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sábado, 18 de junho de 2011

Programa Mesa Z Debate Situação dos Desabrigados Da Enchente de 2010

Equipe Mesa Z e Convidados


Um ano depois da enchente de grandes proporções que destruiu cidades dos estados de Alagoas e Pernambuco, o Programa Mesa Z fez um debate sobre a situação atual dos desabrigados.

Na semana que antecedeu o 18 de Junho os membros do programa já vinham debatendo esse tema nos estúdios da rádio e em seus blogs particulares.

No inicio do programa Nivaldo Marinho relatou nossa visita ao Povoado Santa Fé onde os relatos dos flagelados de 1988 nos contavam de seus sonhos e esperanças de sair daquele lugar.

Recebemos mais uma vez o Deputado Estadual João Herinque Caldas, presidente da Comissão das Enchentes, onde o mesmo fez um balanço dos trabalhos realizados pelos parlamentares. Ele falou do não engajamento do Governo Estadual. JHC veio acompanhado dos blogueiros José Marques do blog José Marques, Reinaldo Sos Alagoas Candice Almeida, Palavras ao Vento, Gislaine Migliati Blog da Gislaine, Laíse Moreira Blog da Laíse, Fleming Blog do Fleming, Thales Victor Blog do Thales e Raphael Wond assessor

Ainda tivemos a participação do Geógrafo e Diretor do Campus Zumbi dos Palmares (da Uneal) Reinaldo de Sousa, que fez algumas indagações a respeito da miserabilidade que se encontram as pessoas que estão morando nos barracos.

A partir daí outros comentários foram acrescentados ao debate. Os blogueiros falaram da experiência da visita aos alojamentos, no momento em que se completa um ano da tragédia, em que puderam ver de perto a situação e o sofrimento dos desabrigados.

Rafaela Correia e Sivonaldo Ferreira foram ao programa fala do ERUR-NE 2011 que será realizado dos dias 23 a 26 desse mês, promovido pelo Ministério Universidades Renovadas da Renovação Carismática Católica do Brasil.

No próximo sábado nosso convidado é o Vereador Bruno Leitão Praxedes.

Eu não vendo meu voto!

Zulu Fernando + Zulu aqui no blog click AQUI

Sempre fui reflexivo sobre o voto, ouvi sempre dizer que moro num país democrático e que é isso e aquilo... "nojo” a realidade é outra, nos fazem votar forçado, pois se não fizermos, nos prejudicamos a exemplo de um concurso publico.

Aí, depois dizem que é um documento importante, como? Se não tem precisão nenhuma a não ser para o voto. Prova disso é quando você vai apresentar algum documento para um cadastro em algo que lhe tenha intere-se, e sempre vão lhe pedir “identidade ou CPF”, pois bem, votar é um ato importante, herdado da democracia grega, antes era por declamação, depois isso mudou conforme a história, e conforme isso foi mudando, tem algo que não mudou “corrupção” ato praticado por pessoas que sempre querem estar no poder, prostitutos do poder e assassinos de caneta.

E uma das práticas bem cultivadas aqui no Brasil é a compra do “voto” fato este bastante forte no nordeste, antes eram os coronéis que mandavam votar forçados, e nem precisavam comprar, era só mandar, e “aí” daquele que não vota-se, pois seria expulso das terras ou teria sua vida em risco.

Hoje a onda é comprar voto, tem de todo preço e significância, tem voto de 50 reais, tem voto de remédio, saco de cimento, emprego, faculdade, contrato, e “favor”..esse favor é forte, tem gente que vota por ter um terreno dado por um político quando tava no poder, e vale lembrar que as terras eram do município é dever do “poder” fazer isso, até aí tudo bem, os nossos pais, precisavam disto, mas e nós? Que precisamos de: emprego, lazer, saúde, educação, onde fica? Isso o candidato não nos deu.

É muito engraçado, escutar o que escuto desde quando eu nasci promessas como “eu vou calçar este bairro, eu vou fazer o sistema de esgoto desse bairro, vou investir na educação”, aí vem o jovem iludido sem educação e reflexão e vota dizendo que é “a melhor opção”, lamentável ouvir isto, numa cidade que até hoje só temos como fonte de emprego uma usina, que na paga regularmente seu funcionários, e a prefeitura como o segundo maior setor empregador do município, e os próximos que querem entrar no poder não vejo, ou escuto, falar em projetos, apenas promessas e promessas, não vejo falarem em “planos” de governos, planos de campanha, planos de tudo, mas planos concretos e realistas, não vejo, só sei de uma coisa, meu voto sempre tratei com reflexão, nunca votei em promessa, sempre votei no que acho certo, escuto bem o que o candidato fala nos meios de comunicação, e só daí penso em quem votarei, não tenho visão religiosa, ou partidária, penso no coletivo, o que é bom para minha comunidade, e não me iludo com conversa que fulano só vem aqui em época de campanha, e que o certo é quem mora aqui, precisamos de pessoas de cabeça limpa, sem ser dominada, uma pessoa que tem a mão limpa e que não precisa e nem precisou de conchavos para ser o que na sua posição social.

Aí eu deixo a reflexão “por que não acreditar em quem tem realmente planos para nossa comunidade, independente de onde ele seja”? Por que não dar esse crédito? Pois os daqui, que moram e dizem que beberam da água do rio mundaú, nunca resolveram nossos problemas, vão ainda cair nessa mesma conversa?

Desabrigados da Enchente de 1988 Ainda Esperam Suas Casas

Estive no Povoado Santa Fé nesta última quinta-feira com Nivaldo Marinho para ver como estavam os moradores que estão a mais de 23 anos na localidade.

Entrevistamos os primeiros moradores como Dona Severina Nazário da Silva que nos disse que foi a primeira pessoa a vim morar nos pavilhões, ela também nos contou que morava em uma casa afastada dos pavilhoões, mas quando as paredes de sua casa começaram a desabar um vigia daquela época sugeriu que ela e seus cincos filhos fossem morar nos pavilhões que já estavam abandonados. Meses depois, ela presenciou a chegada dos desabrigados da enchente de 1988.
Este desastre atingiu moradores dos Terrenos, ruas da Ponte e Jatobá. Assim como esses desabrigados, Dona Severina também recebeu a promessa de uma casa.

Após 23 anos morando num dos pavilhões, Dona Severina afirmou que o local só piorou com o crescimento da população e com a falta de pesperctivas dos jovens do lugar que se tornaram mais agressivos.

Vários entrevistados apontaram a questão da violência como o tema mais preocupante, para isso muitos relataram a nossa equipe da Rádio Zumbi FM alguns exemplos de violência no lugar, dentre eles, uma das casas do lugarejo foi encendiada, também afirmaram que aos finais de semana a situação piora com o maior uso de bebiba alcoólica.

Embora tenha passado tanto tempo, os moradores acreditam que irão receber uma casa juntamente com os desabrigados de Junho de 2010. Sem dúvida, a esperança move nosso povo.




Hoje na Cohab Velha Mourinha do Forró e Danados do Forró

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