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sábado, 2 de março de 2013

Uma visão apurada do Rio de Janeiro na ótica de Simone Campos

Um sonho, como diria Maria Bethânia, "Sonho meu". Um sonho conhecer  a Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro, Copacabana, Leblon, Ipanema, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Cristo redentor, Pão de Açúcar, Urca, Pedra da Gávea, points e mais points que queria conhecer. Sonho de muitos anos, desde de menina, ao assistir o filme "Menino do Rio", estrelado pelo ator Ricardo Graça Melo, filho da grande atriz Marília Pera, com uma música belíssima de Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, que dizia assim, de autoria de Caetano Veloso: "Menino do Rio ,calor que provoca arrepio..." e isso perpetuou em minha alma, no meu coração e no meu corpo, tornando abrasador essa vontade de conhecer algo que me fascinou na adolescência, de maneira turbulenta.
 
Chegou o momento tão esperado em minha vida. Minha querida irmã Selma Campos, convidou-me e eu aceitei de imediato. Minha sobrinha Helga Soares abraçou a ideia e nos convidou para ficarmos em seu apartamento, junto ao meu irmão Fernando Campos, sua mãe Cilene Soares e João Soares, meu sobrinho.
 
E lá fomos nós, eu não mais em busca do Menino do Rio, nem de Copacabana, Ipanema, Lapa e por ai vai. Estava em busca de conhecer tudo. O Rio de Janeiro num ângulo diferente. Numa visão de Simone Campos aos 50 anos redescobrindo a vida e lugares.
 
O Menino do Rio, não estava esquecido, mas também não era a única opção. Queria conhecer lugares ainda não desbravados por meus pensamentos e vontades, que vieram aflorar com minha maturidade. Queria conhecer COMUNIDADES, que alguns ainda teimam de chamar de favelas.
 
Primeiro dia no Rio de Janeiro, conheci logo Copacabana, lugar belísssimo, elitizado, mas que pude notar bem democrático, vi todas as figuras, gente bonita, um carnaval, era domingo de carnaval, differente do já vivenciado por mim. Já conhecia o carnaval da Bahia e de Pernambuco. Fiquei entusiasmada pela elegância de um carnaval, posso assim dizer, pelas bandinhas e músicas boas de audição, sem agredir os ouvidos, nem a mente, músicas inteligentes. Marchinhas e MPB. Nível alto. 
 
À noite tive o prazer de ir ao Sambódromo, espetáculo de se assistir. Jamais esquecerei. Os outros dias visitei todos os lugares que se deve, pelo menos na visão de um turista normal, Pão de Açúcar, Cristo redentor,  Lapa e por ai vai. Mas algo me inquietava. Queria mais. Nunca estou satisfeita por completo com nada, nem comigo mesma.
 
Já tinha ido a uma comunidade de Rio das Pedras, onde está localizado o Castelo de Pedras, uma casa de show funk, curtir de ver a realidade daquela gente , e adorei. Mas ainda algo me inquietava, queria mais. Já tinha visto a Rocinha e o Vidigal, comunidades rotuladas e sabemos que de difícil vivência por conta de vários motivos, que não irei citar aqui.
 
Então queria mais, eu sempre quero mais. Decidi. Quero conhecer o Complexo do Alemão. Fui. Nossa foi o meu momento de catarse. Entrei em êxtase completo. Orgasmo triplo. Clímax total. Pegamos o teleférico, e visitamos cada estação, e a cada subida e chegada ao final do último Morro, estava Simone Campos extasiada, em transe com o corpo e a alma. Em delírios, satisfeita com a  viagem, sentindo-se como se estivesse  fazendo amor com a cidade maravilhosa, completamente possuída pelo Rio de Janeiro. Simone Campos era dela e ela era de Simone Campos. Naquele momento elas eram um só um só corpo, uma só alma e um só coração. O momento de Simone Campos era aquele. Ela estava satisfeita. Estava feliz. estava saciada. E sempre vai dizer, quem fizer uma viagem ao Rio de Janeiro, conheça as comunidades, é uma realidade brasileira que merece nosso olhar apurado numa ótica menos eletista e mais eclética.
 
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