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sábado, 29 de abril de 2017

Patrimônio histórico alagoano, Escola Estadual Rocha Cavalcanti fez 89 anos

Comemorações prosseguem até terça-feira (2); unidade é referência na formação de professores em União dos Palmares.
Reconhecida como patrimônio histórico e cultural de Alagoas desde 2014, a Escola Estadual Rocha Cavalcanti, primeira unidade escolar a ser construída no centro urbano da cidade de União dos Palmares, comemorou seus 89 anos nesta sexta-feira (28).

As celebrações tiveram início na quinta-feira (27) e prosseguem até a próxima semana. “Tivemos, dentre outras atividades, um concurso de beleza estudantil, além da escolha das melhores vozes e grupos de dança. A festa prossegue até terça-feira, dia 2, com bolos festivos nos três turnos de aula, para toda a comunidade escolar”, informa a diretora adjunta, Karina Oliveira.
Histórico

Idealizada e construída no final da década de 1920, pelo vice-governador e patrono da escola, coronel Francisco da Rocha Cavalcanti, a escola possui uma estrutura arquitetônica no estilo neoclássico, dispondo de cinco salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, cozinha e cantina, sala professores e coordenação. É o segundo prédio tombado da cidade: o primeiro foi a casa do poeta Jorge de Lima.

Situada à Rua Correia de Oliveira, uma das mais importantes do ponto de vista histórico da cidade de União dos Palmares, a escola fez história como um centro de formação de professores na região. Atualmente, ela oferta Ensino Normal, Ensino Médio e Médio Integrado, com cursos de Ludoteca e Secretariado Escolar para quase 700 estudantes.

Orgulho

A Rocha Cavalcanti é motivo de orgulho para toda a comunidade palmarina. Alunos e professores destacam sua importância. Muitos educadores da cidade também passaram pela escola, seja como alunos ou professores. É o caso da gerente da 7ª Gerência Regional de Educação (Gere), Roseane Vasconcelos. “Fui aluna do 1º ao 4º ano, o que hoje representa os anos iniciais do ensino fundamental. Até hoje, a escola é muita procurada pela sociedade palmarina por ser uma referência no seu atendimento educacional”, destaca.

Diretora da instituição de 2003 a 2006, a técnica do Núcleo de Acompanhamento Pedagógico (NEAP) da 7ª Gere, Sueleide Barbosa, diz que a escola marcou a sua vida profissional e pessoal. “Sou pedagoga e atuo há 30 anos na Educação. O período em que estive na Rocha Cavalcanti me proporcionou um crescimento imensurável como educadora, foi um aprendizado para toda a vida”, afirma.

O ex-gestor e professor de biologia, George Sena, um dos principais nomes no processo de tombamento da unidade, também fala com carinho da instituição.

“Nossa escola representa um importante elo na região serrana dos quilombos, recebendo alunos de União dos Palmares e de municípios circunvizinhos, que reconhecem seu papel relevante na formação profissional. E do ponto de vista de afetividade, é um prazer trabalhar neste prédio”, declara George.

Em seu último ano na escola, a estudante da 3ª série do ensino médio Larissa Andriele aponta o diferencial da instituição. “Esta escola é simbólica e todos que estudam aqui saem com boas referências, com ótimo aprendizado”, diz a garota.

29 cursos gratuitos sem sair de casa!


sexta-feira, 28 de abril de 2017

Projeto vai fortalecer ensino da história africana nas escolas

A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, participou nessa quinta-feira (27), na Serra da Barriga -União dos Palmares, do lançamento do projeto piloto ” Conhecendo nossa história: da Africa ao Brasil”. O projeto é uma iniciativa da Fundação Cultural Palmares que conta com a parceria do Ministério da Educação, secretaria Estadual, e secretarias municipal de Educação e Cultura de Maceió.

O evento contou com a participação da secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Ivana de Siqueira, e do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, além de vários representantes de entidade do movimento da cultura negra no estado.

