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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Alunos da Antonio Gomes em Passeio Ecológico no Cinturão Verde, em Maceió


Nesta quinta-feira, 16, os estudantes do 7º e 8º ano do ensino fundamental II, da Escola Municipal Dr. Antonio Gomes de Barros, que fica localizada em Rocha Cavalcante, foram conhecer a reserva ambiental Cinturão Verde, que fica no Pontal da Barra, em Maceió. 

A reserva ecológica, tem uma área preservada do bioma mata atlântica, com diversas árvores nativas e algumas plantas exóticas, como as amendoeiras que servem de proteção para o solo, ao tempo que favorece o crescimento de vegetais nativas no Cinturão Verde. No local os visitantes podem ver de perto animais como: cutia, ema, pavão, jacaré, camaleão etc.

O lugar recebe diariamente estudantes de Alagoas e fora do estado, ao longo das trilhas a bióloga repassa informações e curiosidades das madeiras e dos animais que convivem em perfeita harmonia no local.

Quem acompanhou os aulistas de União dos Palmares, fui a educadora ambiental Morgana Calheiros, a mesma respondeu às perguntas dos estudantes da Antonio Gomes, que estão envolvidos no projeto de conservação dos mananciais que abastece a população da Barra do Canhoto, como também é conhecido o distrito.

Auxiliado da diretora geral, Sandra Viera, e dos professores José Marcelo, Edjane de Melo e Anne Lins, os aprendizes escutaram a palestra de Mário Calheiros, que há 30 anos é engenheiro agrônomo na Braskem. A multinacional tem 41 empresas espalhadas pelo mundo, e trabalha com produtos petroquímicos, voltado para a fabricação do plástico. 

Felizes por conhecer um "espaço" diferente da sua realidade, os alunos eram só elogios para os orientadores que organizaram e acompanharam a visita. No mesmo passeio a turma visitou o Memorial À República e o Shopping Pátio Maceió.

Quem venham novas aulas de campo.

Anne Lins, Morgana Calheiros, Edjane de Melo, Sandra Vieira e José Marcelo.

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FENEAUP: Feira de Negócios e Artes de União dos Palmares


Programação do Mês da Consciência Negra 2017 tem Margareth Menezes, Tribo de Jah e Vibrações aqui em União dos Palmares


Margareth Menezes

Tribo de Jah

Vibrações



A programação do Mês da Consciência Negra, que será realizada em Maceió e União dos Palmares, iniciou nesta quarta-feira (8) e segue até 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Ainda na quarta-feira , ocorreu a abertura oficial da XV Reunião da Comissão de Patrimônio Cultural (CPC) do Mercosul, no Teatro Deodoro. Na quinta (9), houve a continuação da programação e  nesta sexta-feira (10), na Associação Comercial de Alagoas, no bairro histórico do Jaraguá, às 11h, haverá apresentação do Plano de Gestão da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul. 

De 11 a 16 de novembro, as escolas de União dos Palmares recebem as oficinas do projeto “Conhecendo a Nossa História: Da África ao Brasil, que tem o intuito de disseminar o conhecimento sobre a História e Culturas do continente africano e dos afro-brasileiros.

No sábado (11), às 11h, acontece a Cerimônia de Certificação da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul. 

Nos dias 12, 20 e 27 deste mês, acontece em Maceió (Pajuçara, Farol e Mirante do Jacintinho, respectivamente) o Projeto Em Cantos Africanos. Um espetáculo irá mostrar ao público infanto-juvenil a riqueza de narrativas da África.

No dia 13, às 18h, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) promove um Workshop de Atendimento ao Turista, no Auditório da Prefeitura de União dos Palmares.

Entre os 14 a 20, das 10h às 22h, o Pátio da Estação Ferroviária de União recebe a Feira de Negócios e Arte.

De 15 a 19 de novembro, é a vez do projeto Vamos Subir a Serra. A Praça Multieventos, na capital alagoana, será palco, das 8h às 22h, de palestras, rodas de conversa, mostras de cinema, exposição fotográfica, oficinas e feiras de produtos artesanais. 

Em 17 de novembro, grupos culturais de Maceió fazem a Celebração de Saudação à Serra da Barriga. Haverá um cortejo e apresentações culturais na Praça Multieventos.

De 18 a 20 de novembro, ocorre em Maceió o Encontro de Maracatus. Já  União dos Palmares receberá apresentações artísticas da Vibrações, Tribo de Jah, Naná Martins, Margareth Menezes, grupos culturais e bandas locais. 

E no dia 20 de novembro, será o grande dia de comemorações da Consciência Negra, em qual será instalado o Comitê Gestor e apresentado o dossiê que embasou a candidatura da Serra da Barriga.

Quem quer ser professor?

“Quem quer casar com a Carochinha que é tão formosa e bonitinha?” Muitos foram os pretendentes que se sentiram atraídos pelo convite da formosa Carochinha, que a todos rejeitou. João Ratão, o aparente felizardo por ela escolhido, como sabemos, acabou no caldeirão.

