ser um ambiente onde tudo ocorra de forma individual.
Os diplomas de graduação infelizmente ainda são privilégio de poucos. Mas desses poucos, são muitos os que acreditam que possuir um diploma é garantia de prosperidade e glória. Os que se iludem possuem grandes chances de se frustrarem. A realidade do mercado de trabalho hoje é o da volatilidade do emprego e do trabalho temporário. O diploma de graduação pode abrir-lhe muitas portas, mas permanecer lá dentro vai depender do profissional que você se tornou e das habilidades e competências que adquiriu.


As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do Administradores.com.br.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Alto do Moura - Caruaru


Fui com um grupo de amigos para Caruaru onde a viagem seria apenas para tomar "uma", isso mesmo o que você acabou de ler, eu não bebo nada que contenha álcool mas acompanhei a turma animada até o Estado vizinho.

O que mais me animou no convite é que eu iria conhecer o Alto do Moura, um bairro na parte alta da cidade destinado a festa visto o número de bares, restaurantes, espaços para exposições, circos, e principalmente a venda do artesanato que é o forte do lugar, para quem gosta de peças artesanais dos mais variados tamanhos e cores, você esta no lugar certo.

O nosso guia turístico o Naldo natural de Caruaru, um conhecido amigo de todos, só parou o ônibus em três "bares" o último foi justamente no Alto do Moura, onde pôde tirar as fotos, mas andando de ônibus pela cidade fiquei analisando o quanto ela é rica, a cidade é um verdadeiro canteiro de obras, como: viaduto, passarelas, prédios, ruas interrompidas por construções das mais diversas etc.

Aliás a cidade em si me chamou atenção, se não era as construções, era o engarrafamento em pleno domingo, o tamanho da praça onde se realiza o São João. Outro lugar de destaque é a feira da sulanca que no domingo pela manhã não havia feira, mas pelo tamanho já dava para se ter uma noção porquê a cidade é tão rica.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Eu e Dona Irinéia

Foto Dallas Diego

Dona Irinéia dispensa apresentação, é hoje um ícone da cultura alagoana. Palmarina do povoado muquém é especialista em se tratando de artesanato, como ela existe outros moradores que também se destacam por suas habilidades com o barro.

Eu já tive o prazer de visitar a comunidade dos quilombolas duas vezes, e em minhas andanças, enquanto tiro fotos, vou conversando com alguns moradores, e tenho constatado que a nova geração de palmarinos nascidos no povoado Muquém não tem interesse em continuar com essa arte, é desolador. A justificativa dos jovem é que a renda com o artesanato é muito baixa e não tem visibilidade no município.

No último dia 18/11/2010 uma de suas filhas, Auricéia Nunes concorreu e ficou em 2º lugar no concurso Beleza Negra 2010 e em conversa com a própria me informou que não continuará fazendo esse tipo de trabalho já que ela ver em sua casa as dificuldades em se manter, o sonho da jovem é ser veterinária.


Fotos do meu acervo

POSTAGEM DE 2010!