Em sua fala durante a solenidade de lançamento do projeto, a secretária Ana Dayse, destacou que as escolas da rede têm sido dotadas de livros para trabalhar com essa abordagem, onde o fazer pedagógico conta com textos e obras voltadas para a temática África e a cultura negra. “As escolas são orientadas a adquirir essa cultura. É um trabalho que deve ser feito desde o gestor até o professor. É a formação do professor que vai fazer com que as crianças entendam a verdadeira historia da raça brasileira”, afirma Ana Dayse.

Para Ana Dayse, a história africana deve ser entendida e aprendida na base, onde o conhecimento dessa cultura deve ser mais efetivo . “Queremos que nossos alunos venha à serra, conhecer e aprender aqui”, afirmou a secretária.

Os professores da escola municipal que leva o nome do líder da resistência negra à escravidão, Zumbi dos Palmares, prestigiaram a iniciativa e a receberam de forma positiva. A diretora da escola Zumbi dos Palmares, Quitéria Cavalcante, disse que o ensino da cultura negra na rede será mais efetivo com as visitas in loco à Serra da Barriga. ” Vamos proporcionar aos nossos alunos a aprendizagem mais sólida, saindo do teórico em sala a comprovação do conhecimento no parque quilombola. O conhecimento passado dessa forma irá fortalecer principalmente nossa questão cultural e a conscientização da diversidade”, justifica.

A responsabilidade de implantação e implementação da Lei 10.639 /93, que inclui o ensino da cultura africana e afrobrasileira nas escolas tem sido considerada pela secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do ministério da Educação, Ivana de Siqueira, uma das principais metas de trabalho do órgão. “A Secadi vem trabalhando para fazer valer a lei de incluir no currículo a historia da cultura Africana e afrobrasileira, mas precisamos avançar. 

O professor precisar conhecer a história do Brasil para poder trabalhar da melhor forma na sala de aula, precisamos diversificar a forma do ensino, precisamos de material que o professor consiga trabalhar na sala de aula como jogos, vídeos. Esse projeto tem essa responsabilidade de levar o conhecimento da historia e cultura negra aos estudantes”, ponderou.

por Secom - Maceió

Poema: Sabores do Engenho Anhumas

"Depois de ouvir meu depoimento de paixão, pelas minhas raízes e pela culinária o meu amigo e Poeta: Vicente Minervino de São Miguel dos Campos – AL, me presenteou com este poema. Fiquei muito emocionada! e agradeço sua atenção!" Izabel Maia Gomes

SABORES DO ENGENHO ANHUMAS

Devo à honra as pessoas generosas
No que pense o esforço concentrado
Ainda mais quando elas aparecem
Preservando as Memórias do Passado

Tem histórias que o tempo não apaga
E que ficam guardadas na lembrança
Um roteiro em forma de viagem
Remetido para o arquivo da Infância


Refazendo os caminhos percorridos
As origens de onde nos viemos
Importante é refazer tudo isso
Preservando o lugar onde nascemos


Dando asas a estes pensamentos
Com audácia e pleno realismo
O lugar que marcou minha Infância
Transformado em um ponto de turismo


Amo muito em poder contribuir
Sem deixar fugir meu empenho
Não deixando ficar no esquecimento
Os antigos sabores de engenhos


Não distante da Serra da Barriga
Ainda existe um cenário de Cultura
Onde os negros na época produziam
Massa puba, cachaça e rapadura.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

‘Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil’ chega a Alagoas


O projeto-piloto ‘Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil’, realizado pela Fundação Cultural Palmares, chega a Alagoas. A ação prevê a implantação de kits educativos sobre a história e cultura afro-brasileiras para escolas municipais em União dos Palmares e Maceió.

O lançamento acontece nesta quinta-feira (27), na Serra da Barriga. Na sexta-feira (28), representantes da Fundação irão capacitar os profissionais da educação como multiplicadores do conhecimento sobre a cultura e história afrodescendentes, de forma lúdica, buscando um novo olhar sobre as políticas públicas nesta área.

“O projeto visa, além da disseminação do conhecimento, estimular uma reflexão sobre questões como preconceito, discriminação e racismo”, disse o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira da Silva.