“Quem quer ser professor, uma profissão tão digna e de inegável valor?” Sabemos a resposta a esta pergunta, bem como conhecemos a opinião dos estudantes portugueses acerca dos seus professores. Podemos adivinhar (sem grandes probabilidades de erro) os seus motivos.

Comecemos pela resposta à pergunta. Segundo um estudo realizado para o Conselho Nacional de Educação (CNE) a partir do relatório dos testes PISA de 2015, somente 1,5% dos estudantes portugueses que fizeram esses testes consideram a possibilidade de virem a ser professores. Avancemos para as opiniões que os alunos têm dos seus professores. É também uma publicação do CNE que dá a conhecer que, segundo os dados dos testes PISA, em 2012 os alunos portugueses estavam entre os que, percentualmente, mais respostas afirmativas davam no que se refere a sentirem-se felizes na escola e a terem um bom relacionamento com os professores; a percentagem dos que se sentiam postos de parte por eles era mínima. A quantidade de estudantes portugueses que afirmavam relacionar-se bem com os professores (86%) contrastava, nomeadamente, com a dos finlandeses (43%).

Porquê, então, um tão baixo desejo dos jovens em optarem pela profissão de professor? Não será difícil encontrar resposta(s) para esta última questão. Difícil é abordar todos os motivos possíveis no espaço deste artigo.

A figura do professor sofreu uma desvalorização social enorme. Todos se lembrarão da imagem do professor preguiçoso, que trabalha pouco e falta muito, divulgada por uma ministra que, a reboque de tal imagem, retirou direitos aos docentes, aumentou-lhes o horário de trabalho e a carga burocrática.

Todos ouvem anualmente, nas notícias, o drama que vivem muitos professores, que chegam aos 50 anos de idade sem garantia de trabalho e sem estabilidade familiar, com a casa às costas de ano para ano ou de mês para mês. Atrás vem o drama dos filhos: a escola que vão frequentar, com quem ficam. Vem o drama da economia familiar: o baixo ordenado derretido nas viagens e, eventualmente, no aluguer de um alojamento.
E as diversas e indefinidas componentes do horário, cuja definição os professores têm vindo a exigir sem que a tutela lhes dê ouvidos? Falarei só da componente letiva e da não letiva. Esperar-se-ia que da não letiva estivessem excluídas as atividades com alunos, como, por exemplo, apoios individualizados, aulas de apoio ao estudo ou coadjuvação em sala de aula, mas tal não acontece. E assim, de forma mascarada, aumenta-se o horário de trabalho dos docentes e o seu consequente desgaste e diminui-se artificialmente a “necessidade” de contratação de novos professores.

Impensável é também o que se perspetiva no Orçamento de Estado em discussão: a função pública terá as suas carreiras descongeladas no próximo mês de janeiro, após mais de nove anos de congelamento, sendo o tempo de congelamento contado para progressão com mecanismos de faseamento. Deste processo estão excluídos os docentes, a quem está destinado o apagamento de nove anos da sua vida profissional, com a perda salarial que tal implica. Dizem os responsáveis governamentais que tal sucede por a sua progressão se fazer apenas por tempo de serviço. Contudo, os professores só podem mudar de escalão se, cumulativamente, obtiverem Bom, no mínimo, na avaliação a que são sujeitos obrigatoriamente, e se tiverem frequentado, com sucesso, um mínimo de 50 horas de formação.

Já vai longa a lista de “contras” na hora de tomar a decisão de ser professor. Perante este caldeirão fumegante, os pretendentes afastam-se assustados. De resto, já não conseguindo a profissão docente mostrar-se tão sedutora como a Carochinha da nossa história, revela-se, no entanto, igualmente inatingível, rejeitando aqueles que a ela querem aceder. O último relatório Perfil do Docente, do Ministério da Educação, mostrava que, num universo de 104 386 docentes da escola pública, em 2015/2016, apenas 383 tinham menos de 30 anos. No 2.º ciclo de escolaridade, por exemplo, 48% dos docentes tinham 50 anos de idade ou mais e 34,6% estavam na casa dos quarenta. Quantas histórias de emprego precário e mal pago e de vida pessoal e familiar instável se encontram nos docentes que vivem os seus “quarenta”!

Termino com o reconhecimento de que, não obstante todas as enormes dificuldades com que se deparam nos dias de hoje, os professores sabem o valor da sua profissão e exercem-na com dignidade, sem deixar que os seus alunos sejam afetados pelos seus dramas.

Quem quer ser professor? Gostaria que os seus filhos optassem por essa profissão? Porquê? São questões que merecem reflexão
ARMANDA ZENHASMestre em Educação, área de especialização em Formação Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, e concluiu o curso do Magistério Primário (Porto). É PQA do grupo 220 no agrupamento de Escolas Eng. Fernando Pinto de Oliveira e autora de livros na área da educação. É também mãe de dois filhos.