A ação é uma parceria entre a FCP, Ministério da Educação, Secretaria de Estado da Cultura, prefeituras de Maceió e União dos Palmares.

por Agência Alagoas

Greve Geral!

quarta-feira, 26 de abril de 2017

A enchente e o poeta


A enchente arrasou as ruas, destruiu as casas e apagou registros de histórias de vida. Tais registros eram, por razões próprias de cada um, cultivados como objetos de estimação. Quando isso ocorre, impera a resignação. E mais nada.

Imagine que alguém lamentou desbragadamente nunca mais tocar a camisa do time autografada pelo centroavante que, muito tempo atrás, fez o gol do título daquele campeonato inesquecível. É, tem gente que preserva – e reverencia – todo tipo de utensílio que, a partir de um evento qualquer, misteriosamente, conquista o altar exclusivo à categoria do sagrado.

José Minervino Neto tem 31 anos, nasceu e vive no município de Branquinha, aqui perto de Maceió, entre os canaviais e o rio Mundaú. Ele foi uma das vítimas daquela enchente que causou estragos terríveis em Alagoas, durante o mês de junho de 2010.

Como se sabe, naquela temporada de chuva forte, várias regiões do estado foram afetadas de maneira dramática, com a destruição de centenas de imóveis, quedas de barreiras e de pontes, além de dezenas de mortos.

Minervino é poeta e, portanto, guardava um bocado de textos que vinha criando havia alguns anos. A casa em que morava, no entanto, foi embora com as tantas outras que desabaram pela força da enxurrada. Junto com tijolos, ripas, madeira e móveis, os poemas também sumiram entre papéis e arquivos virtuais no meio do lamaçal e da tragédia. Quase nada sobrou.

Sem drama. Mais ou menos sob a inspiração desse enredo – essa dedução é uma arbitrariedade do autor deste texto –, José Minervino reuniu seus versos (os poucos que sobraram e os que vieram passada a tempestade) num livro que sai agora com um título inapelável: Antes e Depois da Chuva.

Mas não espere lamentações e platitudes em torno do tal sentimento de perda, essas besteiras que pulverizam todo e qualquer texto, fale do que falar, tenha a forma que tiver. Como foi dito, nada de drama apelativo por essas páginas. O nível do que vemos aqui é algo quilômetros acima da média.

É uma estreia do barulho, como você e eu diríamos em horas de rasa inspiração. Fato é que a literatura acaba de ganhar, a partir de Alagoas, uma voz original e segura. Minervino deve ter lá sua maquinaria secreta para nos surpreender com esse conjunto de poemas nos quais sobriedade, contemplação e delírio nos remetem à essência das coisas, ao coração da linguagem.

TREVOADAS DE JANEIRO
Daí que sempre em janeiro
Deus estala os dedos
E chora um pouco
Corre cachorro,
Corre menino,
Corre todo mundo!
Lá vem o trovão
E as rajadas de chuva
Pra encher os brejos,
É tempo de Sebastião,
Santo guerreiro encarnado,
Nos defender do raio.

Fonte: Graciliano On-line 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

"Eu não trocaria a minha tranquilidade do Sítio Esfrega Folha por um lugar movimento de carros e cheio de pessoas" Por Jaires de Moura

É bom morar no sitio porque temos tranquilidade e tudo é calmo. E ainda temos o privilégio de ver o sol nascer que é uma maravilha, ver uma mistura de cores quando o sol está se pondo, fica parecendo um jogo de luzes com muitos tons de amarelo, laranja, rosa entre outras cores. Depois, vê-lo sumindo aos poucos. 

Posteriormente, vemos as estrelas, longe das luzes da cidade vemos o brilho delas ficar intenso e cria um brilho mais forte. Na cidade não podemos apreciar essa maravilha porque as luzes das lâmpadas ofuscam o brilho das estrelas e não dá pra se ver.

Viver na zona rural é enfrentar grandes dificuldades, mas a força de vontade é maior. Andarmos a pé quando chove. Moro no sítio Esfrega Folha, onde a estrada é péssima até no verão, no inverno é ainda pior, não vamos para o sítio porque o carro fica embaixo no Distrito do Timbó, quando o tempo está melhor o transporte ainda sobe.

Porém, sem essa situação é melhor morar aqui porque temos sossego, a paz que sentimos e ainda estamos livres da poluição (visual, sonora e atmosférica) das cidades. Aqui nós respiramos um ar puro sem os micro organismos que trazem doenças, as enfermidades trazidas pelos poluentes das chaminés que é uma das maiores causas de morte no mundo moderno, por exemplo, a China onde morrem um número elevados de pessoas.

Mas tirando essa dificuldade que enfrentamos todos os dias, eu não trocaria a minha tranquilidade por um lugar que é movimento cheio de pessoas andando prá lá e prá cá.

Jaires de Moura Ferreira da Silva, aluna do 8 Ano "A", da Escola Municipal Dr. Antonio Gomes de Barros.   

Leia também o texto

domingo, 23 de abril de 2017

Evento em homenagem a Jorge de Lima acontece em Maceió e União dos Palmares

“Dia Jorge de Lima” será realizado nesta segunda-feira (24) e na terça (25). Tema deste ano é “Os mundos do poeta impossível”. Evento é gratuito.

Uma série de palestras, encontros, shows e encenações acontecem nesta segunda-feira (24) e na terça (25) em homenagem ao poeta Alagoano Jorge de Lima. O evento nomeado como “Dia Jorge de Lima” será realizado em Maceió, no Centro de Convenções e em União dos Palmares, no auditório da prefeitura. 

O evento que acontece desde 2014 é organizado por escritores e intelectuais admiradores da obra de Jorge de Lima em homenagem ao poeta para que sua obra se mantenha viva e que seu nome seja difundido para novas gerações. A entrada é gratuita.

O tema deste ano é “Os mundos do poeta impossível”, que pretende abordar a multiplicidade do artista que além de médico e poeta, foi romancista, biógrafo, artista plástico, ensaísta e político, tendo sido eleito em Alagoas como deputado estadual e no Rio de Janeiro como vereador, onde chegou a presidir a Câmara Municipal. 

A programação faz parte da comemoração do Bicentenário da Emancipação Política alagoana que se estende por todo o ano de 2017. 

Haverá visitação às exposições permanentes nas casas onde o poeta morou em Maceió e União dos Palmares.

Programação

24/04/2017 – União dos Palmares
10h30 - Passeio dos convidados pela cidade histórica
15h00 - Abertura do evento
15h30 - Religião: Leandro Garcia
16h15 - Romance: Maurício Melo Jr. e Carlito Lima
17h00 - Poesia: Niraldo de Farias
17h45 - Claufe Rodrigues e Mônica Montone
18h15 - Intervalo
19h00 - Performance teatral “Guerreiros de Jorge” – Chico de Assis
20h00 - Peça teatral “Nega Fulô” - José Márcio Passos 

25/04/2017 – Maceió
14h00 - Abertura do evento
14h30 - Religião: Leandro Garcia
15h15 - Romance: Carlito Lima e Maurício Melo Jr.
16h00 - Poesia: Niraldo de Farias
16h45 - Apresentação musical de Claufe Rodrigues e Mônica Montone
17h15 - Intervalo
18h30 - Performance teatral “Guerreiros de Jorge” – Chico de Assis
19h30 - Peça teatral “Nega Fulô” - José Márcio Passos
20h30 - Encerramento

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, joias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.


Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

Educação enferruja por falta de uso.


"LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado. Se estivermos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas. Fique alerta quanto ao momento presente. Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou”.

Eliana Neves Pereira

Mana (mãe) e Eliana (irmã)

Faça como Eliana Neves Pereira da Silva, Barcharel em Biologia pela Universidade Federal de Alagoas. 

Siga o blog e corra o risco de ver suas fotos aqui!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Justiça discute destinação das terras da Usina Laginha para reforma agrária

 

Representantes de entidades ligadas ao campo participaram de reunião, nesta terça-feira (18), no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Durante o encontro, conduzido pelo vice-presidente da Corte, desembargador Celyrio Adamastor Accioly, foi discutida a destinação das terras da Usina Laginha para a reforma agrária.

“Estamos aqui para retomar os diálogos sobre as terras do Grupo João Lyra. Há três anos foi feito acordo para que as famílias deixassem as usinas Uruba e Guaxuma e se dirigissem para as terras da Laginha. A situação, no entanto, ainda não está regularizada. É preciso que o acordo continue”, explicou o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima.

A área da usina tem cerca de 11 mil hectares e está localizada em União dos Palmares, abrangendo ainda o município de Branquinha. “São muitas as famílias que estão no local, trabalhando, plantando e esperando a concretização desse acordo”, destacou o coordenador, ressaltando que a permanência das famílias vai contribuir para a diminuição dos conflitos agrários no interior do Estado.

O desembargador Celyrio Adamastor disse que o Tribunal de Justiça vai entrar em contato com os juízes encarregados de analisar o processo da Laginha para que o caso seja solucionado o mais rápido possível.

Além da Comissão Pastoral da Terra, participaram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento Via do Trabalho (MVT).

terça-feira, 18 de abril de 2017

"Meu primo sentirei muito a sua falta! Estou muito triste com a sua partida, que Deus lhe coloque num bom lugar" Por Márcio Rodrigues


A postagem abaixo é do dia 03 de março, e falava do evento Trilha do Tesouro Perdido que aconteceria próximo domingo, dia 21 de Abril.  As informação da trilha eu peguei na página do Facebook do Luan Douglas onde o próprio agradeceu pela divulgação.

Agora, ficamos sabendo desse trágico acontecimento. E eu pergunto onde vamos parar com tanta violência? Espero que esse crime não se torne mais um número na estatística dessa violência.

meus pêsames aos familiares!  


Alguns mensagens de alunos e amigos.
 
"Jaime vai pro ataque, que eu jogo a bola pra você"
"Jaime, vem fica aqui na defesa, que eu vou subir pro ataque"
Vai com Deus professor, nem da pra acreditar que você se foi, gente boa, extrovertido... resenhava como ninguém. Há quase 1 semana atrás, estava tirando onda de mim, porque meu time não tinha vencido o dele ainda. Vai com Deus meu amigo, que Deus o receba de braços abertos.

Jaime Novais

Meu Deus uma pessoa tão boa como o professor Luan Douglas, ver sua vida ser tirada de uma forma tão trágica, onde vamos parar. Vai com Deus meu amigo. #luto 

Kátia Galvão

Professor valeu pelos o momentos que passamos junto na Ed Física Luan Douglas você sempre vai estar em nossos corações.#LUTOSAUDADESETERNA

Victor Adams

Que Deus te coloque em um bom lugar meu amigo, irei guardar todas as lembranças boas que vivemos dos teus cuidados e conselhos, das suas brincadeiras...Sei que agora está no céu ao lado de Deus. Fica Com Deus meu amigo sentiremos muito sua falta. #LutoLuan 

Taiiane Maria
 
Eu não conhecia mas parecia ser uma boa pessoa, um professor a quem muitos gostavam e admirava bastante, sinceramente não da pra acreditar. Vemos em televisão, jornais e noticiários, coisas sobre o mundo e a cada dia o mundo vai ficando pior e a bandidagem vai aumentando. Escrevo isso com lágrimas nos olhos, fico triste por ter pessoas que amam fazer o mal a alguém, não só com este rapaz mas com muitos aí que tenho visto que hoje em dia estão morrendo por motivos pequenos, da pra ver o quanto esse mundo precisa de Deus, mas como existe o tal do Livre Arbítrio, devemos escolher que caminhos vamos percorrer e permitir que Deus entre nos nossos corações que é disso que o mundo precisa, pois quem planta o bem colhe o bem. QUE DEUS TE COLOQUE EM UM BOM LUGAR E CONFORTE OS CORAÇÕES DOS SEUS FAMILIARES E AMIGOS, VAI COM DEUS Luan Douglas

Ronilson Rodrigues 


#luto
Guardarei essa imagem (foto) como uma dos nossos momentos mais alegres meu amigo. 10/11/2015

Tarciso Alberto 

Luan Douglas, ser humano integro e de bom coracao, amigo e leal. Meu primo, sentirei muito a sua falta! Obrigado por sua consideracao para comigo ainda em vida. Estou muito triste com a sua partida, que Deus lhe coloque num bom lugar. LUTO.
Saudades!

Márcio Rodrigues  
 


No próximo mês, dia 21, feriado / dia de Tiradentes, acontecerá em União dos Palmares a Trilha do Tesouro Perdido. As inscrições para o evento serão feitas a partir de 10 de Março.

"Na inscrição você irá adquirir uma camisa manga longa do evento, vai ser tooooop. Os participantes são de União, Maceió e de outras cidades do Estado de Alagoas, não fique de fora, breve anúncio em rádios, sites, carros de som que irão divulgar". Escreveu Luan Douglas, responsável pelo passeio.

A maioria das trilhas ecológicas são organizadas por professores de educação física, que junto com seus alunos e convidados, exploram as belezas do meio ambiente palmarino. Esses grupos de esportistas também fazem um alerta para os perigos que veem sofrendo a Mata dos Frios, zona rural de União dos Palmares que é alvo constante de queimadas criminosas. 

Segundo Luan, "Lembrando que existe um número máximo de inscrições. Programe-se já! Para caminhar pelas trilhas, serras, estradas, lamas e Vááárias cachoeiras para você desfrutar, das paisagens belíssimas do município.

Obs: *Haverá ônibus para os inscritos de União dos Palmares, ida e volta... 

Evento: Trilha do Tesouro Perdido
Responsável: Luan Douglas
Contato: 82 99381-0902
Quilômetros: 15 KM
Valor: 30,00 (ganha camisa do evento)
Largada: Quilombo Park Hotel
Café da manhã: 07:00
Largada: 08:00

Apoio: Prefeito Kil, Zé Alfredo e Posto Serra da Laje, Lojas Adrys, Cia do Bolo, GM3 Lanches, EP, Açai do Macarrão, RG Veículos,  Delicius Burgue, LéoLylas Pizzaria, Alianças Motos, Academia X Treme, Kiko Lanches. BR  Construções,  Simbora Trekking, União Gás e Érica Nutricionista. 

De União dos Palmares: o mundo de barro da artesã Dona Irinéia

Mestra do Patrimônio Vivo é reconhecida internacionalmente

Texto de Teresa Machado

É no simbólico povoado do Muquém, comunidade de descendentes quilombolas, localizada no município de União dos Palmares, onde são criadas obras de grande e expressivo valor artístico. Nas mãos de Irinéia Rosa Nunes da Silva, a Dona Irinéia, 68 anos, o barro avermelhado vira cabeças, vasos, panelas e se transformam em histórias de lutas e conquistas dos moradores dos Quilombos dos Palmares.

Mestra artesã do Patrimônio Vivo de Alagoas, desde 2005, Dona Irinéia é considerada uma das maiores ceramistas do Estado. Os traços quilombolas de sua arte não negam a ancestralidade da artista, que usa apenas barro, lenha e talento para criar suas peças.

Aos vinte anos, Irinéia começou a ajudar sua mãe a moldar panelas de barro para colaborar no sustento da família. Mais tarde, iniciou a produção de peças para fiéis pagarem promessas, em Juazeiro, no Ceará. Para Dona Irinéia foram essas encomendas que fizeram sua “imaginação acontecer”, quando passou a moldar o barro com mais criatividade. “Depois que eu descobri minha arte acabou meu sofrimento”, disse.

Ao lado de seu marido, Antonio Nunes, o Toinho, ela encontrou novas possibilidades para o trabalho com o barro. Os vasos e panelas passaram a ser substituídos pelas famosas esculturas, hoje conhecidas em todo país e até internacionalmente.
“Ele também mexia com barro quando era jovem. O pai de Toinho fazia telha e ele ajudava no acabamento. Depois que a gente se casou ele começou a ir buscar barro ali no barreiro e a gente começou a fazer algumas coisas além de panela e jarro. É que o povo encomendava mão de barro, cabeça e outras partes do corpo pra poder pagar promessa. E a gente fazia tudo”, explicou a artesã.

A fabricação de artefatos de cerâmica reflete um modo de fazer tradicional da comunidade que produz e vende essas louças utilitárias há gerações. Dona Irinéia é mãe de 11 filhos. Os filhos e uma cunhada também ajudam na produção das peças. Em virtude das dificuldades físicas próprias da idade, a ceramista repassou algumas técnicas de produção para os familiares que auxiliam com a confecção da conchinha e do nariz, enquanto D. Irinéia molda as demais partes das obras.

O processo para o trato com a matéria-prima é feito de forma totalmente artesanal: retiram o barro dos barreiros, pisoteiam, amassam, moldam e queimam as peças que, sem nenhum tipo de pintura, ganham uma coloração avermelhada natural.

Os objetos criados são bastante peculiares, frutos das memórias e vivências de Dona irinéia. As cabeças negras são as que têm mais encomenda, “o pessoal gosta de botar nas piscinas, em pousadas”, observa Irinéia. As cabeças negras que trazem lábios, nariz, olhos, orelhas e cabelos delineados de forma sensível e expressiva. As peças são produzidas de diversos tamanhos, ornamentações e penteados. A pequena escultura com pessoas em cima de uma jaqueira se tornou um clássico, devido ao seu valor histórico. Em 2010, palmarinos do Muquém enfrentaram uma enchente do rio Mundaú e tiveram que subir na árvore para sobreviver. Mônica, filha da artesã, foi uma das pessoas salvas graças aos galhos da árvore redentora.

Em 2004, Dona Irinéia foi finalista do Prêmio Unesco de Artesanato da América Latina e Caribe. Em seu ateliê, nos fundos de casa, a artesã conta que envia as peças para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. Em 2015 esculturas da artesã foram levadas para Itália, a convite da Expo Milão, uma feira que reúne obras de arte de 140 países.

Em 2013, Dona Irinéia Nunes virou personagem do livro A menina de barro, da escritora Gianinna Bernardes, com ilustrações do alagoano Pablo Perez Sanches. A obra conta a história de uma família que morava às margens do rio Mundaú, no interior de Alagoas, e vivia a partir da criação de objetos feitos do barro colhido na beira do rio. Certo dia, a chuva foi tanta que fez o rio transbordar, carregando tudo que havia pela frente. Para se salvar, a família teve que deixar quase tudo para trás, inclusive as peças de barro feitas com tanto amor. Durante a enchente, o ateliê de D. Irinéia ficou debaixo de água, e cerca de duas mil peças de cerâmica se perderam na enxurrada.

Dona Irinéia carrega com orgulho o reconhecimento da arte que aprendeu com sua mãe, que vai além das fronteiras da comunidade isolada de quilombola. Ela usa sua multiplicidade de talentos para dar vida ao barro. É através dele e a partir de seu saber popular que modela sua própria identidade, projetando a imagem de seu povo no mundo. É do barro, da argila, da terra molhada com água que a arte e a criatividade de dona Irinéia vão se espalhando e ganhando o mundo. “Quando estou longe do barro não estou feliz. Ele é minha vida”.

Registro do Patrimônio Vivo

É considerada Patrimônio Vivo de Alagoas  a pessoa que detenha os conhecimentos e técnicas necessárias para a preservação dos aspectos da cultura tradicional ou popular de uma comunidade.

Os mestres devem ter os trabalhos estabelecidos no estado há mais de 20 anos, repassando às novas gerações os saberes relacionados a danças e folguedos, literatura oral e/ou escrita, gastronomia, música, teatro, artesanato, dentre outras práticas da cultura popular que vivenciam.

Atualmente, quarenta mestres da cultura popular alagoana fazem parte do Registro do Patrimônio Vivo. O RPV foi estabelecido através da Lei Estadual nº 6.513/04, posteriormente alterada pela Lei nº 7.172/10. Os contemplados recebem, mensalmente, uma bolsa no valor de um salário mínimo e meio, concedida pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura.

Fonte: Agência Alagoas